sábado, 22 de dezembro de 2012

O desânimo…


Acordo sonhadora,
Adormeço desmotivadora.
Porque durante o dia,
Vejo a dor das pessoas…
Acordo sonhadora,
Adormeço desmotivadora.
Porque ao adormecer,
As saudades e os desejos retornam.
As magoas dificultosas assombram-nos,
Os sonhos desvanecem no ar,
Como poeira no deserto.
As lágrimas soltam-se,
Como liberdade encarcerada…
E o coração sofre solitário e ferido,
Com uma mágoa indesejada,
A da confiança e amor!
Porque alguém me fez acreditar,
Que amar era bom…
Na realidade é verdade,
Mas tenho de confessar que o amor,
É como um fósforo…
 Vai ardendo até se apagar,
E delir a chama do amor…!



Devaneios quebrados…


Tudo o que sonho e desejo,
Nunca na vida encontrei.
E, quanto mais procuro,
Mais me convenço,
Que nunca, nunca acharei!
Se sentir prazer em ver,
Uma estrela cintilar,
Muda-se o tempo...
E a minha estrela vem tapar!
Se sonho...
Esse sonho me invade,
E tanto me tortura.
Obrigando-me a procurar na vida,
Algo que só me trás amargura!
Nesta vida há algo,
Que não nos, deixa ser feliz.
Tem insondáveis mistérios,
Casos tristes e muito sérios!
Muitos que nos tiram a sorte,
E por vezes condenam-nos a morte!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ce jour…


Quero conhecer o que é o Amour[1]
Imprescindível, encontrar um tempo,
Tempo para pesar nas coisas,
E o melhor é ler nas entrelinhas,
Caso necessite quando envelhecer…
Pois a última vez que te vi,
Eras movido pelo negrume do corisco[2],
”Cessei” absorvida e desassossegada,
Arrastada pelo negror[3] da ênfase[4].
Dispersado num extracto arcaico,
De grau obscuro e báquico[5],
Afastada do distinto flanco…
Vi-te no meio de uma luta obstinada,
E no pude encontrar uma forma para acabar…
Então, exijo ascender a montanha,
Carregando o mundo sobre os ombros,
E através das sombras ver o amor cintilar.
As árvores zumbiram à noite,
Levadas pelo assombramento do vento,
Este que entoa uma canção,
De melancolia e apoquentação…
Tudo o que vi…foi o perfil de uma arma…,
Mas agora aqueces-me,
Enquanto a vida vai perdurando mais fria.
E no podía descubrir una forma “para finalizar”.
Então, aqui fico,
Refiro,
E vejo-te no éden longínquo.
Então, eu continuo,
Eu pronuncio,
e um dia ver-te-ei no paraíso…
Todavia, às quatro da madrugada,
Conduzida pela sombra da noitada,
Eu vi o teu espectro se alinhando:
- ¿Usted vendrá hablar con mí esta noche?[6]
Derrubado entre centena e quinto,
esta noite será de acordos sentidos,
De moldar o obstáculo a ser vigoroso,
Novamente sou levada pela sombra,
Distante noutro lugar…
Na minha vida,
Só tem havido padecimento e dor,
E não sei, se posso afrontar isto de novo,
Porém já não posso parar agora,
Já fui longe demais…,
Para mudar esta minha vida solitária!
Eu só desejo viver o amor,
E quero que me, o mostres!
Eu quero senti-lo,
E sei que me podes mostra-lo.
Já sei…terei de encontrar uma época,
Um tempo para cuidar melhor de mim.
Pero[7], ninguém é capaz de ponderar…
O meu interior,
Eu, sinto-me deveras enamorada,
E usted simplemente no lo creo…!


