Estou farta!
Estou doente!
Tenho vozes na minha
cabeça, que me ecoam pela mente!
Estou enlouquecendo!
Exijo! Que me deem ordem de soltura!
O céu mantém-se sereno, em tons de prodígio,
E eu quero acreditar,
Que o alcançarei mesmo quando a
raiva se apoderar de mim!
Estou esgotada de sorrir
perdidamente,
Até o silêncio se
recolher imperturbavelmente.
Tenho fome! Estou
faminta e sôfrega.
Mas não há mais nada
dentro da minha alma para devorar!
Nenhum significado para
viver!
E a nebulosidade vai
engolindo assim a noite,
Cada estrela, cada
sonho.
E depois de tudo,
O que mais poderia ele simplesmente
fazer?
Afinal de contas, ele
diz que nada fez!
Eu não vou chorar,
apenas uma mentira.
Um carpido brota
novamente da minha mente,
E eu sei, que os ruídos
não são imaginação minha!
Chegam de todas as direcções
e gritam aflitos: silêncio!
E agora a louca sou eu?
Não. Louca? Faminta!
Já não sou capaz de amparar a minha própria
tristeza,
E não vou aguentar tudo sozinha!
Se virar demónio, garanto que mais ninguém
ficará só!
Os sentimentos serão
virados de cabeça para baixo,
E o que outrora
defendera. Agora aniquilarei!
É hora de aprender a
cair,
É a hora de fazer os
outros sofrer!
Estou louca? Sim! Agora
sim! Podem começar a fugir!
A minha tristeza e dor
crónica precisam de se nutrir!
Naufragando…
no silêncio… respirando…
Desconhecido
algum será capaz, de imaginar quantos corpos eu vi partir,
Quantos
olhos vidrados, eu vi esmaecer.
Quantas e
quantas vezes! Eu gritei! até ficar sem ar! Até sangrar pela minha inutilidade!
Ninguém pode
falar do que nunca vivenciou! Ser um completo vácuo de recetáculo.
O meu coração
já se partiu faz anos. Estou congelada e morta. Neste preciso momento eu, já
não sou mais eu.
Só verão o
que os vossos olhos permitirem. Tão consumidos nas vossas vidas nauseabundas,
que nem notam. Um ser partido e disperso.
Eu já devia saber
que o sofrimento antes ou depois, de uma maneira ou de outra não tem cura.
Se perder, o
meu coração continuará partido. Congelado sem volta.
Por quê razões fizeram
isto comigo?
Novamente assim avança a nebulosidade
abrasando a incerteza,
Qualquer destino, qualquer
fantasia.
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