O último balanço da Organização Mundial de Saúde dá conta de 467 mortos entre os 759 casos registados na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa. Apesar dos números continuarem a aumentar, as autoridades asseguram que o risco de propagação para outros continentes é reduzido.
O vírus ébola transmite-se por contacto directo com sangue, sémen, urina, fezes ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
Para a febre hemorrágica ébola, cuja taxa de mortalidade pode ir até aos 90%, ainda não existe nenhuma vacina, embora muitas estejam em fase de testes. Também não há tratamento, além do controlo dos sintomas, nomeadamente com hidratação por via intravenosa dos doentes, que devem estar isolados.
A propagação nestes países africanos deve-se sobretudo aos profissionais de saúde e aos familiares dos doentes infectados que não usam equipamento de protecção. O maior problema está nos rituais funerários que envolvem o contacto directo com o corpo e, por isso, a OMS recomenda que os cadáveres infectados sejam imediatamente enterrados.
A OMS sublinha a necessidade do uso de equipamento de protecção quando se trata um infectado, do isolamento dos doentes, de lavar as mãos com frequência e de cozinhar a carne de animais possivelmente infectados. Os sintomas são febres hemorrágicas, vómitos e diarreias, mal-estar geral, dores musculares, de cabeça, no peito, abdominais ou de garganta ou ainda manchas na pele.
Todavia os directores clínicos de vários hospitais afirmaram de que «Estamos a acompanhar a situação numa base diária e ainda não temos necessidade de actualizar as recomendações», depois de analisados quais os procedimentos adequados se aparecer um caso suspeito de ébola em Portugal, como já aconteceu em abril, mas que não veio a confirmar-se.