- O Gustavo
este aqui. Diz que veio à tua procura. Quem que vás ter com ele ao restaurante.
O que quer ele contigo?
- Não sei.
Porquê não lhe perguntaste? – E virei as costas para ir para o meu quarto.
- Nina! O que
andaste a fazer? O que quer o homem contigo?
- Já disse que
não sei! Tu é que o conheces. Conheces a família dele.
- Espero que
não te tenhas metido por maus caminhos, caso contrário não entras mais aqui em
casa.
- Já acabaste?
Eu já sei tudo o que pensas a meu respeito. Pouco me importa. Eu sei o que sou,
não o que me pintas.
Subi para o meu quarto. Escolhi a
roupa que iria vestir. E fui tomar banho. Agora era eu que estava intrigada e
curiosa. Ao fim de todo este tempo o que quereria o homem? Cheguei ao
restaurante. Estava vazio. Na porta dizia em remodelações. Entrei e ao fundo da
sala sentado em uma cadeira, estava Gustavo. Quando me viu, ergueu o olhar e
disse:
- Vieste. Achei
que nem aparecerias.
- O que o Sr.
quer comigo?
- Trata-me por
Gustavo. Não sou assim tão velho.
- Gustavo,
então. O que me quer?
- Queria
fazer-te uma oferta.
- Oferta?
- Vem trabalhar
para mim a tempo inteiro com contrato e garanto-te que pagarei um bom salário.
- Trabalhar
para si? Mas porquê? Não tenho assim tanta experiência na area. Apesar de
gostar.
- E se eu dizer
que vejo em ti algo que não vejo em mais nenhuma pessoa? Tens dom para isto.
Aceita.
- O que quer em
troca afinal?
- Nada. Apenas
a tua amizade. Desde que entraste para o restaurante alegraste um pouco mais a
minha vida. Não fiques com esse ar de desconfiada. Não vou fazer-te mal.
- Eu não posso
abandonar assim o meu trabalho. Se quando o meu contrato acabar ainda me quiser
eu aceito.
- Se essas são
as tuas exigências. Muito bem.