[1] Amor
[2] Faísca
[3] Escuridão, negrume
[4] Ostentação, afectação
[5] Orgia
[6] Vens falar comigo esta noite?
[7] Mas

Expressões…


Como posso concluir o que é certo,
Quando estás desbotando a minha mente?
Eu não consigo vencer esta batalha perdida,
Como poderia possuir o que é meu?
Quando estão sempre apanhando à frente.
Mas não vão tirar meu orgulho!
Não, não desta vez!
Como cheguei aqui?
Eu pensava conhecer tão bem…

Como cheguei aqui?
Bem, eu acho que sei…

A verdade está escondida nos meus olhos,
E está suspensa na minha língua,
Apenas fervilhando no meu sangue.
Mas acham que não posso enxergar…
Que tipo de gente são?
Se, são homens…,
Bem, vou desvendar isso por conta própria.
Contudo (eu estou gritando " te amo tanto")!
Vêm o que fazem?
Vós estamos fazendo me constante de simplória
Vêm o que fazem?
Eu acho que eu sei…,
Tem alguma coisa que vejo,
Que vai acabar-me aniquilando,
Eu espero que não seja realidade…

Anoitecer


A distância é boa conselheira,
A labareda da fúria abaixa,
E nos permite aproximarmos mais da realidade.
A paixão é uma imensidão de ilusões,
Que serve de analgésico para a alma...
E apaixonar-se,
É abrir-nos para o outro,
Sem nenhuma garantia.
Desfecho:
- Não amamos uma mulher pelo que ela diz,
Apreciamos o que ela diz porque a amamos…
Terminação consorte:
- As quatro fases do amor são:
- Nasce nos braços do desdém,
Cresce sob o amparo da paixão,
Diverte-se em carícias,
E morre-se intoxicado de ciúmes….
Encerro declarando:
- O amor é duro e inflexível como o inferno.


The Key


Estou farta!
Estou doente!
Tenho vozes na minha cabeça, que me ecoam pela mente!
Estou enlouquecendo!
Exijo! Que me deem ordem de soltura!
O céu mantém-se sereno, em tons de prodígio,
E eu quero acreditar,
Que o alcançarei mesmo quando a raiva se apoderar de mim!
Estou esgotada de sorrir perdidamente,
Até o silêncio se recolher imperturbavelmente.
Tenho fome! Estou faminta e sôfrega.
Mas não há mais nada dentro da minha alma para devorar!
Nenhum significado para viver!
E a nebulosidade vai engolindo assim a noite,
Cada estrela, cada sonho.
E depois de tudo,
O que mais poderia ele simplesmente fazer?
Afinal de contas, ele diz que nada fez!
Eu não vou chorar, apenas uma mentira.
Um carpido brota novamente da minha mente,
E eu sei, que os ruídos não são imaginação minha!
Chegam de todas as direcções e gritam aflitos: silêncio!
E agora a louca sou eu?
Não. Louca? Faminta!
Já não sou capaz de amparar a minha própria tristeza,
E não vou aguentar tudo sozinha!
Se virar demónio, garanto que mais ninguém ficará só!
Os sentimentos serão virados de cabeça para baixo,
E o que outrora defendera. Agora aniquilarei!
É hora de aprender a cair,
É a hora de fazer os outros sofrer!
Estou louca? Sim! Agora sim! Podem começar a fugir!
A minha tristeza e dor crónica precisam de se nutrir!
Naufragando… no silêncio… respirando…
Desconhecido algum será capaz, de imaginar quantos corpos eu vi partir,
Quantos olhos vidrados, eu vi esmaecer.
Quantas e quantas vezes! Eu gritei! até ficar sem ar! Até sangrar pela minha inutilidade!
Ninguém pode falar do que nunca vivenciou! Ser um completo vácuo de recetáculo.
O meu coração já se partiu faz anos. Estou congelada e morta. Neste preciso momento eu, já não sou mais eu.
Só verão o que os vossos olhos permitirem. Tão consumidos nas vossas vidas nauseabundas, que nem notam. Um ser partido e disperso.
Eu já devia saber que o sofrimento antes ou depois, de uma maneira ou de outra não tem cura.
Se perder, o meu coração continuará partido. Congelado sem volta.
Por quê razões fizeram isto comigo?
 Novamente assim avança a nebulosidade abrasando a incerteza,
Qualquer destino, qualquer fantasia.

Futuro próximo, mas ausente...


