sábado, 16 de fevereiro de 2013

Demolição às lembranças felizes


Olhando fotos antigas,
Encobertas pelo flagelo.
Perguntando se aquela,
 Que nelas aparecem,
Sou eu!
Um dia eu diria que sim,
Mas hoje exprimo que não!
Olhando-me agora ao espelho,
Vejo que o que vivi,
Foi um engano!
Onde eu não passei de uma mentira,
Para ocultar o que me viria cair
No envio do remetente.
Sabendo que o que viveria,
Seria por não morrer,
Sem retaliação.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Whistling my name... Capitulo 2


Quem diria que após três longos anos de licenciatura em Gestão Administrativa. Acabaria como uma concetptuada pasteleira de renome. Mas na minha vida nunca nada bateu certo mesmo.
Tenho saudades do tempo que era adolescente, a vida parecia-me bastante mais fácil. E muito mais recheada que no momento.
À parte disso tudo, um colega meu antigo de faculdade por quem sempre tive uma paixoneta, recentemente fez-me um convite pouco usual. Pediu-me que o acompanha-se ao casamento da sua ex-namorada. Faria-me passar pela sua namorada. Logo eu, que quase ou nada, lidava com ele naquele tempo. O que o levou a escolher-me para tal coisa com tão fraca confiança? Se a minha avó ainda aqui estivesse com certeza que desconfiaria tal como eu. Bem como me diria o que fazer. Assim encontro-me em um paradigma. Curiosa por saber a razão e vestir esse papel, mas por outro lado sinto que se o fizer perderei a minha personalidade, o meu carácter.
Tenho até amanhã para lhe dar uma resposta. O que farei eu afinal? Nunca tive ousadia de lhe falar, quantas vezes passou  por mim e nem um olá. Como posso agora passar-me por sua namorada? Não sou capaz! Isto é tudo tão irrisório.
De repente sinto um arrepio subir-me pela espinha, seguido de uma aragem amena e familiar que passa por mim, sussurrando-me aos ouvidos:
         “ És tu. Só tu. O tempo todo... ”


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Whistling my name


Vagueando por este vale bucólico, sereno e imperturbável, cada passo dado é como uma guilhotina dilacerando as memórias malignas que me têm assolando.
A Primavera chegou com todo o seu esplendor. Posso senti-la. Todo o meu corpo e alma sentem-se leve e desoprimidos.
As cearas dançam ao som do vento felizes e indiferentes à maldade do mundo. Por entre os espaços da natureza o sopro da vida assobia o meu nome.
Balanço ao som da sua doce melodia. Recordo-me que quando era pequenininha. Risadas e sonhos inocentes. Tudo gira à minha volta, tantos rostos e fantasias. Como era inexperiente e infantil. Mas feliz.
Fecho os olhos para puder alcançar os que já perdi. A aragem que me cinge aquece-me todo o coração. Lágrimas escorrem-me pela face e não há como impedi-las. Encaro de frente os factos e a realidade esmurra-me o estômago com tamanha brutalidade. É a verdade... simples e nua. Dobro-me sobre mim mesma. Então agora de joelhos observo o horizonte, o sol já se está pondo e sorri para mim.
Preciso de alguém que não vá desistir de mim. É mais difícil do que alguma vez imaginei o destino escolhido para mim.
Seja lá quem fores não me deixes só assim. Não me vires as costas, porque és apenas tu. Um dia apaixonar-te-ás e logo saberás...

domingo, 10 de fevereiro de 2013


A morte viva da doçura…


Na Vida há Morte,
Na Morte não se sabe se há vida.
Pois ninguém morre vivo,
Para poder contar onde foi a sua ida.

A vida é um jogo.
Depois, deste jogo terminar,
Ninguém sabe se outro vai começar,
Se há vida para além da morte,
Eis, uma boa questão!
Para a qual ainda ninguém arranjou solução,
Se no futuro viverão.
Cada vida termina sempre numa extinção,
Pois ninguém é assim tão forte,
Para ter tal sorte,
De viver, sem nunca ter o fatal corte
Gozem a vida hoje, agora e sempre.
Que a vida só há uma
Não dura eternamente.
Como pensa muita gente.
Negros os dias,
Claras as noites,
Fúnebres as fantasias,
Encantadas com as mortes.
O brilho do afável,
O amor da plangência,
A alegria do tormento,
No calor da frieza.
Tudo tem um fim,
Disso podes ter a certeza.
Sinto-o como se tivesse dentro de mim,
Enfim, como diz o povo
A vida contínua,
Mas para mim que sou nova
A incompreensão perdura.