Ele depois de ler isto foi ao quarto da filha dar-lhe um beijo
de boa noite e disse em pensamentos:
- Nina, obrigado
por confiares num pai como eu.
Em seguida fechou a porta do quarto e foi para a sala,
acendeu as velas do bolo e disse:
- Estou sempre a
pedir desculpa e sempre a agradecer.
- Adoro-te, Nina.
No manhã seguinte para recompensar a filha foi passear,
andar de bicicleta de dois lugares. Depois estavam a passar junto a margem do
mar e o pai perguntou:
- Estás contente?
A Nina olhou para baixo e viu uma miúda de 4anos com os
pais, ele olhou para trás e apercebeu-se, depois olhou para a filha que estava
sorrindo e continuaram. Estiveram todo o dia na brincadeira e juntos. Enquanto
a Rose estava a praticar tiro ao prato.
No dia seguinte, a Nina e a Rose foram ao shopping,
enquanto subiam nas escadas rolantes a Nina disse:
- Queres ver a
fotografia da minha mãe?
- Ela é linda.
- A tua mãe?
- O meu pai
explicou-me e eu desenhei-a.
Ela tinham ido a joalheira comprar umas alianças, escolheu
e depois perguntou:
- Que tal estás?
- São bonitas,
mas ficam muito grandes.- disse eu com um sorriso.
- São para quem?
- É um segredo.
- Conta-me, por
favor.
Então a Nina, disse-me ao ouvido que era para o seu pai.
- Para o teu pai?
- Mas estas
alianças são para namorados.
- Pois, eu amo o
meu pai.
- E vou dar-lhe
este anel quando me casar com ele.
- Vais te casar
com ele?
- Porque não?
- Não te podes
casar com ele, mesmo que gostes assim tanto dele.
- Porque não?
- Nada pode
impedir o amor.
- Mas há uma lei.
- Nem num país
diferente?
- Não, não podes.
- Tome.
- Obrigada.
- Adeus.
Neste momento tocou o telemóvel da Rose, esta atendeu e
perguntou quem era. Era o Eduardo, o seu namorado a combinar almoçar no
shopping. No almoço:
- Pensei que ia
ver uma outra rapariga bonita, mas...- disse o Eduardo na brincadeira.
- O quê?- disse a
Nina.
- Eu não sou
bonita?
- Talvez, criei
uma expectativa muito grande.
- Ouve lá, não
sabes dizer nada de jeito.- disse a Nina.
- Aposto que
escolhes sempre a rapariga errada.
- O quê?
- Pois, é ela tem
razão.- disse eu na brincadeira sorrindo.
- Pronto esta
bem, vocês ganharam.- disse o Eduardo sorrindo.
O tal antigo patrão do Russell de lutas ilegais, estava
numa corrida de cavalos, e o Russell foi lá ter com ele. A corrida acabou, e o
antigo patrão do Russell ganhou a aposta, ao sair viu-o e disse:
- Campeão...tens
de vir ter comigo um dia destes.
- Vou dar-te
hipótese de veres o mundo melhor.- disse o antigo patrão dando-lhe um cheque.
A noite já tinha caído, a Nina estava no terraço a espera
do pai e perguntava-se:
- Porque é que
ele está a demorar tanto?
- E se lhe
aconteceu alguma coisa?
De repente ouviu a porta bater e voltou para dentro, mas o
pai veio ter com a filha ao terraço.
- Nina.
- Pai.
- Pai, porque é
que bebeste tanto?
- Esperaste por
mim?- perguntou o Pai.
- Estou tão
bêbado.
- Vou dormir.
Desceu as escadas, ele veio se deitar e a filha também,
mas estava vestido e a Nina disse:
- Pai, tens de
tirar a roupa.
- Não sei porque
é que as pessoas gostam de álcool.- disse ela desabotoando as calças do pai.
- Não querem
saber da família.
- Nina, um homem
tem de conseguir tirar as calças sozinho.- disse o pai sentando-se na cama.
- Se não
conseguir, é o fim da vida.
- Por isso, vou
eu tirar as calças.
- Espera um
pouco, Nina.- disse o pai levantando-se.
Alguns minutos depois, ele estava deitado e a sua filha
estava lhe passado com um pano molha pela cara e disse para si mesma:
- Eu sei que tens
sofrido muito.
- Anima-te, pai.
No dia seguinte ao fim da tarde, o pai da Nina estava
participando numa luta ilegal com cinco pessoas lutando umas contras as outras,
onde existem apostas. Entretanto ouviu-se a voz duma mulher dizer:
- Este é um
combate sem limites.
- A regra é não haver
regras.
- O último homem
de pé será o vencedor.
- Porque está ele
tão seguro em relação do bófia?- perguntou o filho do patrão do Russell.
- Não entendo.
- Cala-te.
Alguns minutos tinham passado, e já só tinha sobrado
aqueles 5 lutadores, o Russell e um matulão, então um dos sócios do seu patrão
perguntou?
- O que é que o Russell
tem de tão especial?
- Ele é um belo
lutador.- disse um homem do ringue.
