sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Jogada ao vento!


Despojado do meu Afecto,
Nem forças, tenho para chorar…
Rastejo caído por terra,
Não tenho ânsia para voar…
A sombra,
por onde vagueio,
que me oculta, não da luz,
que não temo, mas dos olhos,
que me procuram, na sombra,
onde me perco, oculto,
sem mostrar, as trevas,
onde me encontro,
pois não quero ser resgatada,
por esses olhos,
que me procuram,
vagueiam, neste breu que me cerca,
esta cerca, feita de sombras,
não para não me deixar sair,
mas impedir a entrada,
desses olhos,
que projectam,
a minha própria sombra.
Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não seria tão errado
Dou afecto, respeito e possibilidades
Mas entende, eu não estou apaixonada
A paixão já passou pela minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego,
Em mim uma dor amargurada, um coração desvanecido.
E um olhar…
Que tentei…
Mas tudo agora é coisa do passado,
Quero o respeito e sempre ter alguém,
Que me entenda e sempre fique a meu lado,
Mas não, não quero estar apaixonada.
A paixão quer sangue e corações destroçados,
É saudade é só mágoa por ter sido feito tantos estragos,
E essa escravidão e essa dor não quero mais,
Quando acreditei que tudo era um facto consumado.
Veio a foice e jogou-me tão longe,
Tão longe…
Não, não estou mais pronta para mais lágrimas,
Podemos estar juntos e convivermos o futuro,
Não o passado,
Vejo o nosso mundo…
Eu também sei que dizem,
Que não existe amor errado,
Mas entendam, não quero estar apaixonada.
Tenho a Escuridão me rodeando
De cabeça abaixa
Acima de tudo eu…
Eu estou…
Tão longe de...
Mas tudo que faz é me observar
Então eu despendo sua graça
E lá longe a escuridão cresce
E quem me guia de volta para todas minhas rotas,
O desejo e a dor
Na escuridão e na desgraça
O gosto e a mágoa
Na escuridão e na adversidade
Na tão, lacrimante, mas galante obscuridade das trevas.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fogo!



À hora certa para chegar,
A perplexidade vai-me deixar falhar.
Em tão poucos passos,
As minhas pernas não andar,
Acho melhor esperar…
Mais uma ração e a minha oportunidade ausentar-se-á.
Outro segundo,
Não posso mais esperar!
Eu quero te dizer,
Que às vezes penso em ti,
Que não posso mais pensar,
No que eu tenho para pronunciar.
Já não importa,
Se me queres ou não,
Chegou a hora de sair desta solidão!
Sei que tento não recordar,
Daquilo tudo que quis acreditar.
Às vezes penso se não vai ser bem melhor assim.
Te recambiar a mim…
Já não importa…
Chegou a hora de sair desta solidão, voltar a mim…







terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Esperança…


Os dias vão passando,
E o juízo final se aproximando.
Vejo-me perdida nesta imensidão,
Entre a perda e a conquista.
Não peço muito, apenas um auxilio,
Onde todas as acções são reconsideradas.
Sentiram orgulho,
Ainda que não o admita?!
A fragilidade dum minuto,
Transportada pela vida.
Oscilações derivadas e acarretadas,
Fazem-me inferiorizar o ser que apregoam.
A dor não se apraz com pouco,
As irreflexões não são as causadoras.
Estou aqui, estagnada entre dois universos,
Perda e ganho concomitantes pela contrição.
Mas ainda continuo aqui…,
No escorrer da vidraça,
Onde prevalece o sentimento de perda.
Onde o cavalgar constante por entre a sorte,
Me faz perceber que a única certeza que conheço,
É mesmo a da morte!
Todas as recordações aparecem e desaparecem num ápice,
Com a agonia da derrota.
De cabelos ao vento,
Enfrento o com desalento,
A minha imutável rota.
Tantas vezes penso em desistir,
É a verdade, porquê omitir!
Brota então um flash,
Carregado de tudo pelo que sonhei.
Jamais desistirei,
Não posso permitir, tão pouco consentir,
Que caia no vazio, tudo aquilo porque lutei…
És esperança! És a esperança!
És quem no fim,
Me dá as forças necessárias para nunca ousar desistir!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Sentimentos diversos


Sempre te vi passar,
Desejando um simples olhar,
Mas…
Porquê coração é que eu fico,
Constantemente deste jeito?
Não faças assim, apaixonares-te,
E a dor ser do meu peito...
Mas…
Porquê, que te foste entregar?
Se na verdade era só uma aventura,
Porque não soubeste observar.
Sempre estive na tua frente a deslumbrar,
Apenas não quiseste arriscar.
Era um desejo e nada mais...
Agora que descobri esta paixão,
Já que foste,
Levando o meu coração,
Sem ti,
Para quê supor com esta paixão?
Eu vou sempre te lembrar,
Se fico aqui,
É só para te esperar.
A dor me tomou,
Mas um dia hás-de voltar.
As lágrimas persistem em se abaterem,
Conforme os rios para o mar,
Sem saber como parar.
Eu imagino este final,
Pois me dá medo pensar,
Que esse dia podia não chegar.
Nada mais teve valor,
E só, sei que nunca tive outra igual.
E agora o que é que faço?
Para esquecer tanta candura,
Isto virou alienação.
Não é justo,
Entrares na minha vida assim,
Não é certo,
E não deixar saída.
Talvez agora depois do que falei,
Ainda que em modos verbais misturados,
Percebas porquê que um dia disse:
- Eu tenho medo de amar…
Amar não é nenhum divertimento e o coração,
Já não aguenta e não tem mais salvação.
Já sofreu muito e fantasiar contigo numa cisão,
Mesmo indolor o coração,
As mágoas fizeram-no se despedaçar,
Hoje estando contigo, não caías na excitação,
De prescindires de me amar.
Não interessa se faz frio,
Nasceram ternuras que contigo conheci,
Há um lugar dentro de mim,
que só existe por ser para ti.
Quero-te amar tempos sem fim
Desde o momento que te vi.
Nas nossas vidas só queremos esquecer,
As cartadas que as feridas,
Demoram a vencer,
E o coração não as quis abandonar,
Que muitas vezes me põem a chorar.
Ás vezes perguntas-me porquê,
Como a chuva chora sem avisar,
Assim sou eu sem prever…
Só nos resta uma saída,
A força que o amor tem!