O tempo passa,
E eu continuo olhando
pela mesma janela,
De à, 18 anos.
Não sou perfeita,
Mas continuo
tentando,
Porque foi isso que
disse,
Que faria desde do
início.
Memórias inscritas
nas paredes,
Suplícios atrozes
espargidos[1]
no sopro,
Objectos densos de
equimoses,
É pior acabar que
começar tudo de novo.
- Esplêndido. Como ainda me
consegues surpreender!
Não podemos estar acabados,
Posso ver isso nos teus olhos.
Não, enquanto puder
amparar-te.
Há 18 anos que
continuo olhando pela mesma janela,
Há 18 anos, que jurei
vingança plena.
Foi há 18 anos, que…
continuo tentando…,
É pior acabar que
começar tudo de novo.
- É preciso muito para te
perceber,
Vejo isso nos teus olhos,
Mas não vais cair.
Não, enquanto puder
amparar-te.
Pensaste que me
conhecerias,
Mas eu não sou
perfeita,
Simplesmente continuo
tentando,
Porque foi isso que
disse…
Não há nada a
esconder,
Quando não temos mais
nada cá dentro.
Pensaste que saberias
combater comigo,
Mas esta guerra não
te pertence.
- Por favor não deixes.
Não podemos estar acabados,
Eu sei, que é preciso muito
para te perceber,
Mas peço-te, não me afastes de
ti, não me deixes ficar de lado…
Paz…
É tão fortificante
saber para onde correr,
Saber com quem
contar,
Ab-rogarem[2]
por nós,
Cessar as mentiras.
É pior acabar que
começar tudo de novo.
- Esplêndido. Esplêndido.
Ainda continuas a surpreender-me!
E se te disserem que estás
errada?
Não sou perfeita,
Mas continuo tentando,
Porque foi isso que
disse,
Que faria desde o
início.
Dezoito anos,
Foi há 18 anos, que…jurei vingança plena.
O tempo passa,
Mas eu continuo
olhando pela mesma janela.
- Não! Não podemos estar
acabados,
Não, enquanto puder
amparar-te,
Não, enquanto puder salvar-te…
Não vais cair! Não vais
abandonar-me.
Não, enquanto puder…
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