Entre desvios e trilhos criados,
Ódio, amor, imperfeitos pela dor,
A vida não pára!
Através de circunstâncias, actos e acontecimentos,
Surge oportunidades boas ou pérfidas que alteram tudo,
Conheci-te clemente rapaz de olhos marrom e cortês coração…
Não és a cópia d’alguém, és somente alguém,
Por quem me apaixonei entre evasivas crespas que suportei,
Rapaz marrom que tanto amo, e agora te confesso,
Que te concedi um puro perfeito, pelo amor,
Que tanto amaremos como no momento em que o fizemos.
Sonho de dois, hoje concretizado depois de tanta turbulência.
Fruto são, feito pela paixão de corpos em ardência,
Nossa união desde a concepção, à nascença até a convalescia…


Sofrimento, dor e sangue…


Sinto uma tristeza, sem fecho,
Dentro de mim.
O meu coração, sente um tremor,
Que dói sem fim.
Esta dor é tão forte, que quase me derruba,
A fantasia da mente.
Gostava de desamarrar a minha mente,
E deixa-la à deriva por um momento,
Sem parte definida,
Sem local de chegada,
Sem destino projectado.
Queria voar, queria sentir…
Essa liberdade de coabitar.
Ser livre no tempo,
Livre das suas amarras.
Ser livre de voar pelo mundo,
Como queria ser assim,
Para poder dar fim,
A esta dor que arde dentro de mim.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Crédito destruidor…


Apesar de a solidão ter sido sempre,
Minha amiga…
Estou deixando a minha vida nas suas mãos.
As pessoas dizem que sou louca,
Mas também não te consigo tirar da cabeça,
Não importa o que está escrito na minha crónica,
Enquanto estiveres aqui comigo,
Eu não ligo para quem diz o contrário.
Enquanto me amares,
Não importa o que fizestes.
Enquanto me amares,
Todas as pequenas coisas que disseste e fizestes,
Estão introduzidas em mim.
Não importa o trilho,
Parece que a nossa direcção é segui-lo…
Eu já tentei esconder isto para que ninguém soubesse,
Mas acho que isto se nota,
Quando olhas nos meus olhos.
Eu vejo o teu sorriso em todo lugar,
Nos meus olhos ausentes,
Me deixaste, pensando durante muito tempo.
Parece que nós dois somos iguais,
Jogando o mesmo jogo.
Mas à medida que tudo obscurece,
Este verdadeiro amor se desaba.
Na agitação do coração,
Eu sou tão frágil…
Como quando se pega num bebé,
E pensas para ti:
- Ela é tão ténue.
E eu não entendo.
Eu nunca poderia magoar a quem amo,
É tudo que tenho…
Em dias como estes, ninguém deveria ficar só.
Nenhum coração deveria esconder-se,
O seu, toque cortês conquista a toda gente.
Não há nada que as palavras possam pronunciar,
Animaste todos os silêncios da minha alma,
Então murmurei em todos os meus sonhos,
Mas quando a noite cai,
Esta visão se desmorona!

Bastaria…


Às vezes um simples gesto,
Falaria mais que mil acções.
Só que o afeito diário das pessoas,
De tanto serem semelhantes e embuchas da vida,
Já não o entendem…
Hoje sou fraca, sim fraca!
Porque nunca soube em quem contar e como tal,
Nunca me distinguiram um gesto que fosse,
De me encorajar a apaziguar.
A única maneira de me ensinarem,
Foi com acções do seu pretérito preocupante…
Nem um único dedicado em acreditar e hoje nunca mais nem isso houve…
Bastaria um gesto que me fizesse rir, chorar, perder, ganhar,
Morrer, viver, fazer-me querer, mentir,
Apenas pretendia confiar sem ser só nesta dor…
Dirão que sou eu que não deixo, talvez,
A dor fechou-me o coração…
Escassamente talvez só uma pessoa consiga isto,
Alguém em quem pretendo-me deixar acreditar,
Ainda que o receio da dor me faça dar passos em falso e cair…
Eu estou tentando-me desobstruir…

Prostração declarada…


Ando só com os meus pensamentos impedidos,
Ando só com os meus objectivos, a minha sede de ser perfeita.
Ando só com a minha mania de querer ser alguém…
Ando só mesmo quando alguém está comigo.
A minha solidão tornou-se crónica.
Que me importuna nas maiores multidões, obsessiva!
É nevrótica, porque quando não estou só, pretendo estar.
Ando só na minha demência de pensar em coisas que não devo.
Ando só porque sonho demais!
O Globo tem pobrezas que só são enchidas por dor e ilusão,
Eu somente as preencho no meu próprio vácuo da minha solidão!