As apostas aumentavam, até que em poucos minutos acabou a luta
e quem ganhou foi o Russell, com muito esforço.
Entretanto a voz
da mulher que falou ao princípio voltou a ouvir-se.
- O desafio
acabou.
Todos começaram a sair, mas ele continuava no ringue, com
sangue a escorrer da boca, e um pouco dorido. Encostou-se, sentou-se a um
canto, e o seu patrão de lutas ao ir embora passou por ele e disse tirando o
dinheiro para lhe pagar:
- És um campeão.
- Bom trabalho.
No escritório do Mark, o assistente do Russell estavam a
ver o filme do próximo lutador, com que o Russell ia lutar.
- O que achas?-
perguntou o Mark.
- Não sei.- disse
o assistente do Russell.
- O que pretendes
de mim?
- Ele é o campeão
do mundo, ninguém pode vencê-lo.- disse o Mark.
- Pois, eu sei, e
depois?
- Quero a
desforra entre o Jonhy e o Russell.
- O Russell?
- Não compreendo
o que queres dizer.
- Vê se percebes
isto, desta vez quero um combate limpo.
- O Jonhy era
para ser o campeão incontestável.
- E esperei muito
tempo por este combate.
- Não, eu não
posso organizar esse tipo de combates.
- Mesmo que recuses eu arranjo
maneira de conseguir
No escritório do patrão de lutas:
- Conheces o
Jonhy, não é?- perguntou o patrão ao Russell.
- O Jonhy?
- Ele quer lutar
contigo.
- Mas eu não quero
lutar com ele.
- Vais lutar,
sim.
- Ás vezes temos
de fazer o que não queremos.
- Já disse que
não.
- Eu sei, é
difícil guardar-mos aquilo que nos é mais precioso.
- Acho que não
queres perder a tua filha.
- O que é que dissestes?-
disse o Russell levantando-se da cadeira.
- Estás a
ameaçar-me?
- Só estou a
pedir que penses nisso.
- Queres que
pense em quê?!
- Não aguento
mais isto!
No escritório da Rose, mais um caso devido a internet:
- Ele tem 18anos.
- Conheceram-se pela
internet e tiveram relações.
- Agora ele
esta com o pai.
- Quero ver o pai
dele.
- Olá, Sra
promotora de justiça disse o Professor Taynor.
- O senhor é que
é o pai?
- Bem, eu...
- Eu não sabia
que ele era um adolescente.
- Parecia que já
tinha idade!
- Mas tu não
reclamaste.
- Foi por tua
causa que parecia mais velho.
- Seu fedelho!-
disse o pai dando-lhe um "carolo".
- Andam por aí
tantas miúdas jovens e bonitas...
- Não aprendeu
nada!- disse eu tirando os óculos de ler e levantando-me.
- Não, por
favor...!
- O meu nariz!
Em casa da Nina, estava andava a limpar o pó e a cantar.
Quando viu um álbum de fotos debaixo da cómoda do quarto do pai, ao virar a
primeira folha viu uma foto da mãe. De novo no escritório da Rose:
- Vá lá, por
favor, não fiz de propósito.- dizia o Professor Taynor.
Enquanto, do lado direito, estava no escritório do Eduardo
o Russell.
- Eras polícia e
campeão em lutas.
- Sou o promotor
de justiça, Eduardo, e sou responsável por este caso.
- Trabalhavas na
secção de investigação.
- E eu sei...que
quando estavas a investigar os grupos que exerciam o jogo ilegal andaste á
pancada com eles.
- E também que
contactaste com o pai de um dos rapazes do grupo.
- Por favor, não
me interpretes mal.
- Como ando á
procura de informações...achei que podias dar-me uma ajuda.
Passado um bocado ele saiu da sala do Eduardo de cabeça
baixa, e a Rose vinha a passar no corredor quando o viu. Ficou
"chocada", virou-se para trás e viu-o indo embora. Ela não queria
acreditar, era impossível, mas era ele, o Russell.
Ao meio da tarde
num bar, a Rose estava com o Eduardo e já não estava lá muito bem, só via ela a
beber...
- Vamos casar!-
disse ela.
- Assim de
repente, porquê?
- Porque eu quero.
- Porque estás
tão fraca hoje?
- Tu és a Rose!
- É difícil.-
disse ela suspirando.
- O que é assim
tão difícil?
- Viver é
difícil.
- Rose, já
chega.- disse o Eduardo.
Em casa do Russell, e Nina. Este estava no quarto vendo as
fotos que tinha com a Rose quando casaram-se, durante a gravidez...quando o
telemóvel do Russell tocou.
- Estou?
- Brock. Onde
estás?
O Brock era o seu assistente que estava a dizer para ir
ter com ele ao restaurante do costume. No restaurante:
- Não entres
neste combate.
- Ele está muito
melhor, por causa do combate sem limites.
- Ele já não é o
homem que tu conhecias.
- Eu acho que já
não te conheço mas é a ti.
- Tu não
sabes....!
- O Jonhy já te
deu uma coça a uma data de tipos.
