sábado, 18 de agosto de 2012

Mais um anjinho em perigo


Ajudem-na a encontrar um lar


Cadela de Porte Grande
Pêlo Branco
Encontrou-se em: Argoncilhe (Santa Maria da Feira)
Contacto: 918086090

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tudo por um bem maior


Look out the Window... Capitulo 7


Desespero. Angustia. Medo. Aflição. Fizera amor pela primeira vez. Com um desconhecido e… sem protecção. Mas onde raio tinha a cabeça! Brownie olhou para mim do meio da porta e aproximou-se.
- O que se passa Brownie? Tens alguma coisa para acrescentar ao maior erro da minha vida?
A cadela fungou e deitou a cabeça na minha perna. Ela não me censurava. Estaria ali para mim. Pró o que desse e viesse. Afaguei-lhe o pêlo e acostei-me no sofá. Com um pouco de sorte não haveriam repercussões maiores e aquele erro seria passado. Não sabia nada dele. O que fazia? Sobrenome? Morada? Vida? A única coisa que sabia era o seu nome. E se era verdeiro ou não, o que importava agora?
    Segunda-feira de manhã. Taca o telefone. Saltei do sofá, assustada. Que porra! É apenas o telefone.
- Estou? Quem fala?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Look out the Window... capitulo 6


- Qual é a tua ocupação?
- Sou assistente telefónica. – Disse esboçando um meio sorriso.
- Gostas do que fazes?
- Chega para o gasto.
- Vives ainda com a tua família?
Agora sim. Leandro tocara num ponto doloroso da minha vida. Fui acometida de vários sentimentos e frustrações. Quem queria enganar? Eu queria esbravejar aos 4 ventos a dor que me agredia há anos.
- Eu não tenho família. Vivo só com o meu gato Necas e a minha cadela Brownie. Num T0 na periferia. O que ganho num mês mal chega! Já desisti da vida e dos sonhos. Só quero continuar a cuidar dos meus bichos em paz e sossego! – Gritei, levantando-me da mesa e saindo a correr do restaurante.

Retorno do espectro parco


Este é o meu burgo[1]!

Quando o sol se põe,
E as estrelas saem,
Como fantasmas do passado… Porque, algumas coisas nunca mudam!

As ruas por onde ando, dão-me uma razão,
As batalhas em que me empenho, dão-me a origem,
Quando o sol se pôr,
As estrelas sairão,
Como fantasmas do passado… Nada vai mudar! Nunca!
Perdure-se entoando essa melodia,
Despejando um pouco naqueles que se esquecem.
Não existe, mais reparo!
Tornei-me torcionária[2], para abalroar a imperfeição,
Está na hora de colocar a vida de volta à afinação.

Não estou tentando ser melhor ou pior,  
Mas tenho que dizer,
Que devemos mantê-lo oculto…
Cruzámo-nos tempo demais em torno do meu empório[3].

Assim, porquê não gritar bem alto!
Se não dormem, bem que se…,
Nem me vai importar!
Estamos tanto no cerúleo[4],
Como uma digressão combinada!
Poderão assistir à queda fresta[5],
Pois estamos quebrando as alamedas[6]

E se alguma vez quiser,
Encontrar-me, envie uma carta.

Sempre sequiosa[7] e arruaceira,
Somente quero justiça no meu vital[8]!

Quando o sol se pôr,
As estrelas sairão,
Como fantasmas do passado, porque, algumas coisas nunca mudam!

Quando o sol se pôr,
E as estrelas saírem,
Como fantasmas do passado,
Gritarei bem alto,
Este burgo é meu!
Nada vai mudar! Nunca!

Reteremos tudo em segredo,
Cruzámo-nos vezes demais em torno do meu empório,
Para ter que executar um assassínio!

Quando o sol se pôr,
E as estrelas saírem,
Como espectros do pretérito,
Gritarei bem alto,
Porque existem realidades que nunca vão mudar!