Os aborrecimentos contínuos dos dias equitativos…


Sinto que todos os dias são iguais,
Desencorajando-me, numas mágoas banais.
Tentando de tudo fugir,
Coragem! Aqui vou eu de novo…!
Perseguindo-te, magoando-me novamente
Mas porque faço isto?!
Pareço pelos tantos dias indestrutíveis,
Me arrastam ao chão, não me deixam escapar…
Nesse caso aqui vou eu de novo,
Perseguindo novamente…
Porque faço isto?
São tantos pensamentos que não consigo,
 Tirá-los da cabeça…
Eu experimentei viver sem ti…
 Mas toda vez que tentara…
Senti-me acabada…
Eu sei o que é favorável a mim,
Mas quero-te em invés do melhor,
”Continuando” perdendo todo tempo…
Over and over…
Again

Secret of Moon


Na minha diária rotina olhei o céu,
E estranhamente aquele lindo véu,
Hoje não apareceu…
Umas vezes redondinha,
Outras com cara de ilusionista,
Embora sonhadora,
Nunca domou a sua verdadeira alegria…
Se bem que marotinha,
Eu hoje vi-te no brilhar de dia!
Estava sol, mas tu lá no alto aparecias.
Mas ao cair da noite,
Procurando por ti estás dada como desapreciada.
Onde foste? Por onde te escondeste?
Às vezes necessito de ti…
Nem que seja só por uma minguada lábia de prosa.
Sem ti a noite perde seu brilho e termina…
Os namorados não se escapulam,
E o amor, em muitas ocasiões finaliza…

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Não me deixes só…


Eu esperei por ti,
Hoje.
Mas não apareceste…
Não, não!
Eu precisei de ti hoje,
Disseste que:
 - “Quando precisares de mim, chama o meu nome”
Para onde foste?
Disse que estaria lá,
E não te vi!
Eu apregoei às trilhas e não recebi nenhuma resposta,
Não posso sentir-te a meu lado.
Então apegar-me-ei ao que tenho.
Eu estou aqui sozinha e tu lá longe fora da minha capacidade.
E apesar de não poder:
Ver-te,
Sentir-te,
Saborear-te,
Não consigo explicar o porquê,
Desta segurança profunda,
Que colocaste na minha vida.
Elos que não podemos apartar,
Porque és parte de mim,
Embora não queira, o mostrar e jamais admitir!
Mas todas as noites nos meus sonhos eu posso:
Ver-te,
Sentir-te,
Saborear-te,
E é dessa maneira que tudo continua,
Mesmo com toda a distância e extensões entre nós.
Perto, longe, onde estiver,
Acredito que o coração deveras continua,
O amor pode nos tocar uma vez e durar a vida inteira,
Ou tocar-nos outra vez de uma forma mais intensa,
E não nos abandonará até sermos um só!
Amor, amor? Foi quando te conheci,
Um momento autêntico que ainda hoje guardo.
 
Agora estás aqui, não tenho nada a temer,
E sei que nós vamos ficar para sempre assim.

My reality


Se fosse assim…
Se fosses assim…um garoto
Mesmo que só por um dia,
Sairias da cama de manhã,
E irias para onde quisesses ir.
Consumirias com os teus “caras”,
E atrairiam garotas.
Mas darias um fora em quem quisesses,
E nunca entrarias em conflito por isso,
Porque, elas, se avultariam por ti.
Se eu fosse um garoto,
Acho que conseguiria entender.
E viria a perceber como é amar uma rapariga.
Penso que invocarias seres um homem melhor,
E, eu a atenderia,
Porque, sei como dói.
Quando se perder o que se ama,
Porque não te dão devido valor,
Tudo o que se tem é arrasado.
Se fosses o meu rapaz,
Silenciarias o telefone,
Dirias a todos que este está arrasado.
Então pensariam que estarias respirando sozinho.
Te arrumarias em primeiro lugar,
E agirias conforme as regras a seguir,
Porque sei que sou te fiel.
Esperando que voltes para casa.
É um pouco tarde para voltar,
Dizer que foi um tropeção,
Pensar que me perdoarias assim…
Se pensei que não comunicarias comigo,
Pensei errado…
Mas sou apenas ainda uma menina.
Não entendes,
Como é amar mesmo um rapaz,
Desejar ser uma mulher melhor,
Não ligas…
Às vezes não sabes como dói,
Perder a única coisa,
 Que nos mantêm.
Porque achamos que está garantido.
E tudo o que tínhamos é simplesmente apagado.
 

