sábado, 5 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 1


Estamos no final de Maio. O sol já dá ases à sua amorosa dança de raios solares. Enquanto eu antevejo o meu final tristonho. O início do ano não foi nem de longe nem de perto, melhor que os anteriores. Foi terrivelmente o pior da minha existência até agora.
               Daqui a um mês começará o  meu estágio e sinceramente nem nisso, estou mais confiante. Cada dia ou semana que passa tenho uma nova surpresa desagradável. E as minhas posses e convicções em resolve-la, tem vindo a diminuir drasticamente.
               No campo amoroso sofri um forte embate. Decidida a terminar com o “acaba e recomeça”, pus finalmente um ponto final na relação. Foi-me doloroso fazê-lo, não o esqueci tão pouco o deixei de amar. Mas encontra-mo-nos em mundos opostos e épocas distintas  E antes que toda esta situação se arrestasse e culminasse em ódio e reprovação. Optei por colocar-me no papel do monstro e sair com as culpas. Mas de cabeça erguida e sabendo lá no fundo que se um dia voltássemos, está magoa de momento teria gerado os seus frutos. Para o bem, espero.

Enfermidade


Eu posso sentir,
Enquanto ando sozinha num ritmo descompassado,
Engolindo lentamente o meu medo,
O que posso ainda esperar do mundo?

Nunca foi fácil ser escolhido,
Nunca foi fácil ser esconjurado,
Incessantemente para a linha da frente.
Mas não posso ignorar o futuro,
Quando tudo à minha volta está ruindo,
E oiço o vácuo das deflagrações,
Reclamando o meu nome!

Posso sentir uma luz dentro de mim,
Vestindo-se para esta batalha culminante,
Crescendo rapidamente como um raio.

Haverá sacrifícios…
É esse o preço a pagar!
Estou pronta para a árdua batalha.
Este teste é a minha própria cruz para carregar,
A bem ou a mal…
Vejo escrito pelas paredes:
- É o teu fim!
Preciso de forças para lutar,
Forças que já não tenho.
Envenenaram-me as raízes da força,
Usurparam os reforços da coragem,
Matarem-me a vitalidade dos unidos.

No fim de tudo,
No final, no final de tudo,
Responde-me!
Para quem eu estou vivendo? Para quê estou vivendo!
Quando perdi para a dor! Quando estou no final do poço a morrer?
Responde-me!
Para quem eu estou vivendo?

Censurável…


I am who I am - guilty,
Vampire, you are my only destiny,
Meu único e verdadeiro amor!
És uma besta, um infortúnio…
- Sinto-me accionado! - Minhas palavras estão vazias!
Sem sinais pra dar…
Eu não tenho tempo…
Contudo em cima de sua cabeça,
Estabelece-se uma estrela,
No seu coração frígido está cravada uma jóia,
De serpente pretendida a morrer,
Sua longa língua púrpura contém seu veneno,
E vai espalha-lo semelhante sua “cepa”.
Conceber o credo de todos os credos!
Fly vampire! Fly!
Nos seus olhos ardem, afrontando,
Todos aqueles que dormem em silêncio…
- Dizem que não tenho coração,
E que não me importo,
Mas eu costumava estar lá…
Expressam que pareço cadavérica, que mudei…
Mas tu também…!
Culpado sinto me tão...
Esvaziado,
Sabes como me fazer sentir...

Numa cidade, inseparável turno designado desejo.
Almejando com o ensombre impenetrável.
Moça baqueia em uma flor,
Espalhamento distanciado pelos flatos impróprios,
Para fêmeas conjurar na obscuridade!
Ocultando seu aljôfar de suínos,
Então abra seus braços!
Eu coloquei-te num tugúrio,
Não queria te machucar.
Somente envenenei sua mente,
Nunca te quis fazer chorar.

Eles estavam com a forma de asas,
Uma serenata de vingança em evocar os teus lábios!
O outeiro estaciona nublado,
Agora assente…
Tens sido tão irracional,
Posso ver através de ti…
Costumavas estar lá pra mim,
Então não vás embora dizendo "adeus"!
Porque mudei e tu também…

Iniciação em seu asterisco refulgente,
Alistei hoje nas suas luzidias asas,
O mundo inveja…,
O céu sempre seduzindo-te!
Preciosa rainha,
Sabes o teu tempo chegou,
Para voar aquém de mim, tão longínquo...

Nunca pensei que o tempo e a distância,
Entre nós faria tão colossal frígida,
Carregando o mundo nos ombros...
Culpado/a....
Vazio/a....
Culpado/a....Culpado/a…
…me sinto tão...
Sabes fazer sentir criminal...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Aquele pesar…


