terça-feira, 4 de dezembro de 2012

When the colors fade down... - Capítulo 15 The end part 1


Cinco longos anos haviam passado. E tanto mudara na minha vida desde então.
Conhecera um rapaz. Alto e moreno, de olhos verdes e pronúncia estrangeira. Chamava-se Alexander. Mas falava fluentemente português. No entanto, costumava falar misturando ambos, de uma forma que só ele sabia fazer, e isso fascinava-me!
Ele era grego vejam só, como a vida tem destas coisas incríveis. Nunca cheguei a entender como nos conhecemos. Foi tudo muito rápido, depois do balde de água fria que levei de Andrios. Acreditei jamais voltar a apaixonar-me nem a querer saber de um homem. E do nada, encarei-me com Alexander. Mas posso jurar que não me arrependo.
É bem certo, que não esqueci Andrios, só que “aquilo” que tínhamos não era vida. Tão pouco tinha futuro. Juro ter acreditado que era ele o meu Eterno Amor, porém nunca pensei que passaria por tudo o que passei a seu lado. Jamais soube-me dar valor e ser o homem que precisava, hoje chego mesmo a desconfiar que vez o que fez só para se vingar de mim. Mas não vou mentir, ainda não o esqueci, contudo a mágoa e a dor que ele me infligiu foi dilacerante. E por mais anos que viva, nunca esquecerei. Logo, eu jamais voltaria a ser feliz do seu lado, mesmo que ainda nos amassemos. Além de que, não posso-me esquecer do facto, dele agora ser pai.

Toca a campainha. Salto da cama subsultada. Agarro em tudo que ainda restou de Andrios e atiro para o fundo de uma caixa. E guardo-a no resguardo do meu armário. Corro para a porta. Lá está ele, sorrindo para mim e lindo de morrer e escondendo um grande ramo de rosas atras das costas.
- Olá, meu amor.
- Olá. O que fazes aqui? Não devias estar a trabalhar?
- Tinha saudades tuas. – Disse-me entregando-me o ramo.
- Obrigado, não era preciso. E não devias faltar ao emprego só porque estás com saudades minhas. – Disse enquanto tratava de colocar o ramo em uma jarra.
- Não fiques assim comigo. Depois de amanhã já é o nosso casamento. E eu só te quero fazer feliz.
- Eu sei. Desculpa. É que ando nervosa e preocupada.
- O que se passa amor? É algo com o vestido, a festa? Conta-me. – Pediu, tirando-me o ramo e agarrando-me.
- Acho que é melhor contar-te. Eu descobri, já faz alguns dias que… estou grávida.
- Estás a brincar. Grávida? Isso é a melhor notícia, que podiam, me ter dado. Qual é o teu medo, meu amor?
- Eu já sofri um aborto, lembras-te? Logo quando nos começámos a conhecer.
- Pará de pensar nisso. Não vai voltar a acontecer. Tu naquela altura encontravas-te em más circunstâncias.
- Que caixa é esta, amor? – Perguntou ele ao ver-me assustada por ele ter notado.
- Alguns convites que estou com dúvidas em mandar.
- Então Porquê? Arriscaste a que não cheguem a tempo.
- Já decidi que não vou manda-los. Lembrei-me de factos que me marcaram muito. Acho que não faram falta no meu casamento.

domingo, 2 de dezembro de 2012

For you… without me

Em ti.
Antes que perca a cabeça de vez.

Já não aguento, sentir-te por perto,
Sobre mim. A, meu lado.
O teu cheiro e o teu calor.
Ouvir as tuas palavras! E acções nada.
Não suporto mais esta atração sexual falhada,
E as tuas promessas fúteis proclamadas!

Que raio de relação! Achaste ter comigo?
Que demónio de homem és? Para não perceberes o meu lado?
Quando passarás a dar-me valor? E o respeito que mereço?
Quando anunciarás aos quatro ventos o que significo para ti?
Quando será o dia que me farás tua mulher na íntegra!

Nunca! É a resposta, que nunca quis saber!
Ao fim de tanto tempo e tantos avisos,
Só continua quem quer…

Por isso odeia-me!
Odeia-me! De maneira a não puderes mais perdoar. 
Porque não irei mais voltar! Cansei.

O meu coração já está em colapso,
O meu orgulho desapossou-se,
E tudo o que agora quero é mesmo só um pouco de paz.

Palavras soltas,
Insistem em abater-se no meu vazio.

Deixando transigir curtos excertos a lembrar-me de que estou sozinha.
E filmes infernais corroendo-me a mente.

Mas tornou-se insuportável converter-me em um gira-discos estragado,
E esperar o impraticável, vindo de ti.
Ao fim de infinitos adeus. Eis o derradeiro e definitivo fim.


Só pergunto: Como pudeste fazer isto comigo?
E rapidamente recordo,
 De dizeres que me agradecias por tudo o que fiz por ti,
As discussões, as censuras e os palavrões.

Então faz algo por ti mesmo,
E por mim, se o que sempre dizes ser verdadeiro.
Apaga-me do teu coração e deixa-me para trás.
Eu continuei por cá, mas distinta. Sem a tua aura de mentiras!

Bem sei que enquanto estava entregue a lutas contra mim mesma,
Tu estavas tentando para-las,
Mas não usaste as armas certas,
Nem os vectores temporais correctos.
Ainda que nunca tenhas duvidado das minhas convicções estranhas,
Nem do querer suicidar-me.
Acabaste por fulminar as minhas seguranças sobre ti.


Por isso peço-te: Odeia-me!
Odeia-me mesmo! Por que eu não sou boa para ti. Nem o contrário!
 
E sei bem que nunca mais vais-me ligar de novo,
Assim como eu.
Nunca mais vais dizer que me amas,
Assim como eu.
Nunca mais vais tentar falar comigo,
Assim como eu.
Só porque fui eu que quis esta desunião.

Por isso apenas te peço: Odeia-me! Mas fá-lo para sempre.





Sete são as letras:



Como os anos se passam,
E os ponteiros do relógio continuam,
Na sua passada desenfreada…
(suspiro)
Ah …onde já vão os velhos tempos,
Almas rebeldes, desertores…
Sempre numa corrida sem fim.
Destino!
Nasci bombardeada….
…fiz a minha sustentação final,
E por isso apelidam-na de:
- Má companhia!
Não vou negar,
Má companhia, sim! Má companhia!
Cometemos erros, mas aprendemos,
É o presumível na vida.
Não?! Devo morder minha língua, então?
- Todos nós cometemos erros! É verdade,
Mas os mesmos erros iguais aos dos amigos?
Eu acho que a odeio…só que…
As minhas mãos devaneiam com a sua garganta,
Mas eu posso ouvir…lembra-te de quando”…
- Escolhe uma arma, a tua reivindicação,
Agora estas cidades, não são mais o que dantes eram…
Como os anos se passam,
E os ponteiros do relógio continuam,
Na sua passada desenfreada…
Os velhos tempos… passam a memórias extraviadas,
Memórias panorâmicas do passado…
…coisas emotivas que variam a cada vez que são recordadas.
E que vão se tornando noutra coisa qualquer…
Até o dia em que eu morrer…
Má companhia, sim! Não vou negar.
Cometemos erros, mas aprendemos,
É o conjunto de tudo isso que me fez melhorar…