Na Vida há Morte,
Na Morte não se sabe se há vida.
Pois ninguém morre vivo,
Para poder contar onde foi a sua ida.
A vida é um jogo.
Depois, deste jogo terminar,
Ninguém sabe se outro vai começar,
Depois, deste jogo terminar,
Ninguém sabe se outro vai começar,
Se há vida para além da morte,
Eis, uma boa questão!
Para a qual ainda ninguém arranjou solução,
Se no futuro viverão.
Eis, uma boa questão!
Para a qual ainda ninguém arranjou solução,
Se no futuro viverão.
Cada vida termina sempre numa extinção,
Pois ninguém é assim tão forte,
Para ter tal sorte,
De viver, sem nunca ter o fatal corte
Pois ninguém é assim tão forte,
Para ter tal sorte,
De viver, sem nunca ter o fatal corte
Gozem a vida hoje,
agora e sempre.
Que a vida só há uma
Não dura eternamente.
Como pensa muita gente.
Que a vida só há uma
Não dura eternamente.
Como pensa muita gente.
Negros os dias,
Claras as noites,
Fúnebres as fantasias,
Encantadas com as mortes.
O brilho do afável,
O amor da plangência,
A alegria do tormento,
No calor da frieza.
Tudo tem um fim,
Claras as noites,
Fúnebres as fantasias,
Encantadas com as mortes.
O brilho do afável,
O amor da plangência,
A alegria do tormento,
No calor da frieza.
Tudo tem um fim,
Disso podes ter a certeza.
Sinto-o como se tivesse dentro de mim,
Enfim, como diz o povo
A vida contínua,
Mas para mim que sou nova
A incompreensão perdura.
Sinto-o como se tivesse dentro de mim,
Enfim, como diz o povo
A vida contínua,
Mas para mim que sou nova
A incompreensão perdura.
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