sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ser o que sou e não ser o que não sou e sou…


Ser o que realmente sou,
Ou ser o que realmente não sou.
Mas ser o que sou é omitir,
aquilo que não sou.
Então, como poderei saber que,
sou aquilo que não sou se
poderei sê-lo!?
Só sei que nada sou e ou apenas,
 Penso que nada sou…
Uma bela questão que me vive no coração.
E só sabe pensar no, senão.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Whistling my name... Capitulo 4



Aquele dia do casamento foi realmente estranho. Depois de cumprimentar-nos praticamente deixamos de comunicar um com o outro. Se o combinado era fazer-me passar por sua namorada ainda que por apenas um dia, começávamos mal.

            À chegada ao local do casório ele estacionou o carro, e sem dar-me tempo abriu a porta do carro e ajudou-me a sair. Havia ali muita gente e pude observar que ao verem-no chegar e acompanhado começou a iniciar-se um burburinho.
Devíamos entrar de mãos dada na Igreja Lana. – Disse agarrando-me uma das mãos.
Eu apenas assenti. O choque de tocar-me tinha roubado o fôlego  As mãos eram fortes e grandes. O meu corpo todo vibrava com o facto de estarmos ligados ainda que fosse só pelas mãos dadas.
            Mais tarde durante o copo de água, eu sentia-me um peixe fora de água. Alessando tinha-se ausentado. E não sabia o que fazer. Nunca fora muito boa com pessoas. Quando de repente o Alessando me puxou contra o seu peito e me beijou. No começo estava em transe pelo aparato, mas lentamente fui cedendo e saboreando o seu beijo caloroso e esfomeado. Foi algo surreal e único. Até termos sido interrompidos, pela noiva – a ex-namorada dele. Então percebi a ânsia do seu desejo. Fora apenas teatro, e deixem-me que vos diga, muito bem feito. Contemplei isso pelos olhares entre os dois. Porém três meses depois eu ainda continuo a pensar nisso. Naquele beijo repentino. Terá significado alguma coisa? Ou terá sido apenas mais um beijo e nada mais...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Whistling my name... capitulo 3


É hoje o dia. Já passa das onze da noite. Ainda não fui capaz de me decidir a ligar e dizer a minha resposta. Acho que ele não acredita mais que vá este fim-de-semana ao casamento. Toca o telemóvel. É ele!
- Alô? Alessandro?
- Olá. Então Lana já tens uma resposta para mim? – Perguntou-me ele numa voz impaciente.
- Bem... Sobre esse assunto. Eu...
- Diz Lana. Sim ou não?
- Sim. Eu vou contigo. Vens buscar-me ou encontramo-nos nalgum sítio especifico?
- Não. Eu faço questão de ir buscar-te. Obrigada Lana. Não imaginas o bem que me estás a fazer.
- Está bem. Então até lá. Adeus.
A chamada termina. Mal me aguento nas pernas com o nervosismo. O que estou eu a fazer? Vai ser um desastre.
            Dias depois, toca o despertador às oito da manhã. Ainda sonolenta derrubo o despertador. Mas este insiste em continuar o seu chinfrim infernal. Levanto-me mal-humorada e lembro-me de repente, de que é hoje o dia do casamento dentro de duas horas o Alessando estaria à minha porta.
            Lanço o despertador sobre a cama e corro para o armário. Ao abri-lo deparo-me com um vestido curto com bordados e um mini tule cor rosa pálido. Acompanhado de uns lindos sapatos de gala cor creme. Podia jurar que não me recordava de os ter comprado.
            Tomei um duche rápido. De seguida vesti-me e encontrei outro obstáculo. Que penteado levar? O meu cabelo tinha o vício de ser indomável  Então acabei por optar prender uma parte dele com ganchos especiais deixando o restante cair em cascata sobre as costas, e alguns cachos caírem sobre a face. Parecia-me bem. Quanto à maquilhagem foi umas pitadas muito ao de leve. Nunca fui muito dada a pinturas.
Toca o telemóvel novamente, não precisava de ir atende-lo para saber quem era. Agarrei a minha bolsa e saí. Ele estava de costas viradas para a minha porta de mãos nos bolsos.
- Olá. Demorei muito?
Quando se virou parecia ter sofrido um embate duro. Que as suas palavras de saudação ficaram-lhe presas na garganta por alguns segundos.
- Olá. Não, não demoraste. Ah. Bem estás diferente.
- É só impressão tua. Vamos?