A redentora do teu coração


Onde vais?
Onde vais, minha linda?
Quero saber, eu tenho de saber...
Vais embora sem uma palavra, um recado,
E seguidamente a minha cabeça martela como um trovão estrondoso.
Abandonas-me com uma angústia bem funda no coração,
Devias de ver-me chorar a noite inteira.
Todos dizem:
- Que vergonha!
O que tem de errado?
Ouvi dizer que ficavas flutuando por aí até o amanhecer,
Estou-te esperando noite e dia...
Tens de quebrar este silêncio,
Precisamente como um rio decorrendo pró mar,
- Não há nada de errado num homem chorar,
apenas não é comum.
Responde ela correndo de volta para mim.
Vem não me deixes de novo sozinho...
Salva-me...
Volta e enxuga as lágrimas que chorei por ti,
Volta só tu podes parar esta agonia no meu coração,
Volta e ajuda-me a transitar a noite a salvo.
Ensina-me o que amor,
Mas não me firas,
Nunca...
É que já não sei, 
Por que a outra foi tão injusta, 
Lhe dei o meu amor, 
Mas não se importou,
E o que é errado, 
O que é amor,
Eu também não sei,
O que te posso dizer,
É que devemos ser bons um para o outro,
E eu não vou embora...
E não quero,
Nenhum outro amor,
Nesta vida, neste tempo.
Vamos estar juntos,
Eu necessito de ti sempre,
E isto é que é amor!

Hodiernamente uno em Abril…



Porque escrevo?
Pela visão de um mundo respeitoso,
Justo, ininterrupto...
Não pelo saber do que fiz ou sou,
Mas pelo seu durâmen.
Não foi por ti que chorei à anos atrás,
Perante a morte.
Não foi cobardia e ou submissão,
A tristeza…que sorte; nada me penalizou!
Foi mais um acto de ser,
Talvez a fúria de viver,
Que me emocionou.
Porque escrevo? Pelo amor!
Pelo vigente ardor
Talvez agora,
Queiras viver a vida, o fulgor.
Não me iludo a procurar razões,
Não me desgasto a antever consequências,
Ou descobrir profecias.
Escrevo somente por escrever à ressoa
Como derradeiro Messias,
Como ave que voa.
Mas não dou ao Lúcifer a desenredada.
De que arrependimento não mata nem nada!
Embora não seja demasiado,
Pois não me agoire a sorte o ter provocado.
O poema de escrever é o poema de viver,
E que importa o resto?
Viver para escrever,
Escrever para viver...
Na verdade temos de vencer…

Temos de combater!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012


LIMIAR: ENTRE O CÉU E O INFERNO de Elaine Velasco

Samuel é o homem mais lindo e sedutor que Ester já conheceu. Miguel é o amigo mais fiel e companheiro que uma garota poderia querer. Dividida entre o amor e a amizade dos dois, a garota não imagina o motivo que faz com que eles se odeiem tanto e menos ainda que ela é a peça-chave na eterna luta entre o bem e o mal. Antigos segredos de família e muito mistério cercam essa história de amor, proibida tanto pelas leis divinas quanto pelas leis infernais.

Adeus à Humanidade – Marcia Rubim

Uma paixão acendendo após mais de um século de escuridão. 
Uma doença actual apagando a luz de uma vida.
Ele seria a sua perdição, ela a seria a  causa da sua execução.
Como um amor tão improvável sobreviveria? 
Do que serias capaz de abdicar para salvar e vivênciar, mesmo que por pouco tempo, um amor jamais sentido antes? 
 O problema é que a linha do tempo que a separa do amor eterno é muito ténue. E somente um milagre pode uni-los novamente. 

