sábado, 12 de janeiro de 2013

Citação


A terra não suporta mais a gélida água das negras nuvens que evoquei para saciar a minha sede.
Aonde quer que vá, lá estão elas! Predominam como a morte, que absorve a vida. Sento o corpo adormecido do frio,
censurando a carne e os ossos até a alma.
" Que pare a chuva!
De nada, de nada adianta para eles. Só é mais um instante nas trevas.
Jardim dos meus encantos, vos convido a um dia destes em minha companhia passear por lá.
                                                               
                                                                    Não sei mais o que fazer...
                                                                    ... oh... morte...                                                                     Ardor que se sente cá dentro,
                                                                    A triste harmónica absorta,
                                                                    de que o amor é morte,
                                                                    A mórbida melancolia,
                                                                    Que nos suga o tempo,
                                                                    Toda a razão e força
                                                                    Amor é amar sem pensar, Sorrir sozinho à noite,
Olhando faces ausentes,
Que aparecem no futuro.
Amor é amor,
Dor, prazer, esplendor
Oferecer a alma... o coração
Sem qualquer interesse... ou razão.
E oiço-o o vento soprar como uma lâmina de tridente,
Escuta-se coros de devotos, do nada a implorar:
Que o dia seja claro!
Que o sol seja forte!"
    Sem mais....estou....sozinha....
Faz-me de uma vez desaparecer…
Afecto é bem-estar e dor,
Observar e deixar o olhar,
Fugir para o luar,
Mas nos dias de hoje, já não!
Não sei viver assim…Não consigo suportar esta dor... tenho o peito rasgado de tristeza, mágoa e dor... Acho que nunca mais vai ter cura este meu “Amor”... As minhas asas perderam a força... Vivo agora, nas verdadeiras Trevas...
Com o elixir da alegria e do Amor tão perto que até lhe sinto o aroma no ar... Deixei de ser Anjo assim... a mágoa está-me matando... Não tenho mais vontade de voar... entrego-me àterra e ao pó...
Pois perdi a Guerra de esplendor, do carinho e do Amor, que será sempre eterno em mim...
Nem forças, tenho para continuar a derramar as minhas lágrimas... deixo-me transformar-me assim num anjo caído.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... capitulo 4


Segunda-feira. Primeiro dia de estágio. Estava excessivamente nervosa. Era a primeira vez que iria trabalhar a sério. Até então nunca tivera um patrão a 100% que mandasse em mim e me “espezinha-se” se cometesse erros. Acho que já deu para entender. Quando cheguei o restaurante estava em plena sinfonia celestial. Achei estranho ninguém estar na pastelaria ou cozinha.
- Bom dia. Sou a Nina. Vinha para o estágio em Pastelaria.
- Sim. Eu sei. O que te está a intrigar? Não veres aqui ninguém? Não te preocupes não tarda nada já estão aí. Pedi para vires mais cedo para te orientar sobre o que esperamos de ti. Assim não haverá confusão.
            Aquele homem intrigou-me logo à primeira. Além de que me intimidava bastante. Era alto e moreno. De voz grossa e cativantes olhos esverdeados. Emanava virilidade e um enorme respeito. E o seu sorriso era tão viciante. Mas em quê estava pensando? O homem devia ser comprometido e bem mais velho que eu. Na minha vida não há espaço para estes devaneios.
            Era certo que estava a gostar da experiência, mas o facto dele ser meu patrão e aparecer de vez em quando, para avaliar o trabalho, alegrava um pouco a minha paupérrima vida. Contudo na última semana começara a sofrer os sintomas reflexos da minha condição. Cansaço, fraqueza, pálidez, naúseas, falta de apetite. Certo dia, mais precisamente nos últimos 2 dias do estágio o inevitável aconteceu. Em pleno funcionamento do restaurante senti um horrivel mal-estar e de seguida tudo escureceu.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 3


