Eu sei. Que tu não sabes
Como funciona a minha maneira de te amar.
Também sei que o teu amor é bem maior que o meu,
Isso, eu não posso negar.
Porém a tua maneira de demostra-lo,
É demasiada tumultuosa para com a minha.
São inúmeros os fantasmas que me assolam
E as fraquezas que me devastam.
É demais esta dor interior
Que me devora a cada dia que passa
Como uma doença sem cura,
Minando o meu caminho,
Destruindo os meus sentimentos
E apagando a palavra bem-estar, alegria e amor
Do meu dicionário.
Não és o culpado, meu amor,
Mas também não estás perto da minha liberdade.
Conheces melhor que eu, a forma como nos apaixonamos.
Ironicamente. Em momentos distintos.
E por mais que ninguém queira a aceitar,
Nem tu acreditar…eu, estou condenada,
A perecer assim para toda a eternidade.
E por isso custa saber que:
- Quando este mundo se torna frio e abre caminho até à minha alma, uso-te
como escudo. Nunca te deixarei cair. Estarei aqui para ti, eternamente. Mesmo
que isso me custe uma ida sem volta para o céu, porque tu és o meu verdadeiro
amor, de todo meu coração. Por favor, não o jogues fora. Por favor não vás.
Perdoa-me. Por favor diz-me que vais ficar. Usa-me como quiseres. Persuade-me arguciosamente
só por desordem, eu ficarei bem. Embora o meu céu se torne pardacento.
Dizes estas palavras repetitivas vezes sem conta,
Mas são palavras com pesado valor,
E é nisso que custa ouvi-las,
Não poderei corresponder-lhes.
Transformaste-me num ídolo só teu,
No qual eu não me encaixo.
Sinceramente eu tento
E imploro por conseguir,
Vencer tudo isto.
Sabes bem que só quero ser feliz,
Mas ainda assim neste exacto momento,
As dores consomem-me,
Os lúzios transbordam lágrimas
E o meu coração sangra,
Por não seres o único que mando embora,
Com esta condenação passada.
E tu. Só tu. Sabes de quem falo…
Por isso quando vejo o teu sorriso, o teu jeito de
ser,
Embora transviado.
Lágrimas tendem a escorrer pelo meu rosto
Nas horas em que estou só.
E sabes o porquê?
Dentro de mim existem duas realidades,
Impossíveis de se fundirem
Vários remorsos e medos
Autos destruidores de mim própria,
E há apenas uma solução…
E a resposta,
Sei que será,
Sempre não.