When the colors fade down... Capítulo 15 the end


Aquele dia ainda me vagueia pela cabeça. Dizem que o dia do nosso casamento é tão marcante quanto o dia em que trazemos ao mundo o nosso rebento. E ele esteve lá, Andrios veio-me ver casar com outro homem. Vi no seu olhar o sofrimento e a dor pela perda. Ainda me amava. Pude constatar. Parecia mais velho e abatido. Não vi sombras da sua suposta mulher nem do filho. Também não parecia ter casado. E o que me importava isso agora? É tarde para mudar o passado. Mesmo de longe consegui ver vê-lo verter uma lágrima quando fiz os meus votos e disse o sim. Mas tive medo, medo quando o padre disse aquelas palavras: “ se alguém tiver algo contra diga agora ou cale-se para sempre ”. Alexander parecia não se dar conta da minha inquietude e ainda bem.
            Quando finalmente chegara a hora de partir em lua-de-mel, Andrios arranjou forma de me apanhar sozinha. E me questionou:
- Mirelle…
Assustei-me com a sua aproximação e o brilho incandescente do seu olhar. Estava estranho. Diferente.
- Andrios… O que fazes aqui?
- Vim ver se tinhas mesmo coragem de suplantar o nosso amor. E como bem pude ver, nem sequer pensaste duas vezes. E pelo que posso observar até nem esperaste pela lua-de-mel para conceber. Estás gravida de quantos meses? Três? – Perguntou aproximando-se do meu ventre e tocando-o.
- O que queres de mim agora? O que vieste, aqui fazer! – Perguntei altiva ao mesmo tempo que estava intimidada.
- Não vim fazer-vos mal. Estás feliz?
- Sim. Estou! Ao menos estou realizando um dos meus sonhos com alguém consistente! Alguém que tu nunca soubeste ser!
- Então é isso. Vingança. Só vim até aqui para dizer-te que a Patrizia elaborou aquele cenário todo, o filho nunca fora meu. E eu nunca cheguei a casar. Quando desapareceste feito pó da minha vida sem deixar rasto. Enlouqueci. Aquela situação tinha de terminar para sempre. Arrependo-me plenamente de não ter agido mais cedo. Acho que a raiva e a dor cegaram-me. Agora vejo que fui um estúpido. E hoje pago bem caro pelos meus erros ignorantes contigo. Mas isso não importa mais. Sei que agora estás feliz e que esse filho que carregas será muito bem-criado. Adeus Mirelle. Adeus meu amor. – Proferiu Andrios partindo.
- Espera Andrios! Eu nunca cheguei a contar-te que quando nos separámos de vez, eu estava grávida.
- O quê! – Bradou Andrios.
- Mas infelizmente, eu não… eu sofri um aborto. – Disse sofrida.
- Ah aqui estás tu Mirelle. Andava à tua procura. Estás bem? Passa-se algo?
- Não Alexander. Vamos.
“ Hoje ela segue em frente e formou uma nova vida. Eu desenhei por anos, todos os finais e futuros possíveis. Num passando longínquo. Tanto para aprender, tanto para tentar. E com um toque. Nossas vidas começarão           de novo até nós morrermos...”

Décimo oitavo por sete


Não podemos nos nomear sacros,
Todos nós cometemos erros,
Todos nós temos daqueles dias,
E todos, vocês sabem do que,
Estou falando.
Porém tudo transborda.
Se não for objectivo,
Para quê ser assim tão dura,
Comigo mesma?
Ninguém é perfeito!
Também errei reditas vezes,
Até que acertei.
Ninguém é perfeito!
Todos os dias vamos aprendendo!
E mesmo que erre às vezes?
Ninguém é perfeito.
As minhas intenções podem ser boas,
Mas às vezes apenas são mal entendidas.
Quando o dia corre horrivelmente mal,
Trata-se somente de um dia,
Em que não podes ganhar.
As coisas não correram como planejado,
Tenta-se outra vez!
Ninguém é perfeito!
Ninguém, mas mesmo ninguém o, é...

Nothing to stop me, and you know ...



