terça-feira, 13 de setembro de 2016

Mariposa

Há muito sobre ti que nunca deixaste transparecer,
Viraste as costas, mas não para mim…
Sim, eu sei, eu sei como te tentaram caldear[1],
Segurando-te de forma a arremessarem-te ao arreio[2].

E eu, que por tanto tempo te tentei alcançar,
Sei que quase chegaste lá!
Hoje estou fechado o bastante para ver,
Mas eu apenas sei, sei que sim, meu espelho cristalino.

Estiveste escondendo-te nas sombras,
E acabaste esquecendo-te de como é sonhar.
Deixa-me ajudar-te a recordar,
Não posso ser o incógnito desta história.
Deixa-me apoiar-te,
Não quero ser somente, quem está dormindo na tua cama.

Tornas-te excelente,
Tu és excelente!

Por isso vem,
Vem ter comigo,
Eu posso sentir a tua dor,
E tudo o que sempre contradisseste,
Tudo o que sentes,
Tudo o que sempre desejaste e nunca pudeste.

Olha ao teu redor,
Estás aqui comigo!

Deixa que o amor se torne o teu modelo,
Sem medo, sem tristezas!
A verdade será descoberta aqui,
Escova os teus cabelos flama[3],
Olha reiteradamente[4] em redor.
Tornaste deslumbrante,
Tornaste-te no meu amor!
Estás seguindo o modelo,
Sem medo, sem tristezas,
Transpondo algo melhor!




[1] Prender, arremessar,
[2] Rebaixar, deitar para trás
[3] Cor-de-fogo, labareda, chama
[4] Novamente, outra vez