sábado, 19 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 7


- O Gustavo este aqui. Diz que veio à tua procura. Quem que vás ter com ele ao restaurante. O que quer ele contigo?
- Não sei. Porquê não lhe perguntaste? – E virei as costas para ir para o meu quarto.
- Nina! O que andaste a fazer? O que quer o homem contigo?
- Já disse que não sei! Tu é que o conheces. Conheces a família dele.
- Espero que não te tenhas metido por maus caminhos, caso contrário não entras mais aqui em casa.
- Já acabaste? Eu já sei tudo o que pensas a meu respeito. Pouco me importa. Eu sei o que sou, não o que me pintas.
            Subi para o meu quarto. Escolhi a roupa que iria vestir. E fui tomar banho. Agora era eu que estava intrigada e curiosa. Ao fim de todo este tempo o que quereria o homem? Cheguei ao restaurante. Estava vazio. Na porta dizia em remodelações. Entrei e ao fundo da sala sentado em uma cadeira, estava Gustavo. Quando me viu, ergueu o olhar e disse:
- Vieste. Achei que nem aparecerias.
- O que o Sr. quer comigo?
- Trata-me por Gustavo. Não sou assim tão velho.
- Gustavo, então. O que me quer?
- Queria fazer-te uma oferta.
- Oferta?
- Vem trabalhar para mim a tempo inteiro com contrato e garanto-te que pagarei um bom salário.
- Trabalhar para si? Mas porquê? Não tenho assim tanta experiência na area. Apesar de gostar.
- E se eu dizer que vejo em ti algo que não vejo em mais nenhuma pessoa? Tens dom para isto. Aceita.
- O que quer em troca afinal?
- Nada. Apenas a tua amizade. Desde que entraste para o restaurante alegraste um pouco mais a minha vida. Não fiques com esse ar de desconfiada. Não vou fazer-te mal.
- Eu não posso abandonar assim o meu trabalho. Se quando o meu contrato acabar ainda me quiser eu aceito.
- Se essas são as tuas exigências. Muito bem.

Apontamentos de Enologia


Ciclo da Vinha

A VIDEIRA – Rebentos: Fevereiro a Abril:

·         Inicio do choro da videira;
·         A videira começa a “acordar”
·         Depois da poda de Inverno => Corte dos galhos.

A VIDEIRA – Folhas: Abril a Maio:

·         Depois do nascimento dos rebentos e das folhas, a videira apresenta os botões da flor.

A VIDEIRA – Flores e Frutos: Maio a Junho:

·         A floração dura cerca de 10 dias
·         Dá-se a abertura das flores.
·         Nem todas as flores fecundadas conseguirão ser bagos de uva, já que as flores podem cair da planta (desavinho) ou a fecundação ser imperfeita, originando bagos muito pequenos, sem grainhas e de difícil maturação (designam-se de bagoinhas).

A VIDEIRA - Maturação: Junho a Julho:

·         Fase do Pintor
o   Numa 1ª fase os bagos verdes, pequenos e duros, aumentam de tamanho e mudam de cor adquirindo tonalidades  douradas ou avermelhadas.

A VIDEIRA - Amadurecimento; Agosto a Outubro:

·         O amadurecimento é a fase que antecede a vindima e permite que as uvas atinjam um grau de açúcar ideal para a produção de vinho.
·         O tempo de amadurecimento varia de acordo com as condições climáticas, características da videira e intenções do produtor.

A VIDEIRA - Repouso: Novembro a Abril:

·         Com a diminuição da temperatura atmosférica e as geadas outonais, as folhas da videira começam a cair.
·         A videira inicia o seu processo de repouso e só voltará à actividade no início da Primavera.
·         Durante a fase de repouso, executa-se a poda de Inverno.

Curiosidades extenuantes!


É a curiosa sensação de encher a enorme noite,
Com as suas pequenezas...

Que amanhã a vida recomeça.
E o cansaço acumulado faz esbater a vontade,
Assumindo, vergonhosamente, a entrega da languidez.
Palavras pernetas e mãos presas,
Com a corda magoa- me no torno dos pulsos.
Tornam os Dias estranhos.
Voltando certamente ao esquecimento. 

