segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sou-te


Quantas e quantas vezes prometemos algo que nunca chega até ao fim? Quantas palavras dizemos durante a vida guardando segredos e mentiras intemporais? 
Tu aí que estás a ler este texto neste preciso momento, em quantas ocasiões diferentes repetiste as mesmas palavras e construções frásicas a pessoas completamente diferentes?
Fazes ideia do que as tuas palavras integralizadas provocaram nas diferentes épocas?
És capaz de avaliar o teu próprio ser relembrando o que acabaste de escrever? Ou o que escreveste há desconhecidos anos? Será que tu e essas existências literárias são dois em um, só?
Ainda te lembras de quem és? Quem foste ontem? Quem eras hoje? E quem serás amanhã?
Estás a escrever? Posso ver? Algum segredo verborrágico? O teu conto de fadas?
Apenas palavras. Bonita caligrafia. Alívio da alma.
 Conheces-me? Poderias dizer-me quem sou?
Oh não. As letras estão ganhando outra cor. Estão revoltadas, dizem-me atrocidades sem qualquer dor. Faz muito tempo que as enclausurei em algum recanto do meu agror.
Eh! Não me deixes aqui assim ajuda-me. Elas também te querem falar. Perguntam-me se ainda recordas a última vez que expressaste o teu amor a alguém? Se hoje dizes-te a quem amas o quanto a adoras. Na rua falaste a quem passa independentemente  se te responderão ou não? És capaz de imaginar o quanto a tua atitude pode mudar o dia de uma pessoa que nem sequer conheces?
Queres um conselho? Não, acho que não. Lanço-te um desafio passa a deixar uma mensagem em lugares aleatórios. Envia mensagens significatórias. Lembra-te as palavras não gostam de ficar expostas só por assim ser numa ardósia.


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