quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 5


- Nina estás bem? Acorda.
Acordei ao som de uma voz aflita. Mas que me era desconhecida. Pensava. À medida que ia recuperando a consciência, fui dando-me conta do aparato e só queria era que o chão se abrisse e me engolisse.
            A voz persistia e agora podia jurar que era a voz do meu patrão. O que fazia ele ali? Por que razão estava tanto silêncio? Tenho de enfrentar a situação. Abri os olhos e fiquei hipnotizada de imediato com o olhar penetrante que me observava.
- Estás melhor? – Perguntou-me Gustavo.
- Melhor? Que vergonha. Por favor não comente o sucedido com o meu avaliador de estágio. Eu não posso chumbar. Peço imensas desculpas. Não vai repetir-se. – Respondi-lhe levantando-me rapidamente para voltar ao trabalho.
- Espera. Queria fazer-te algumas perguntas.
Oh não. Se o que aconteceu aqui chegar aos ouvidos dos meus avós, estou arruinada. O que faço agora? Ele é conhecido deles. Não posso espalhar a minha situação, tão pouco contar-lhe seja lá o que for.
- Mas eu tenho trabalho. O meu desmaio deve ter provocado uma enorme confusão. Ainda por cima o restaurante está cheio. Este ano a vida corre-me lindamente. Desculpe.
- Não importa o restaurante. Eu tenho empregados que cheguem para resolver os problemas e a confusão de que falas. Já deu para perceber que queres fugir de mim e das minhas perguntas. Senta-te.
- Fugir? – Disse virando-me de frente para ele.
- Há quanto tempo tens estado mal?
- Mal? Do que está a falar?
- Sabes. Deste que entraste que tenho mantido-te debaixo de olho. E reparei que nunca sais do teu posto e quase nunca te vejo comer. Acho mesmo que nunca vi, desde que estás a estagiar aqui. Como também posso notar pelo teu olhar que estás a esconder alguma coisa.
- Desculpe Sr. Gustavo. Mas eu estou aqui para acabar o meu curso, não para falar de mim.
Observou-se muito sério. Levantou-se, contornou a secretária e por detrás das minhas costas pegou na minha papelada e disse:
- Podes sair. Mas não vais trabalhar mais. Vai para casa. O teu contrato acabou hoje.
- Desculpe? Não pode fazer-me isso. Eu preciso terminar o estágio para passar de ano na Faculdade. Por favor. Eu faço mais horas. Mas não me faça isto. É só mais dois dias.
- Vai para casa rapariga. Serás que não vês que não tens condições para trabalhar mais aqui? Achas que já não reparei na tua palidez? Ou nos teus mal-estares? Da tua fraqueza?







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