[1] Lugar, cidade
[2] Algoz, carrasco, morte
[3] Cidade, metrópole, sítio
[4] Céu, paraíso
[5] Aberta, greta
[6] Trilhas, vias, avenidas
[7] Sedenta, ansiosa
[8] Essência, existência, vida

Normal... Sucks


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Look out the Window... capitulo 5


Cheguei ao local combinado na hora marcada. Detestava atrasos. Entrei para o estacionamento impecavelmente limpo. O vencimento deste mês já devia ter chegado ao fim. Um pouco mais à frente, na borda do passeio estava uma sombra sentada. Ao ver o meu carro aproximar-se, fez-me sinal. Devia ser mais um arrumador de carros aguardando uma boa gorjeta. Infelizmente não era uma cliente rentável. Ainda não recebera o ordenado e continha apenas 15 euros na carteira. Ao aproximar do local. Rapidamente. Apercebi-me que não se trava de um pedinte. Era Leandro. Trajava umas bermudas beges, uma camiseta azul de botões estilo Rockstter e para concluir, uns sapatos de Vela azuis Common Cut. Após estacionar no local que me tinha indicado, apressou-se a ir abrir-me a porta.
- Não acreditava que viria. Até ver o seu carro. – Disse-me ajudando-me a sair do carro.
- Estava para não vir. Não é meu costume sair com desconhecidos. – Repliquei rapidamente, fechando o carro e dirigindo-me para o restaurante.
- A propósito está muito bonita.
Corei. Mas não lhe dei troco. Estava desconfiada. Há muito que perdera a confiança na raça viril e passara a idolatrar o juízo da minha respeitável avó.
- Costuma vir muito a esta praia, Lynne? – Perguntou tentando alcançar-me. Silêncio. – Não me vai falar agora?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sometimes...


Quando nascemos a vida é uma incerteza. Enquanto pequenos achamos ser capazes do impossível. Os donos do mundo. Os escolhidos para muda-lo. Mas como todo o ser vivo, crescemos e a inocência dá lugar à corrupção. Não acreditamos mais no Pai Natal, nem nos contos de fadas com finais felizes. Muito menos na percepção de que os bebés vêm das cegonhas. Passamos então, a odiar a felicidade dos outros e a perguntar mil e uma vezes porquê? Porquê eu? Que erro, cometi de tão grave para merecer isto? Talvez tudo e talvez nada. Porquê uns têm tudo e outros nada? Na incerteza de melhores dias enveredamos por caminhos obscuros e pouco convencionais. Nalguns casos sem retorno possível e a ambição de mudar o mundo acabou nesse preciso instante. Outros envolvem-se em relacionamentos infrutuosos e provocam o caos emocional. A humanidade passa a conspurcar-se e o que outrora fora respeito, educação e consciência morre tal como uma flor quando não é tratada com amor e carinho. Se não se preocupam com o próximo por que razão. Serei eu a faze-lo? Se também eu me enquadro neste dito espelho que é o retrato actual da humanidade… Tudo não passa de um efeito de bola de neve, que à medida que vai crescendo só pára quando rebentar contra algo. Mendigos implorando esmola para sobreviver, desconhecidos furtando e degolando seja lá quem for, insurreições sanguentas culminando em desgraças, orfanatos apilhados, canis arrasados. Desconfiança social interminável. É neste mundo que queremos viver?     Não há tempo, não há misericórdia… Nas minhas memórias já só vejo uma finalização… Big Bang!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Por detrás de uma bela face


