segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Molinete


Eu tentei matar a dor,
E tal acto só me trouxe ainda mais dor.
Já não consigo dormir,
Mas não posso desistir,
pois orgulho-me das minhas cicatrizes,
que me queimam profundamente num fogo contínuo e selvagem.
Não posso continuar vivendo num conto de fadas concebível.
Não posso continuar escondendo um sentimento que está certo.
(Quero morrer)
Já não consigo dormir,
Mas não posso desistir,
Eu tentei matar a dor,
Sem mais medo, pois está chegando a hora…
Tão irreal, mas até que gosto de qualquer forma.
(Deixem-me morrer)
Estou perdida?
Estou perdida demais para ser salva?
Perdida há tanto tempo…
Ainda te lembras de mim?
Vais ficar do outro lado ou vais esquecer-me?
Eu estou morrendo, orando, sangrando e gritando,
Não posso continuar escondendo um sentimento que está certo.
Hipnotizaste o meu pobre coração,
Fazes sentir-me tão livre
Livre, rompendo… mundos e fundos…
(Tenho de morrer)
Sei que estive desperdiçando muito tempo, tempo devido de outro, alguém, que não eu.
Estou perdida?
Estou perdida demais para ser salva?
– Perdida há tanto tempo…
Ainda te lembras de mim?
Oh, pequena,
O amor irá voltar,
Eu. Estou lhe, dizendo…
Pela primeira vez,
O amor irá voltar
E vais saborear
Agora estás atravessando a fronteira,
Não vês um amanhã,
Mas sei que não estás com medo,
Tentaste matar a dor,
Não vais desistir,
Pois orgulhaste das minhas cicatrizes,
Que te queimam profundamente a alma.
Estás fazendo o que deverias
Apenas estás mergulhada na tristeza
Perseguindo o amanhã.
(Preciso morrer)
Oh, pequena,
O amor irá voltar,
Eu estou lhe dizendo…
Pela primeira vez,
O amor irá voltar
E tu vais poder o saborear
“ Livre, rompendo… mundos e fundos…”

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