Parece que foi ontem que vi o seu rosto,
Choramingando o quanto lhe custava,
Mas eu não lhe liguei,
Se eu apenas soubesse o que sei hoje…
Eu ter te ia protegido em meus braços,
Eu tentaria tirar-te o sofrimento,
Não haveria nada que não fizesse,
Para ouvir seu som de novo,
Às vezes quero tocar-lhe,
Mas sei que não está lá.
Disseram-me que chorar não te trará,
Porém eu sinto-me arruinada por dentro,
Mas não quero admitir,
Às vezes só quero, esconder.
Alterando o conteúdo,
Quero agraciar-te por tudo que fazes,
Perdoar todos os erros,
Me desculpar por te culpar,
Por tudo que não consegui fazer,
Eu feri-me a mim mesmo por te ferir.
Porque sinto falta incontestável,
E é tão difícil dizer adeus,
Quando isso traz regras.
Me dirias que estou errada?
Me ajudarias a entender?
Estás-me observando?
Estão orgulhosos de quem sou?
Não há nada que eu não faria,
Para ter apenas mais uma possibilidade,
Se eu tivesse apenas mais um dia.
É perigoso,
É tão inseguro,
Tentar e voltar no tempo.
Então dizes:
- Qual é a incógnita desta vez?
- Eu não sei.
Bem, talvez esteja atónita,
Penso nisso a toda hora,
Não consigo parar de pensar.
Quanto mais vai demorar para curar isto?
Só para curar porque não posso ignorar.
Faz-me querer mudar e me defrontar,
Senão, não saberei mais nada sobre amar.
Sou uma esfera de neve decorrendo,
Imbecilmente á nascente,
Derretendo debaixo do céu azul,
Amarrando a luz do sol,
Amor deslumbrante.
Mas eu rendo-me,
Eu não tenho a intenção de magoar-te,
Mas eu não tenho como atingir o teu grau d’amor.
Essas missivas de relâmpagos entre a nossa vida,
Significa que nunca estamos sós,
Nunca estaremos…
Compete então ao amor estabelecer o eterno em nós.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Reconhecimento atroz…


Tenho saudades,
Saudades que matam!
Eu tenho medo,
Medo que abafa!
Eu tenho visões,
Visões que ajudam!
Eu tenho massacres,
Massacres que martirizam!
Eu tenho mazelas,
Mazelas que hipnotizam!
Eu tenho mediocrize,
Mediocrize que melindra!
Eu tenho minúcia,
Minúcia que se demonstra!
Eu tenho murmúrios,
Murmúrios que se desabafam!
Eu tenho náuseas,
Náuseas que se odoríficam!
Eu tenho pudor,
Pudor de opróbrio!
Eu tenho opulência,
Opulência de fadário!
Eu tenho tudo,
Tudo que é nada!
Nada que é tudo...!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Reviravolta inesperada


Há muito sobre ti que nunca deixaste transparecer,
Viraste as costas, mas não para mim…
Sim, eu sei, eu sei como te tentaram caldear[1],
Segurando-te de forma a arremessarem-te ao arreio[2].

E eu, que por tanto tempo te tentei alcançar,
Sei que quase chegaste lá!
Hoje estou fechado o bastante para ver,
Mas eu apenas sei, sei que sim, meu espelho cristalino.

Estiveste escondendo-te nas sombras,
E acabaste esquecendo-te de como é sonhar.
Deixa-me ajudar-te a recordar,
Não posso ser o incógnito desta história.
Deixa-me apoiar-te,
Não quero ser somente, quem está dormindo em sua cama.

Tornas-te excelente,
Tu és excelente!

Por isso vem,
Vem ter comigo,
Eu posso sentir a tua dor,
E tudo o que sempre contradisseste,
Tudo o que sentes,
Tudo o que sempre desejaste e nunca pudeste.

Olha ao teu redor,
Estás aqui comigo!
Deixa que o amor se torne o teu modelo,
Sem medo, sem tristezas!
A verdade será descoberta aqui,
Escova os teus cabelos flama[3],
Olha reiteradamente[4] em redor.
Tornaste deslumbrante,
Tornaste-te no meu amor!
Estás seguindo o modelo,
Sem medo, sem tristezas,
Transpondo algo melhor!


[1] Prender, arremessar,
[2] Rebaixar, deitar para trás
[3] Cor-de-fogo, labareda, chama
[4] Novamente, outra vez

Negação


O tempo passa,
E eu continuo olhando pela mesma janela,
De à, 18 anos.
Não sou perfeita,
Mas continuo tentando,
Porque foi isso que disse,
Que faria desde do início.
Memórias inscritas nas paredes,
Suplícios atrozes espargidos[1] no sopro,
Objectos densos de equimoses,
É pior acabar que começar tudo de novo.
- Esplêndido. Como ainda me consegues surpreender!
Não podemos estar acabados,
Posso ver isso nos teus olhos.
Não, enquanto puder amparar-te.
Há 18 anos que continuo olhando pela mesma janela,
Há 18 anos, que jurei vingança plena.
Foi há 18 anos, que… continuo tentando…,
É pior acabar que começar tudo de novo.
- É preciso muito para te perceber,
Vejo isso nos teus olhos,
Mas não vais cair.
Não, enquanto puder amparar-te.
Pensaste que me conhecerias,
Mas eu não sou perfeita,
Simplesmente continuo tentando,
Porque foi isso que disse…
Não há nada a esconder,
Quando não temos mais nada cá dentro.
Pensaste que saberias combater comigo,
Mas esta guerra não te pertence.
- Por favor não deixes.
Não podemos estar acabados,
Eu sei, que é preciso muito para te perceber,
Mas peço-te, não me afastes de ti, não me deixes ficar de lado…
Paz…
É tão fortificante saber para onde correr,
Saber com quem contar,
Ab-rogarem[2] por nós,                                                    
Cessar as mentiras.
É pior acabar que começar tudo de novo.
- Esplêndido. Esplêndido. Ainda continuas a surpreender-me!
E se te disserem que estás errada?
Não sou perfeita,
Mas continuo tentando,
Porque foi isso que disse,
Que faria desde o início.
Dezoito anos,
 Foi há 18 anos, que…jurei vingança plena.
O tempo passa,
Mas eu continuo olhando pela mesma janela.
- Não! Não podemos estar acabados,
Não, enquanto puder amparar-te,
Não, enquanto puder salvar-te…
Não vais cair! Não vais abandonar-me.
Não, enquanto puder…



[1] Difundidos, envolvidos
[2] Morrerem, suprimirem, eliminarem