Outro dia. E o ciclo repete-se. Para piorar ainda mais a situação um elemento da minha família fora despedido. Na faculdade nem quero falar ou pensar. Quanto ao estágio? Esperemos que aguente até lá. Só para não morrer sem experienciar a sensação que dá. Trabalhar num sítio que nos faz sentir bem connosco próprios.
            Mas hoje é um dia em que se pudesse me suicidaria. Levanto-me e absorvo todo este silencio que a casa emana. Parece que está morrendo a cada dia, um pouco mais, tal como eu. Dirijo-me para a casa-de-banho, e preparo o meu banho. É frio. Gélido como o meu espírito  Já faz semanas que cortaram o gás e electricidade. A água é o único bem essencial que restou.
E o fim de alguém começa assim... Não importa o quanto tempo leve, o tempo é uma coisa valiosa e que não perdoa. No nosso rodopio diário e monótono  Observamos a contagem regressiva para final de mais um dia, todos os dias. E para mim, hoje penso que os relógios só servem mesmo para nos sugar a vida e jogar fora. Parece que tudo ainda é tão irreal... Aquando sonhamos infindáveis percepções através de uma janela. E nela vemos espelhado na mesma, o tempo indo directamente pela janela fora. Tentei aguentar e guardar tudo para dentro e mesmo tentado. Tudo desmoronou, como se apenas uma memória perdida no tempo se tratasse. Tentei de tudo, cheguei tão longe. Mas no fim, isso não importa mesmo. Quando temos de cair e perder tudo. Nada é mais como d’antes, e nem tu me reconhecerás mais. No fim, nada realmente importa não é mesmo?

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Que erro cometi?


Quando o espinho distinto ficar lúgubre,
Será quando chego a casa…
Estou concedendo a ver o que semearei,
Pois já não sei aonde vou,
E não sei o que posso esperar,
Mas vou tentar que a minha força de determinação,
Não desista comigo!
Assim como o sol matinal,
Espero ter olhos a me abraçar,
Como me vês vaguear…
Maldição dos domínios que é:
- Provocar a todos reembolsar amargura…
Mas há-de passar,
As minhas intenções constantemente são escassas,
Desmedidas excedentes no fim…,
Distantes, nula súplica, ninguém ao meu redor,
E, eu ainda estou lá,
Longínqua, no meu passando distinguir,
Não me desarranjo com o tempo porque ainda estou lá,
No pleno lume da existência escuto a submersão,
E em silêncio através do ouvir me convocar,
Eu não sei onde estou,
Juntamente recuso poder fiar,
Em quem tem me preservado.
Se chegar a casa,
Será como nunca ter de lá saído.
Tento tomar um sopro e me controlar,
Só mais um passo
Até alcançar a “porta”
Nunca experimentarás este instante
Que me faz em pedaços por dentro…
Eu queria poder dizer alguma coisa
para que tudo isto fosse embora.
Às vezes…,
Eu queria poder me libertar,
Tenho tantas coisas,
Que quero que saibas,
E eu não posso desistir até findar!
Se isso durar “sempre”
Quero que saibas:
- Quando ouço a tua voz submergindo em sussurros,
E não importa o que faça,
Eu não consigo me sentir melhor…
Se ao menos,
Pudesse encontrar a saída dócil
Para me ajudar a cuidar…
Às vezes
Eu queria que soubesses que mesmo amargando,
Se caísses ou tropeçares,
Te levantarei do chão,
Diz-me que não vais desistir,
Por que estou confiando….
Se cair, estarás lá?
Mas se derrocares,
Eu estarei lá por ti.
Se ao menos,
Eu pudesse achar uma saída fácil,
Algumas vezes…

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Não há nada a impedir, e tu sabes…