Fechei-me para o amor,
Eu não necessito sentir mais esta dor…
Uma ou duas vezes já foram suficiente…
Mesmo assim foram em vão…
O tempo começou a passar,
Antes de enxergar que o meu mundo estava solidificando.
Mas algo aconteceu…
Na primeira vez em que estive contigo,
O meu coração descongelou-se,
Encontrou algo real,
Enquanto todos me indagavam…
E considerei que estava persistindo imoderada.
Ele não liga ao que dizem,
E está indestrutível enamorado por mim…
Consistem intentando-me reter ausente,
Mas eles não sabem da verdade.
O meu coração esta enclausurado por uma veia,
Que eu retenho encerrada,
E tu agora vens para ma extinguir e eu…
Continuo sangrando,
Continuo sangrando de amor.
E tento inalteravelmente não ouvi-los,
Mas murmuram tão alto…
Que as vozes estão cessando nos meus ouvidos.
Estão-me conturbando,
E eu sei, que o motivo é-me derrubar!
Mais nada é maior, agora,
Do que essa urgência em te abraçar,
Neste mundo de solidão,
Ainda vejo o teu rosto,
Completo cosmos que me observa e considera
Que eu estou ensandecendo[1],
Talvez, talvez…
É tudo “escoamento” meu…
Mas consideram satírico em compreender…
Então, decidi trajar as minhas cicatrizes,
Para que todos vejam,
Que o meu amor ainda não se foi.
Ele partiu há algum tempo, numa aurora esconjurada[2].
Enquanto dormia, senti-o a ir,
Não invertera mais…
Não espionarei airoso oceano, logo que nenhum baixel na nativa o trará novamente,
Eu sei que será meu extremo choro.
Sem a harmonia sua, imaginação cadavérica,
A entoação dos rebordos seus morreu,

Canto sozinha inanimada entre lívidos de feitiçaria,
Enquanto avisto, o oceano…
Tenho-te, no alicerce do insociável coração…
Tão fundo no querido denodo[3], prodigalizada porção nunca a mim outorgar.
Eu expresso a mim, mesma que esse caso, nada abalará tanta autoridade.
Mas porque eu deveria tentar resistir, ser benquista[4], se o sei excessivamente bem? 
Sacrificaria qualquer coisa que fosse…
Apesar da voz de aviso que vem na noite
Que repete e repete no meu entendido:
“Não sabes que és uma tonta, nunca poderás ganhar,
Usa a cabeça, acorda para a realidade”.

Hoje à noite na minha solidão encarne,
É divagado amar-te?
Nesse caso, o meu coração, não vai-me desproteger, cumprindo o correcto.
Porque não consigo deixar de,
Viver na rememoração de mim pelo teu amor…
Afigurando que resido olhando teus gázeos…
Pois eu posso-te ver claramente agora,
Vividamente aceso em minha mente.
Como estrela distante,
A quem eu componho um desejo esta noite.
Eu não falo a sério quando,
Digo que não te amo,
Eu, apenas estou porfiado[5].
Não devo deixar-te ir,
Eu não serei burra…
Fui uma incongruente, endrominando-me a mim mesma.
Nunca pensei que um dia,
Ficaria sem amor…
Nunca imaginei que ficaria sozinha,
Achava que amargara tudo,
Nunca sentiria o que sinto agora…
Não deferindo súplica celeste,
O calor saboroso dum beijo recluso dissolvido…
Pois não tenho escolha,
O que eu não daria
Para bem aqui, quando,
Perdi uma parte de mim…
É tão difícil De acreditar?
Quem caminhará para me auxiliar,
Quando estiver mal?
Quem vai conversar comigo
Até o sol nascer?
Quem vai continuar entre lugar?
Não há ninguém…
Não consigo dormir, está na minha cabeça
"Se achas que estás sozinha agora".
Aguarda-se um pouco,
Isto é perspicaz demais
Preciso mudar de estação,
Granjeio algo mais prazenteiro,
Tentando-me controlar,
Mas estou arrasada…
Estou descontrolada…
Chorando…
Tentando descobrir, o que está errado.
A dor se reflecte, mas não é nem a metade,
Do que estou sentindo…
Todas as noites nos meus sonhos,
Longínquos permeando a distância,
Um espaço entre nós…
Mostrar que continua (existindo),
Perto, longe, aonde residir,
Acredito que o coração continua…
Mais uma vez se abre a porta,
E o coração insistira e continuara…
Pode tocar-nos uma vez,
E ser a nossa maior descida,
Pode abalroar-nos novamente,
E ser uma partição de família,
O amor pode tocar-nos mais uma vez,
E durar para o resto da vida,
Nunca nos deixar até cessarmos.
Uma hora permanente que eu acondiciono,

Na minha vida nós sempre duraremos…



[1] Enlouquecendo, endoidecendo
[2] Amaldiçoada
[3] Brio, decisão, audácia
[4] Amada, estimada, idolatrada
[5] Mentindo, enrolando, resistindo