I won't forget you... so easy



Acreditando ou não ainda me recordo de ti. Das tuas parvoíces rotineiras e dos desaforos sagazes. Aconteceu tudo tão depressa. A vida mudou tantas coisas. Eu e tu passámos a espelhar outros estilos, menos compatíveis. Não importa. Na verdade nada importa mais, não é mesmo? Por que razão falar do passado, se jamais irá voltar? Feridas antigas nunca irão sarar. Temores passados e medos contínuos irão sempre lá estar para nos atormentar. Nunca, mas mesmo nunca se conseguirá construir seja o que for sobre estruturas ocas e impérvias. Acho que nenhum de nós se conhecia realmente. Duas crianças advertidas, querendo mudar o mundo. Marcar a diferença. E então agora? Cada um para seu lado. Cada um com a sua dor. Lágrimas rolam pelo pavimento. Tudo muda, mas é sempre o mesmo. Ali, aqui, acolá ou depois, não há nada a fazer para ultrapassar as nossas burrices. 
          Sabes hoje vivi mais um dia de vida contigo no pensamento, estou pagando a minha quota parte do preço pecado. Mas prometo que encontrarei um caminho, mas também sei que me farão mal de novo.
Sim, é isso. Com as minhas calamidades diárias, serei quem não sou mais.

Bon voyage


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 6


É tarde de mais para pedir desculpas. Recordo bem os dias após o meu final de contrato, seguido de um mês internada por me encontrar num estado de fraqueza tal. Que quando me restabeleci a primeira coisa que fiz foi procurar trabalho em centros, supermercados e hipermercados. Abençoadamente, surgiu-me uma proposta a tempo integral. E eu aceitei de imediato  Actualmente trabalho como repositora em um centro comercial na minha zona. Não pagam muito, mas já posso reabrir a conta da água e do gás. E o que sobra dá para manter a sobrevivência dos meus avós. Já que também tenho direito ao subsídio de refeição. Quanto à faculdade desisti no último ano, já não havia como suportar. Nem eu tinha mais condições mentais de lá andar. Por incrível que pareça tirei uma excelente nota no estágio ainda que tenha vindo embora 2 dias antes do final do contrato. Até agora continuo sem entender a atitude do homem.
            O meu namorado regressou ao ataque. Insiste que não me esqueceu e quer voltar. Anda preocupadissimo comigo desde o meu internamento. Eu sinceramente, depois de tanto tempo percebo agora que já não o amo. Ainda que tenha tido recaídas durante esse tempo. De momento estou curada.
            A minha mãe com o facto de perder o emprego, endoideceu e desapareceu. Até agora nada sei do seu paradeiro.  E assim vão passando os meus dias. Não era este o futuro que sempre sonhei.
            Quando cheguei a casa a minha avó estava sentada na sala me esperando. E pela sua cara com certeza, vinha aí uma tarde em cheio.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 5


- Nina estás bem? Acorda.
Acordei ao som de uma voz aflita. Mas que me era desconhecida. Pensava. À medida que ia recuperando a consciência, fui dando-me conta do aparato e só queria era que o chão se abrisse e me engolisse.
            A voz persistia e agora podia jurar que era a voz do meu patrão. O que fazia ele ali? Por que razão estava tanto silêncio? Tenho de enfrentar a situação. Abri os olhos e fiquei hipnotizada de imediato com o olhar penetrante que me observava.
- Estás melhor? – Perguntou-me Gustavo.
- Melhor? Que vergonha. Por favor não comente o sucedido com o meu avaliador de estágio. Eu não posso chumbar. Peço imensas desculpas. Não vai repetir-se. – Respondi-lhe levantando-me rapidamente para voltar ao trabalho.
- Espera. Queria fazer-te algumas perguntas.
Oh não. Se o que aconteceu aqui chegar aos ouvidos dos meus avós, estou arruinada. O que faço agora? Ele é conhecido deles. Não posso espalhar a minha situação, tão pouco contar-lhe seja lá o que for.
- Mas eu tenho trabalho. O meu desmaio deve ter provocado uma enorme confusão. Ainda por cima o restaurante está cheio. Este ano a vida corre-me lindamente. Desculpe.
- Não importa o restaurante. Eu tenho empregados que cheguem para resolver os problemas e a confusão de que falas. Já deu para perceber que queres fugir de mim e das minhas perguntas. Senta-te.
- Fugir? – Disse virando-me de frente para ele.
- Há quanto tempo tens estado mal?
- Mal? Do que está a falar?
- Sabes. Deste que entraste que tenho mantido-te debaixo de olho. E reparei que nunca sais do teu posto e quase nunca te vejo comer. Acho mesmo que nunca vi, desde que estás a estagiar aqui. Como também posso notar pelo teu olhar que estás a esconder alguma coisa.
- Desculpe Sr. Gustavo. Mas eu estou aqui para acabar o meu curso, não para falar de mim.
Observou-se muito sério. Levantou-se, contornou a secretária e por detrás das minhas costas pegou na minha papelada e disse:
- Podes sair. Mas não vais trabalhar mais. Vai para casa. O teu contrato acabou hoje.
- Desculpe? Não pode fazer-me isso. Eu preciso terminar o estágio para passar de ano na Faculdade. Por favor. Eu faço mais horas. Mas não me faça isto. É só mais dois dias.
- Vai para casa rapariga. Serás que não vês que não tens condições para trabalhar mais aqui? Achas que já não reparei na tua palidez? Ou nos teus mal-estares? Da tua fraqueza?







terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sugestão para Janeiro


Bolo de caramelo dos Açores


Ingredientes:

Açúcar branco – 100g
Leite de vaca UHT meio gordo – 200g
Manteiga com sal – 100g
Gema de ovo – 60g
Clara de ovo – 90g
Açúcar branco – 100g
Farinha de trigo 55 – 140g
Fermento em pó – 15g
Açúcar branco – 100g
Manteiga com sal – 75g
Amêndoa laminada – 60g
Leite de vaca UHT meio gordo – 40g


Preparação / Confecção
Massa:
Ø  Fazer caramelo com os 100 g de açúcar, num tacho alto, até alourar.
Ø  Diluir o leite quente no caramelo.
Ø  Levar ao lume para derreter o caramelo todo.
Ø  Trabalhar 100 g manteiga com os outros 100 g de açúcar, até relevo.
Ø  Ligar as gemas uma a uma e o caramelo pouco a pouco.
Ø  Envolver a farinha com o fermento, alternando com as claras, em castelo.
Ø  Cozer em forma untada a 180º C, cerca de 20 a 25 minutos.
Creme:
Ø  Fazer um caramelo.
Ø  Quando estiver louro, diluir com a manteiga.
Ø  Adicionar a amêndoa e o leite.
Ø  Cobrir o bolo com o creme.



I still remember how I feel


O tempo passa e com ele horas, dias e anos de recordações. Dentro delas existem duas secções – as que nos marcam pela positiva e as que nos marcaram pela negativa e por sua vez dentro destas, existem mais duas sub-secções – as boas que vamos esquecendo gradualmente até não passar de um sonho e as más, que por muito tempo que passe jamais se deterioram.
            Recordo-me, então para infelicidade minha, os dias a fio que achando que não, fui bastante feliz, com aqueles que verdadeiramente amava. Porém posso dizer que são mais as más recordações que me assombram e persistem que as boas. Por vezes dou por mim a especular se não foram apenas sonhos. Apenas as ruins teimam em ficar como úlceras dilacerantes que esquartejam-me a alma e os sonhos de tão inverossímeis que parecem ser actualmente. Hoje acompanhada pelo meu fiel amigo Philipe, o meu cão, vejo nos seus olhos todos os cães que já perdi e a certeza de que ele é a junção de todos para poder me redimir dos erros que cometi. Para onde quer que vá ele vem comigo. Sempre que preciso ele está lá. Não são necessárias palavras para que me possa entender e me reconfortar. Nunca me pede nada em troca e nunca me julga. Acredita em mim cegamente e cegamente me defenderá se esse for o caso. Mas não disso que se trata. Nem é disto que vos queria falar. Até tê-lo, perdi muitos seres, chorei copiosamente por eles. E mortiferamente tentei apagar esta dor. Infligindo uma superior ou então tentando acabar comigo logo de uma só vez. Porém sempre surgiu um anjinho de quatro patas me impedindo de cometer suicídio e solicitando o meu amor e carinho. Mas a vida fora má para comigo e perdi-os. Talvez por culpa minha na maioria dos casos e por falta de consciencialização. Muitas vezes também por falta de posses. Hoje no meu coração carrego incontáveis remorsos e saudades estranguladoras.
Acho que agora posso entender o que muitos animais sentem quando os donos os largam e nunca mais voltam, ou quando simplesmente os desprezam e maltratam. Aquele olhar muitas vezes por detrás de um vidro. Aquela esperança imortal de que tudo vai voltar ao normal. Agora sinto o que sentem quando tenho de ir embora, quando os vejo pela janela ou quando saio uma porta. Eles estão lá olhando e esperando que retorne. E se nunca mais voltar, eles continuaram lá. Vivos ou mortos. Mas continuaram lá. E também sei que quando estiveram em apuros chamaram por nós e vai acontecer não estares lá para os salvares.
Hoje posso dizer que não tenho vontade de ver ninguém ao meu redor. Fechei todas as portas de comunicação para comigo. Há que dizer não a quem nos engana e manobra todos os dias. Por isso escolho ficar aqui só, mas não tão só, porque tenho a eles, os meus anjos caídos. Fecharam as asas porque ainda não chegou a hora de voar.  A missão deles para connosco não é nenhum jogo de diversões. E enquanto a humanidade não vir isso, nunca saberemos o que é amar o próximo e fazer o bem sem olhar a quem.



