Quem diria que após três longos anos de
licenciatura em Gestão Administrativa. Acabaria como uma concetptuada
pasteleira de renome. Mas na minha vida nunca nada bateu certo mesmo.
Tenho saudades
do tempo que era adolescente, a vida parecia-me bastante mais fácil. E muito
mais recheada que no momento.
À parte disso
tudo, um colega meu antigo de faculdade por quem sempre tive uma paixoneta, recentemente fez-me um convite pouco usual. Pediu-me que o acompanha-se ao
casamento da sua ex-namorada. Faria-me passar pela sua namorada. Logo eu, que
quase ou nada, lidava com ele naquele tempo. O que o levou a escolher-me para
tal coisa com tão fraca confiança? Se a minha avó ainda aqui estivesse com
certeza que desconfiaria tal como eu. Bem como me diria o que fazer. Assim
encontro-me em um paradigma. Curiosa por saber a razão e vestir esse papel, mas
por outro lado sinto que se o fizer perderei a minha personalidade, o meu
carácter.
Tenho até
amanhã para lhe dar uma resposta. O que farei eu afinal? Nunca tive ousadia de
lhe falar, quantas vezes passou por mim
e nem um olá. Como posso agora passar-me por sua namorada? Não sou capaz! Isto
é tudo tão irrisório.
De repente
sinto um arrepio subir-me pela espinha, seguido de uma aragem amena e familiar
que passa por mim, sussurrando-me aos ouvidos:
“ És tu. Só tu. O tempo todo...
”
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