Acreditando ou não
ainda me recordo de ti. Das tuas parvoíces rotineiras e dos desaforos
sagazes. Aconteceu tudo tão depressa. A vida mudou tantas coisas. Eu e tu
passámos a espelhar outros estilos, menos compatíveis. Não importa. Na verdade
nada importa mais, não é mesmo? Por que razão falar do passado, se jamais irá
voltar? Feridas antigas nunca irão sarar. Temores passados e medos contínuos
irão sempre lá estar para nos atormentar. Nunca, mas mesmo nunca se conseguirá
construir seja o que for sobre estruturas ocas e impérvias. Acho que nenhum de
nós se conhecia realmente. Duas crianças advertidas, querendo mudar o
mundo. Marcar a diferença. E então agora? Cada um para seu lado. Cada um com a
sua dor. Lágrimas rolam pelo pavimento. Tudo muda, mas é sempre o mesmo. Ali,
aqui, acolá ou depois, não há nada a fazer para ultrapassar as
nossas burrices.
Sabes hoje vivi mais um dia de vida contigo no pensamento, estou
pagando a minha quota parte do preço pecado. Mas prometo que encontrarei um
caminho, mas também sei que me farão mal de novo.
Sim, é isso. Com as minhas calamidades diárias, serei quem não sou mais.
Bon
voyage
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