Fechei-me para o amor,
Eu não necessito sentir mais dor…
Uma ou duas vezes já foram bastante…
Mesmo assim foram em vão…
O tempo começou a passar,
Antes de enxergar que o meu mundo estava solidificando
Mas algo aconteceu…
Na primeira vez que eu estive contigo,
O meu coração se descongelou pelo chão.
Encontrando algo real,
Enquanto todos me indagavam…
E considerei que eu estava perdurando imoderada
Ele não liga ao que dizem,
E está indestrutível enamorado por mim…
Consistem intentando me reter ausente,
Mas eles não sabem da verdade.
O meu coração esta enclausurado por uma veia
Que eu retenho encerrada,
E vens para ma extinguir e eu…
Continuo sangrando,
Continuo sangrando de amor
Eu tento inalteravelmente não ouvi-los
Mas murmuram tão alto…
Que as vozes estão cessando nos meus ouvidos.
Estão me conturbando,
E eu sei, que o motivo é me derrubar!
Mais nada é maior, agora,
Do que essa urgência em te abraçar,
Neste mundo de solidão,
Ainda vejo o teu rosto,
Completo cosmos que me observa e considera
Que eu estou ensandecendo,
Talvez, talvez…
É tudo “escoamento” meu…
Mas consideram satírico em compreender…
Então, decidi trajar as minhas cicatrizes,
Para que todos vejam,
Que o meu amor ainda não se foi.
Ele partiu há algum tempo, numa aurora esconjurada,
Enquanto dormia, senti-o a ir,
Não invertera mais…
Não espionarei airoso oceano, logo que nenhum baixel na nativa o trará novamente,
Eu sei que será meu extremo choro.
Sem a harmonia sua, imaginação cadavérica,
A entoação dos rebordos seus morreu,
Canto sozinha inanimada entre lívidos de feitiçaria,
Enquanto avisto, o oceano…
Tenho-te, tu no alicerce do insociável coração…
Tão fundo no querido denodo, prodigalizada porção nunca a mim outorgar.
Eu expresso a mim, mesma que esse caso nada abalará tanta autoridade.
Mas porque eu deveria tentar resistir ser benquista, se sei excessivamente bem?
Sacrificaria qualquer coisa que fosse…
Apesar da voz de aviso que vem na noite
Que repete e repete no meu entendido:
“Não sabes que és uma tonta, nunca poderás ganhar,
Usa a cabeça, acorda para a realidade”.
Hoje à noite na minha solidão encarne,
Se é divagado amar-te?
Nesse caso o meu coração não vai-me desproteger cumprindo o correcto.
Porque não consigo deixar de
Viver na rememoração de mim pelo teu amor…
Afigurando que resido olhando teus gázeos…
Eu posso te ver claramente agora,
Vividamente aceso em minha mente.
Como estrela distante,
A quem eu componho um desejo esta noite.
Eu não falo a sério quando,
Digo que não te amo,
Eu, estou porfiado.
Não devo deixar-te ir,
Eu não, serei burra…
Fui uma incongruente, endrominando-me a mim mesma.
Nunca pensar que um dia,
Ficaria sem amor…
Nunca imaginei que ficaria sozinha,
Achava que amargara tudo,
Nunca sentiria o que sinto agora…
Não deferindo súplica celeste,
O calor saboroso dum beijo recluso dissolvido…
Pois não tenho escolha,
O que eu não daria
Para, bem aqui, quando,
Perdi uma parte de mim…
É tão difícil
De acreditar?
Quem caminha para mim auxiliar,
Quando estiver mal?
Quem vai conversar comigo
Até o sol nascer?
Quem vai continuar entre lugar?
Não há ninguém…
Não consigo dormir, está na minha cabeça
"se achas que estás sozinha agora".
Aguarda-se um pouco,
Isto é perspicaz demais
Preciso mudar de estação,
Granjeio algo mais prazenteiro,
Tentando me controlar,
Mas estou arrasada…
Estou descontrolada…
Chorando…
Tentando descobrir, o que está errado.
A dor se reflecte, mas não é nem a metade,
Do que estou sentindo…
Todas as noites nos meus sonhos,
Isso é como eu sei que você continua,
Longínquos permeando a distância,
Um espaços entre nós…
Mostrar que continua (existindo),
Perto, longe, aonde residir,
Acredito que o coração continua…
Mais uma vez se abre a porta,
E o coração insistira e continuara…
Pode tocar-nos uma vez,
E ser a nossa maior descida,
Pode abalroar-nos novamente,
E ser uma partição de família,
O amor pode tocar-nos mais uma vez,
E durar para o resto da vida,
Nunca nos deixar até cessarmos.
Uma hora permanente que eu acondiciono,
Na minha vida nós sempre duraremos…


domingo, 6 de janeiro de 2013

My sweet broken Angel... Capitulo 2


A sério. Custa-me aceitar que acorde todos os dias, quando o meu desejo era não acordar nunca mais. Tudo ao meu redor está desmoronando. Torna-se insuportável ouvir os queixumes e choros da minha família, porque o dinheiro que ganham, do seu honesto trabalho, já não chega. E todos os meses a expectativa que uns têm, é a dor de outros. Que apenas trabalham para sobreviver no limiar da mais extrema necessidade.
            Não pertenço a classe alta, muito menos média ou média/baixa. Pertenço à classe do povo, dos inferiores e esconjurados. Lembro-me de que nunca tive muito, mas o pouco que tinha chegava para viver e ser feliz. Nunca precisei de juntar restos de dias e dias para comer ou comer alimentos já fora de prazo para não passar fome e tentar juntar dinheiro. Que infelizmente nunca sobrava.
            As “portas abertas” que nos iam fiando, pouco a pouco foram “obrigando-nos” a abandona-las. Isto arrastou-se e culminou na desacreditação da nossa palavra de honra. Sucessivamente o plafond de dívidas subiu vertiginosamente a ponto de não dar mesmo para pagar mais. Para nossa sorte nesta infelicidade, a casa fora comprada em tempos de bonança, e mesmo que ficássemos sem nada. A casa ninguém poderia tirar-la.
            Sinceramente, já não acredito mesmo que consiga acabar a licenciatura e vá para o estágio. Nada, mas mesmo nada nesta vida me fará ter mais forças para enfrentar esta maldição. Pois provavelmente nem dure muito tempo para recuperar.