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sou-te


Quantas e quantas vezes prometemos algo que nunca chega até ao fim? Quantas palavras dizemos durante a vida guardando segredos e mentiras intemporais? 
Tu aí que estás a ler este texto neste preciso momento, em quantas ocasiões diferentes repetiste as mesmas palavras e construções frásicas a pessoas completamente diferentes?
Fazes ideia do que as tuas palavras integralizadas provocaram nas diferentes épocas?
És capaz de avaliar o teu próprio ser relembrando o que acabaste de escrever? Ou o que escreveste há desconhecidos anos? Será que tu e essas existências literárias são dois em um, só?
Ainda te lembras de quem és? Quem foste ontem? Quem eras hoje? E quem serás amanhã?
Estás a escrever? Posso ver? Algum segredo verborrágico? O teu conto de fadas?
Apenas palavras. Bonita caligrafia. Alívio da alma.
 Conheces-me? Poderias dizer-me quem sou?
Oh não. As letras estão ganhando outra cor. Estão revoltadas, dizem-me atrocidades sem qualquer dor. Faz muito tempo que as enclausurei em algum recanto do meu agror.
Eh! Não me deixes aqui assim ajuda-me. Elas também te querem falar. Perguntam-me se ainda recordas a última vez que expressaste o teu amor a alguém? Se hoje dizes-te a quem amas o quanto a adoras. Na rua falaste a quem passa independentemente  se te responderão ou não? És capaz de imaginar o quanto a tua atitude pode mudar o dia de uma pessoa que nem sequer conheces?
Queres um conselho? Não, acho que não. Lanço-te um desafio passa a deixar uma mensagem em lugares aleatórios. Envia mensagens significatórias. Lembra-te as palavras não gostam de ficar expostas só por assim ser numa ardósia.



Molinete


Eu tentei matar a dor,
E tal acto só me trouxe ainda mais dor.
Já não consigo dormir,
Mas não posso desistir,
pois orgulho-me das minhas cicatrizes,
que me queimam profundamente num fogo contínuo e selvagem.
Não posso continuar vivendo num conto de fadas concebível.
Não posso continuar escondendo um sentimento que está certo.
(Quero morrer)
Já não consigo dormir,
Mas não posso desistir,
Eu tentei matar a dor,
Sem mais medo, pois está chegando a hora…
Tão irreal, mas até que gosto de qualquer forma.
(Deixem-me morrer)
Estou perdida?
Estou perdida demais para ser salva?
Perdida há tanto tempo…
Ainda te lembras de mim?
Vais ficar do outro lado ou vais esquecer-me?
Eu estou morrendo, orando, sangrando e gritando,
Não posso continuar escondendo um sentimento que está certo.
Hipnotizaste o meu pobre coração,
Fazes sentir-me tão livre
Livre, rompendo… mundos e fundos…
(Tenho de morrer)
Sei que estive desperdiçando muito tempo, tempo devido de outro, alguém, que não eu.
Estou perdida?
Estou perdida demais para ser salva?
– Perdida há tanto tempo…
Ainda te lembras de mim?
Oh, pequena,
O amor irá voltar,
Eu. Estou lhe, dizendo…
Pela primeira vez,
O amor irá voltar
E vais saborear
Agora estás atravessando a fronteira,
Não vês um amanhã,
Mas sei que não estás com medo,
Tentaste matar a dor,
Não vais desistir,
Pois orgulhaste das minhas cicatrizes,
Que te queimam profundamente a alma.
Estás fazendo o que deverias
Apenas estás mergulhada na tristeza
Perseguindo o amanhã.
(Preciso morrer)
Oh, pequena,
O amor irá voltar,
Eu estou lhe dizendo…
Pela primeira vez,
O amor irá voltar
E tu vais poder o saborear
“ Livre, rompendo… mundos e fundos…”