quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PERIGOS QUÍMICOS EM COGUMELOS – Amatoxina e Muscarina


O presente trabalho tem como base analisar os perigos químicos, amatoxina e muscarina, presentes em alguns cogumelos, uma vez que o consumo destes, na alimentação, tem vindo a crescer nos últimos anos, ao serem apreciados em muitas dietas europeias e orientais, e pelo seu elevado conteúdo proteico permitindo a sua introdução na dieta das populações de países em desenvolvimento e com alto índice de desnutrição. Como também ao nível das drogas psicotrópicas (Brandão, 2011). 

Ao retorcer vários anos para trás, observa-se que os acidentes tóxicos, decorrentes na humanidade, se restringiam essencialmente, ao contacto ou ingestão com determinados seres vivos e à inalação de gases ou vapores oriundos da actividade eruptiva dos vulcões e dos incêndios (Brandão, 2011).

A este fenómeno dá-se o nome de Micetismo. Intoxicação ou envenenamento causado pela ingestão de cogumelos que contêm ou produzem substâncias que não podem ser decompostas pelos processos digestivos e metabólicos do nosso organismo, e que ao serem absorvidas, causam diarreia, alucinações, insuficiência hepática e renal, e em alguns casos pode provocar a morte (Morgado, 2009). Mas os sintomas variam muito em função da quantidade e espécie ingerida (Polichetti, 2007).

Existem quatro categorias de toxinas nos cogumelos:
·         Veneno protoplasmático - causa a destruição generalizada de células, seguida de falência dos órgãos;
·         Neurotoxinas - causam sintomas neurológicos como profusa transpiração, coma, convulsões, alucinações, excitação e depressão;
·         Irritantes gastrointestinais - produzem rapidamente náusea passageira, vômitos, dor abdominal e diarreia;
·         Toxina tipo Dissulfiram (dissulfato de tetraetiltiuram) - só são tóxicos aquando da ingestão de álcool nas 72 horas após ingestão de cogumelos.

Praticamente todos ou quase todos os cogumelos podem ser agrupados em uma das categorias já citadas, dos quais Amanita Phalloides, Conocybe Filaris, Amanita Verna, Amanita Virosa, Galerina Marginata, Inocibe e Litocybe, enquadrados nos venenos plasmáticos e neurotóxicos (Viseufunghi - Sol, 2007).

Os cogumelos são consumidos como uma iguaria, e particularmente pelo seu aroma e texturas específicas. Para além disso, são ricos em vitaminas B1 e C, riboflavina, niacina e biotina, em aminoácidos essenciais e em sais minerais, nomeadamente, sódio, potássio e fósforo. Em termos comparativos, o valor nutritivo dos cogumelos pode ser equiparável ao do leite e da carne, sendo significativamente mais nutritivo que a maioria dos legumes apesar de partilhar os benefícios dos frutos e legumes pelo baixo teor de calorias e não têm colesterol (Micosylva, 2011).

Em Portugal, existe a habitual tradição de apanhar cogumelos, sobretudo na região de Miranda do Douro e no Baixo Alentejo. Sendo posteriormente, consumidos assados com um pouco de sal, no convívio das tabernas ou em casa e nos restaurantes, cozinhados na feijoada, mexidos com ovos ou fritos com carne do porco (Micosylva, 2011). Mas grande parte das vezes, este acto resulta em de intoxicações agudas, que consequentemente podem levar à morte, devido a insipiência, confusão no acto da colheita ou através de métodos populares.  Contudo, em Portugal, a verdadeira dimensão deste problema é desconhecida devido à escassez de literatura científica, muitas vezes desactualizada e desajustada (Brandão, et al., 2011).

Todavia, ao contrário de Portugal, no resto da Europa, encontram-se em maior número dados estatísticos relativos a intoxicação por cogumelos, tanto a nível alimentar como psicotrópico.

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