Há dias em que não devemos mesmo sair de casa. – Então e porquê? Perguntar-me-ão vocês. Ora acordar de manhã para mais um dia de trabalho. Nunca é fácil. Muito menos quando nos erguemos contrariados da cama, colocamos os pés para fora da berma e pisamos um sublime monte de massa castanha nos chinelos de andar por casa. E o que fazer a seguir? Culpar o cão? Castiga-lo? Injuria-lo de tudo e mais alguma coisa? Não. A culpa foi minha. Quis ficar mais 5 minutos na cama, aqueles abençoados 5 minutos. Que toda a pessoa adora fazer. E tive as merecidas consequências.
Caminho ao pé-coxinho pela casa até chegar ao toilete. Lá. Coloco o pé no bidé e retiro a maior parte, depois encaminho-me par ao duche e outra surpresa! Acabou-se o gás. – Vá, amocha aí sua desgraçada. Com um belo banho frio. Diz-me a minha madrasta sorte. E em pleno Outono cerrado. Consequência. Atraso-me para o emprego. Voou a todo o gás no meu Honda Civic. Mas nunca infligindo o código da estrada. Há que ser responsável. Quando a poucos metros contemplo uma infindável fila. Lá mais há frente, um amontoado de peças, duas carcaças de possíveis carros. Mas que agora já não o são. E…Trânsito cortado até evacuação completa da via! Duas horas depois chego finalmente ao emprego. Primeira coisa que acontece ao colocar os pés na porta da minha repartição. – Olívia! Ao meu gabinete. No meio destes infortúnios todos, eis que tenho sorte. O chefe depois da pregação formal. Reconsiderou e perdoou-me. Também ele já passara pelo mesmo. Ainda na semana passada e por pouco não esteve a pontos de não vir mais acabar, o seu expediente. Pois iniciar já não poderia, visto que faltavam 3 horas para o encerrar.

Amar


Análise Concluída



Na vida escolar aprendi que... É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito. No entanto com os acontecimentos, recentemente vividos acho que... É melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito. Contudo se um tolo ou um porco têm uma opinião diferente.
É porque só conhecem o seu próprio lado da questão. Porém a outra parte da comparação. Conhece ambos os lados. 
Ao ler um excerto de utilitarismo para afazeres compreendi que...Os homens perdem as suas aspirações superiores à medida que perdem os seus gostos intelectuais porque não têm tempo ou oportunidade. Para se lhes dedicarem, e não se viciam nos prazeres inferiores porque os preferiram ponderar. Mas, sim porque são os únicos a que têm acesso ou, são os únicos com que ainda conseguem deleitar-se. Nem as dores nem os prazeres são homogéneos, e a dor tem sempre uma natureza diferente da do prazer. Apreendendo filosofia especulei várias teorias, e em todas conciliáveis:

 A felicidade é inalcançável!
Uma lição que, depois de inteiramente, compreendida e aceite. É o começo e uma necessidade de toda a virtude.
Não refugiar o acto de suicídio colectivo que Novelis. Aconselha em certas circunstâncias…, escapar [a]…grandes fontes de sofrimento físico e mental. Como a miséria, a doença, a crueldade, a baixeza. Ou a perda prematura de objectos de afeição.
Utilitarismo!

“…o que está certo na conduta não é a felicidade,
do próprio agente,  mas a de todos os envolvidos.”
Dizer que se ordenam as pessoas a agir sempre,
com o objectivo de promover os interesses gerais,
da sociedade é exigir demasiado!

Não precisamos de ir além, das pessoas especificas envolvidas, excepto na medida em que seja necessário, assegurar-se de que, ao beneficia-las, não estaremos a violar os direitos. Consolida-se constantemente que o utilitarismo, torna os homens frios e despromovidos de simpatia, que gela os seus sentimentos morais pelos indivíduos, e os faz interessarem-se apenas pela seca, e dura reflexão das consequências das acções. 

Tendo também a consciência de que uma acção certa, não indicia necessariamente um carácter virtuoso. Os utilitaristas que cultivaram os seus sentimentos morais, mas não as suas simpatias nem as suas noções artísticas, caem neste erro. Assim, para o propósito de fugir a um entaladela momentânea, ou de conseguir um objecto imediatamente vantajoso, para nós próprios ou para os outros, muitas vezes será conveniente dizer uma mentira. Mas os seus limites devem ser definidos. 

A humanidade tem vindo a descobrir, as tendenciais das acções através da experiência. Mas qualquer padrão ético funciona mal, se admitirmos que a estupidez universal, está conjugada com ele.A humanidade ainda tem muito que aprender, sobre os feitos das acções na felicidade geral. Expressamos que um utilitarista estará pendente a fazer, o seu próprio caso específico, uma excepção, às regras morais, e que, quando estiver sob tentação, verá um lucro maior na infracção de uma regra, do que na sua execução.

Esta brecha leva a que o agente se iluda a si próprio, e conduza a uma minúcia indigna. Porém invulgarmente pode existir, qualquer duvida pura, quanto à sua identidade, na mente da uma pessoa que reconheça, o próprio princípio!

