sábado, 19 de maio de 2012

Uma das visões sobre o amor no meu mundo


O amor é um sentimento estranho. Que tem o hábito de não obedecer à razão. Há quem diga que o verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por muitas outras coisas irracionais. Eu discordo, o amor é apaixonarmos-nos aos  poucos por alguém que supostamente acharíamos impossível. 
Quando pensamos em tal possibilidade, consideramos todos os cenários possíveis e improváveis de ousar dar o primeiro passo. Mas o tempo vai passando, prega-nos rasteiras inconstantes e quem supostamente não passa de um amigo, passa a ser visto com outros olhos. Começamos por prestar atenção ao seu cheiro, ao mistério que nos desperta, à paz que nos proporciona ou ao tormento que nos provoca. E quando damos por nós, estamos amarrados ao sentimento AMOR! Àquele tom de voz tão único, à maneira de piscar dos seus olhos hipnotizastes. 
Só que tudo não passa de uma percepção de amor superficial, muitos  dirão. Até poderá ser, mas quando decidimos acordar e dizer: - Confundi os sentimentos. Não é amor que sinto por ti!É mentira. Digo-vos. Ninguém fará por nós o que este amigo enamorado fez. Por que além de pensarmos que foi um erro, não foi nada disso! Foi o destino que nos juntou. Quando nem sequer combinamos e contra tudo e todos não nos conseguimos separar. Se isto não é um amor estranho e consistente. Então o que é o Amor? Quando separados um do outro, o jeito de sorrir que tanto adorávamos, o beijo tão aliciante que nos levava ao céu, não nos sai da cabeça e rouba-nos afortunadas horas de sono? Qual a razão para estarmos com humor de cão logo pela manhã sistematicamente e não conseguirmos expressar mais os nossos sentimentos com convicção, como fazíamos quando estávamos a seu lado? 
Isto tem um  nome. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim não conseguimos despachá-lo. Não é todo musculado, não é capaz de cortar a respiração feito o Dean do Supernatural. Mas quando a mão dele nos toca no cabelo,com aquele toque tão seu que nos faz derreter como manteiga.  Ah, como gostava que o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática. Mas não funciona assim, e para dizer verdade não sou das melhores nessa matéria de números. Amar não requer conhecimento prévios como numa pesquisa para a apresentação oral de nutrição, espanhol, química ou qualquer outra disciplina que seja. 
E sim amar-se justamente pelo que o Amor tem indefinível, porque ninguém conseguirá ser do jeito que o amor da nossa vida é! E eu concordo plenamente. Vale a pena pensar nisto...



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Só quando se perde é que se dá valor...





Palavras para quê? Quem não fica sensibilizada com tal declaração?

A demência do relaxamento



Remexo em escritos antigos,
Escondidos nas gaivas[1] esquecidas.
Fiquei longe daqui durante demasiado tempo…
Tenho que voltar à estrada novamente.
Jogo lajes[2] no buraco que é a vida,
E vi, eu vi e sei o amanhã…,
Estamos sonhando alto demais…
Voltar atrás no cronómetro,
Só mais algum tempo,
Eu preciso só de mais algum tempo.
- Precisas ir embora!
E começar tudo de novo…
Não! Chega! Saio da cama, decidida,
Em abrir os olhos a um novo dia.


[1] Gavetas
[2] Pedras