Durante o jantar apercebi-me que o futuro sócio de
Alessandro me devorava com o olhar. Começava a sentir-me incomodada. Talvez
fosse só impressão minha. Então pedi licença e dirige me ao toilette À saída
do banheiro encarei com o seu sócio, que se aproxima de mim sem qualquer
hesitação e me encostou contra a parede.
- Que mulher maravilhosa. Sabe o Alessandro sempre teve
bom gosto para belas mulheres. – Disse-me sussurrando ao meu ouvido.
- Largue-me. O Senhor está fora de si.
- Não. Estou é doido por si. Quanto é que o Alessandro
lhe paga para ser sua acompanhante? Eu pago-lhe o dobro. – Insistiu ele
começando a tocar-me.
- Já disse para largar-me. – Disse eu apavorada. – Sou
apenas uma amiga dele!
- Amiga? Quem quer enganar. O Alessandro é um Playboy, as
mulheres são o seu pecado. Quanto é que quer para passar a noite comigo?
Ninguém precisará de saber. Concluo já o negócio e ficaremos livres para nos
divertir, querida.
- Solte-me. Eu não sou dessas. Está fazendo confusão. –
Gritei tentando me soltar.
- Não te faças de difícil. – Disse-me ele arrastando-me
para um canto e começando sua loucura desenfreada de me possuir.
De repente oiço uma voz grave perguntar o que se estava a
passar. O homem parou afastou-se de mim e acusou-me de atirar-me a ele. Que
queria fazê/lo a assinar o negócio para os dois se irem divertir. Enquanto
dizia isso, mostrava asco e repugnância da situação para que a sua defesa fosse
mais realista.
- Isto é verdade Lana? – Esbracejou Alessandro.
- Não. Juro. Eu não fiz nada.
- Vai acreditar nessa... nessa Senhora, invés de mim?
Quanta ofensa. Vou embora. Este negócio está desfeito.
- Espere Senhor Demitri. Vamos conversar.
- Receio que seja tarde. Tenha uma boa noite.
Alessandro
aproximou-se de mim enfurecido, agarrou-me por um braço e arrastou-me para o
quarto.
- Nunca pensei algo tão baixo vindo de ti Lana. – Gritou
ele jogando-me para a cama.
- Eu não fiz nada Alessandro. Juro. Foi ele.
- Pára de mentir. Conheço-o há anos, nunca ouvi tal coisa
dele. Assume o que fizeste. Querias subir na vida a todo o custo não era? Foi
sempre o que quiseste! Ter dinheiro!
- Não Alessandro. Eu juro. Estás a cometer um grande
erro. – Disse chorando. – ouve-me pro favor. Achas que tenho estofo para tal?
Tu conheces-me.
- Não sejas hipócrita. Assume os teus actos como uma
mulher. A tua ganância fez-me perder um valioso negócio! – Gritou ele novamente
agarrando-me.
Ele olhou bem fundo nos meus olhos e depois beijou-me ferozmente. E disse:
- Vou-me embora. A tua presença sufoca-me.
- Espera! Como assim vais embora? E eu?
- Tu? Tu ficas aqui! Só não te mando expulsar do hotel
porque não estás no teu país e não falas a língua!
- Vais deixar-me aqui? Sozinha? Por favor não me faças
isto! – Supliquei agarrando-o.
- Larga-me. – Retorquiu ele empurrando-me.
Arrumou as malas, agarrou na minha carteira. E tirou uma
elevada quantia do bolso do casaco.
- Este dinheiro deve pagar os dias que estiveste na minha companhia. Quanto ao resto... não sei.
- Não Alessandro. Não. Espera. Não me podes fazer isto!
Alessandro!
Mas era tarde demais, ele fora-se embora e trancara-me no
quarto. Sem documentos, sem dignidade. Completamente só.