Nada é impossível...tirando a morte.


domingo, 12 de agosto de 2012

Brincando durante os estudos…


Sexta-feira…
Logo carimbada na parte da tarde,
Pelo teste sobre a matéria dada.
Onde o verbo Amar foi o escolhido,
Para se estudar e nesse dia ser desvelado…
Portanto recapitulando,
Verbo amar no presente, hum…
Eu amo, amas, ama, amamos, amais, amam,
Ah…assim é nebuloso, apliquemos doutro modo:
Pretérito perfeito,
Eu amei, amaste, amou, amámos, amastes,
Amaram…
Na, assim também não soa bem,
Chiça, que língua complicada mas engraçada!
Não te queixes passa ao pretérito mais que perfeito,
Com esse deves “simpatizar”…
Eu amara, amaras, amara, amáramos, amáreis, amaram.
Não! Eu não quero recordar os desgostos do passado!
És mais complexa que a matéria na aula estudada!
Mas prontos, retrocedemos ao pretérito perfeito composto!
Eu tenho amado, tens amado, tem amado,
Temos amado, tendes amado, têm amado!
Ou…
Eu tinha amado, tinhas amado, tinha amado,
Tínhamos amado, tínheis amado, tinham amado…
- Mau! Queres parar de usar o verbo que sai pró teste no gozar?!
- É verdade.
- Ai é?
- Então toma:
Eu amarei, tu não amaras!
Ele não amara, nós amaremos!
Vós amareis, eles amaram!
Que engraçadinha que é a menina!
Ora vê:
Eu terei amado, tu não terás amado!
Não admira é tão caprichosa!
O que é que dizes-te?!
Nada só que ele não terá amado, e nós teremos amado!
Nós? Ponto e virgula…
Hum…
Vós tereis amado, eles não terão amado.
Deve de ser deve!
- Sussurraste alguma coisa, cabeçudo!?
O quê, mas que…
Ai se eu tivesse amado, quer dizer te tivesse odiado…
Isso não pertence ao verbo…
Pois eu sei, ó correctinha!
Já enjoei esta lengalenga toda…
Ó amuou…
Eu amaria se para mim fosses mais meiguinha,
Tu amarias se fosses menos insensível,
Ele amaria que fossemos mais ligados….
Nós amaríamos se fossemos análogos
Vós amaríeis se me acariciasses…
Eles se amariam se não se contrariassem reciprocamente.
Resumo moral:
Infinitivo impessoal: Amar, tendo amado,
Mesmo que os modos tenham sido,
 Restringidos e abreviados,
O que valeu foi a honestidade por este deixado…

Piece of cake! 

Look out the Window... capitulo 4


Eram 15h da tarde. Coloquei à chave à porta. Como por magia a cusca da vizinha do andar de cima. Já punha as orelhas de fora à escuta. Malditas mexeriqueiras. Gostava de ter a vida delas. Sempre de papo para o ar, cagando postas de pescada. “ Se fosse comigo, já tinha mudado a situação… se fosse comigo blá blá. ”
    O Necas e a Brownie. Mal me encaminhei para dentro, correram na minha direcção. Estava na hora de leva-los a passear. Após o passeio, subi de novo as escadas, com os dois mafarricos satisfeitos e fui sentar-me no sofá em segunda mão que comprara nos Classificados. Tratava-se de um sofá de 2 lugares, em tecido canelado, cor branco-pérola, com aplicações de madeira/verga em wenguê[1]. Impermeabilizado.
    A foto da minha avó parecia estar olhando para mim, do seu altar improvisado, no centro da parede da minúscula sala de salar jantar/estar. Dizendo-me para arriscar. Não. Eu já sofri e até chorei sozinha e sem ninguém. Para a minha avó os homens eram escumalha da grossa. Quem me garantia que este, Leandro? Era assim o seu nome. Não era um tubarão à espera de arraia-miúda para se enfartar? No centro da parede, a minha avó continuava observando-me misteriosamente. Será que o aparecimento deste homem na minha vida era um sinal? De algo melhor? Deveria mesmo ir? Tive a vaga ideia de que a minha avó me piscara o olho impulsionando-me a ir.