- Ele é um
medroso.
A Rose foi a casa da Nina, bateu a porta e quem abriu foi
a Nina que disse:
- Não esta
ninguém em casa.
- Tens uma casa
bem gira.
- Deves ser
melhor do que o teu pai.
De repente quando a Rose olha para o quadro que estava na
parede e ouve a Nina dizer que aquele é que era o seu pai, a Rose estava sem
palavras, estava...o impacto foi tanto que era impossível de acreditar.
- É o teu pai?
Nesse momento a Nina começou a tossir e depois
desmaiou...no hospital, ficou no quarto a cuidar dela, até que ela acordou.
- Onde é que eu
estou?
- Estás no
hospital.
- Como é que te
sentes?
- Tenho de ir
para casa, o meu pai vai ficar preocupado.
- Não podes ir
já, tens de ficar mais um pouco.
- Eu vou ligar ao
teu pai.
- Qual é o número
dele?
- Bem....
No restaurante onde estava o Russell e o Brock:
- Obrigado, por
teres aparecido.
- Vá, Brock vamos
beber até cair para o lado.
Começou a tocar o telemóvel ele atendeu:
- Estou?
- A minha
princesa.
- O quê?
- No hospital?
Entretanto ele foi para o hospital e o Brock também, ao
entrar foi logo ter com a filha. E a Rose levantou-se da cadeira e foi
colocar-se junto a porta.
- O que tens?-
perguntou o Russell.
- Agora já estou
bem.
- Que tens?
- Pai, ela trouxe-me
até aqui, nós somos amigas.
- Sim.
Quando se virou, olhou para a porta deu de cara com a Rose,
esta disse:
- Com licença.
Adeus.
- Dá-nos licença,
Nina.- disse o Russell indo atrás de mim.
Cá fora, fora do hospital de noite ela estava falando com
o Russell:
- Ela tem 8 anos!
- Significa que
tiveste outra filha enquanto estavas comigo.
- Por isso é que
desapareceste sem dizer nada?
- E agora estás
aqui!
- Que tipo de homem és tu!?
- Não é nada
disso.- disse ele parando e virando-se para mim.
- E não tens nada
a ver com a Nina.
- Nunca mais vás
ter com ela!
- Nunca mais!
- Espera ai!
- Não mereces ser
pai.
- Seu filho da
mãe!
- O filho da mãe
que é melhor do que a mulher que abandonou a filha.
- É melhor do que
uma mulher como tu que não reconhece a própria filha.
- O quê?!
- A filha é de
quem?
- És doido!
- Não, tu é que
não mereces ser mãe.
- Abandonaste-a
num orfanato.
- Num orfanato?
- O que estás
para aí a dizer?
- Não estás a
dizer que a Nina é minha filha, pois não?
- A Nina?
- Nem te atrevas
a dizer o nome dela.
- Não mereces!
- Não pode ser, a
mãe da Nina morreu já morreu.
- Pois, foi o que
eu lhe disse.
- Mas eu achava
que tu estavas morta.
- Nunca mais te
quero ver.- disse ele indo-se embora, indo ao hospital buscar a Nina.
- Não, não...-
dizia eu.
Por coisas do destino a sua mãe estava cá, na cidade. Ela
foi lá a casa....e:
- Para que é que
disseste isso?
- Porque é que dizes-te
que o meu bebé tinha morrido?!
- Estas a falar
do quê, Rose?
- Sabes o que
fizeste?
- A menina pensa
que a mãe morreu, fez um retrato da mãe.
- Eu nem consegui
reconhecer a minha própria filha.
- Fi-lo por ti.
- Naquele
dia...eu não queria que sofresses.
- Nunca saberás
como é difícil criar uma criança sem marido.
- Desculpa.
- Achei que seria
o melhor para ti.
- Como pudeste?
- Como?
- Ela era um bebé!
- Como pudeste
lhe fazer isso!?
- Nunca
entenderei.
A Rose depois disto saiu porta fora, e no carro chorando
disse:
- Não te perdoo,
mãe.
- Nina, pensava
que tinhas morrido!
- Nem acredito
que és minha filha disse eu parando o carro na margem da estrada.
- Nina...perdoa-me...
Enquanto isso no terraço, o Russell estava a pensar na Rose
e estava com uma garrafa.
- Rose...pensava
que tinhas morrido.
- Perdoa-me por
não ter ido á tua procura.
Ele dizendo isto começou a lembrar-se do dia que soube que
a Rose tinha morrido...levantou-se e começou a treinar no saco de porrada que
tinha no terraço. Enquanto isso a Rose foi para o habitual bar onde, ela e o
Eduardo costumavam ir e:
- Estás
completamente fora de ti, anda, levantaste disse o Eduardo.
- Desculpa,
desculpa disse eu ao Eduardo.
- Eu não sabia...
- Não fiz por
mal.
E segundos depois, ela levantou-se meio zonza e foi para o
seu escritório. O Eduardo levantou-se olhou para mim e voltou a sentar-se em
seguida bebeu um drink.
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