Segunda-feira. Primeiro dia de estágio.
Estava excessivamente nervosa. Era a primeira vez que iria trabalhar a sério.
Até então nunca tivera um patrão a 100% que mandasse em mim e me “espezinha-se”
se cometesse erros. Acho que já deu para entender. Quando cheguei o restaurante
estava em plena sinfonia celestial. Achei estranho ninguém estar na pastelaria
ou cozinha.
- Bom dia. Sou a Nina. Vinha para o estágio
em Pastelaria.
- Sim. Eu sei. O que te está a intrigar? Não
veres aqui ninguém? Não te preocupes não tarda nada já estão aí. Pedi para
vires mais cedo para te orientar sobre o que esperamos de ti. Assim não haverá
confusão.
Aquele
homem intrigou-me logo à primeira. Além de que me intimidava bastante. Era alto
e moreno. De voz grossa e cativantes olhos esverdeados. Emanava virilidade e um
enorme respeito. E o seu sorriso era tão viciante. Mas em quê estava
pensando? O homem devia ser comprometido e bem mais velho que eu.
Na minha vida não há espaço para estes devaneios.
Era
certo que estava a gostar da experiência, mas o facto dele ser meu patrão e
aparecer de vez em quando, para avaliar o trabalho, alegrava um pouco a
minha paupérrima vida. Contudo na última semana começara a sofrer os
sintomas reflexos da minha condição. Cansaço, fraqueza, pálidez, naúseas, falta de apetite. Certo
dia, mais precisamente nos últimos 2 dias do estágio o inevitável aconteceu. Em
pleno funcionamento do restaurante senti um horrivel mal-estar e de seguida tudo
escureceu.
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