Outro dia. E o ciclo repete-se. Para piorar ainda mais a
situação um elemento da minha família fora despedido. Na faculdade nem quero
falar ou pensar. Quanto ao estágio? Esperemos que aguente até lá. Só para não
morrer sem experienciar a sensação que dá. Trabalhar num sítio que nos faz
sentir bem connosco próprios.
Mas hoje
é um dia em que se pudesse me suicidaria. Levanto-me e absorvo todo este
silencio que a casa emana. Parece que está morrendo a cada dia, um pouco mais,
tal como eu. Dirijo-me para a casa-de-banho, e preparo o meu banho. É frio.
Gélido como o meu espírito Já faz semanas que cortaram o gás e electricidade. A
água é o único bem essencial que restou.
E o fim de alguém começa assim... Não importa o quanto
tempo leve, o tempo é uma coisa valiosa e que não perdoa. No nosso rodopio diário e monótono Observamos a contagem regressiva para final de mais um dia,
todos os dias. E para mim, hoje penso que os relógios só servem mesmo para nos
sugar a vida e jogar fora. Parece que tudo ainda é tão irreal... Aquando sonhamos infindáveis percepções através de uma janela. E nela vemos espelhado
na mesma, o tempo indo directamente pela janela fora. Tentei aguentar e guardar
tudo para dentro e mesmo tentado. Tudo desmoronou, como se apenas uma
memória perdida no tempo se tratasse. Tentei de tudo, cheguei tão longe. Mas no
fim, isso não importa mesmo. Quando temos de cair e perder tudo. Nada é mais
como d’antes, e nem tu me reconhecerás mais. No fim, nada realmente importa não
é mesmo?
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