Recordo o dia que te conheci como se fosse hoje,
O êxtase, o
medo, a incerteza, o nosso amor…,
O teu olhar,
o teu sorriso, conseguiste derrubar todas as minhas defesas,
E levar a
minha alma para lugares longínquos.
Nunca estarás só - disseste-me.
Estávamos
lutando contra a maré,
Foste o meu
farol da redenção, e eu fui o teu fulgor na tua vida destituída.
Gostava de entender o quanto eu te amo e tu também me entendesses…
Gostava de entender o quanto eu te amo e tu também me entendesses…
O amor que sinto por ti fez-me querer ser melhor,
Não querer guardar mágoas porque quero meu coração puro para
entregá-lo,
Nas tuas mãos quando quiseres um dia vir buscá-lo…
Tanto amor, sem dúvida assustou-me. Ainda assim, continuo mantendo vivo esse amor,
Que um dia me
deste, ainda o carrego comigo, ainda ouso murmurar o teu nome,
Mas eu estou
viva! Só “nós” é que já não.
Nunca estaria
só, disseste-me.
Raras são as vezes em que penso desaparecer sem deixar rasto...
Medo de estar perturbando, medo de não ser amada,
Medo que o meu amor não seja o suficiente, medo de
decepcionar,
Medo de pensar que… descobrir sozinha que…
Os medos vêm como um bicho-papão, mas como criança valente e
apaixonada, não preciso argumentar muito para entender…
Talvez seja culpa da idade...
Não estou onde queria estar, os sonhos e planos de estar
contigo,
Por alguns motivos, não se realizaram...
Tanto tempo te esperando, tanto tempo imaginando que um dia,
Um dia nos entenderíamos.
Eu mal acreditava nisso, mas era o que continuava,
Levando-me a crer e a insistir…
Embalada pelo amor, fiquei cega e distraída do mundo,
Não vi os sinais, não acatei as posições…,
Quantos meses se passaram?
Por ti vivi os clichés de amor mais ridículos
que podem existir,
Fiz muito por ti, mas no final não deste valor
a rigorosamente nada de nada.
Descartaste-me que nem lixo, como quando
compramos um gadget superior…
Pouco te importaste com os meus sentimentos, a
minha pessoa.
Revelaste-te um insensível mal carácter que não
acreditava conhecer…
Puseste-me no mesmo patamar que todas as outras
com quem andaste.
O meu maior medo realizara-se.
Amei-me menos para poder te amar ainda mais,
Deixei de dar atenção a quem só queria o meu
bem para poder ter-te por perto.
Depois de tanto tempo te servindo de base para
curar o teu desgosto,
A tua mágoa, os teus medos, descobriste que não
sou a pessoa,
Com quem querias estar.
Já lá vão os meses em que disseste que não
ficarias um mês sem mim,
Actualmente, pediste-me para que eu
desaparecesse da tua vida, e te deixasse em paz.
Pediste e contra minha vontade, aceitei,
infelizmente creio, para ti, não durou muito tempo.
Superaste todas as minhas expectativas,
Decepcionaste-me da forma mais baixa e cruel do
mundo!
“Não é fácil para mim esquecer-te, não penses
isso”
Ainda me pergunto se algum dia percebeste,
O quanto tentei-te fazer
especial na minha vida,
O quanto eras exclusivo para a minha vida,
O quanto eu queria muito mais que a só a tua companhia…
Mas como amar um “monstro” assim me designaste,
Uma miúda rabugenta,
insuportável, cheia de traumas que nunca soube cuidar,
Nem dela mesmo, cuidando de ti…
Não serei falsa dizendo que esqueci, que não te quero,
Quando todos os dias adormeço a pensar em ti,
No dia que te conheci,
Nos teus carinhos,
No teu sorriso,
Na tua voz… quando tocavas, quando cantavas,
Quando me levavas contigo para trabalhar,
Quando estávamos juntos agarrados um ao outro…
Por tudo isto, um Obrigado e definitivo Adeus…