sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ce jour…


Quero conhecer o que é o Amour[1]
Imprescindível, encontrar um tempo,
Tempo para pesar nas coisas,
E o melhor é ler nas entrelinhas,
Caso necessite quando envelhecer…
Pois a última vez que te vi,
Eras movido pelo negrume do corisco[2],
”Cessei” absorvida e desassossegada,
Arrastada pelo negror[3] da ênfase[4].
Dispersado num extracto arcaico,
De grau obscuro e báquico[5],
Afastada do distinto flanco…
Vi-te no meio de uma luta obstinada,
E no pude encontrar uma forma para acabar…
Então, exijo ascender a montanha,
Carregando o mundo sobre os ombros,
E através das sombras ver o amor cintilar.
As árvores zumbiram à noite,
Levadas pelo assombramento do vento,
Este que entoa uma canção,
De melancolia e apoquentação…
Tudo o que vi…foi o perfil de uma arma…,
Mas agora aqueces-me,
Enquanto a vida vai perdurando mais fria.
E no podía descubrir una forma “para finalizar”.
Então, aqui fico,
Refiro,
E vejo-te no éden longínquo.
Então, eu continuo,
Eu pronuncio,
e um dia ver-te-ei no paraíso…
Todavia, às quatro da madrugada,
Conduzida pela sombra da noitada,
Eu vi o teu espectro se alinhando:
- ¿Usted vendrá hablar con mí esta noche?[6]
Derrubado entre centena e quinto,
esta noite será de acordos sentidos,
De moldar o obstáculo a ser vigoroso,
Novamente sou levada pela sombra,
Distante noutro lugar…
Na minha vida,
Só tem havido padecimento e dor,
E não sei, se posso afrontar isto de novo,
Porém já não posso parar agora,
Já fui longe demais…,
Para mudar esta minha vida solitária!
Eu só desejo viver o amor,
E quero que me, o mostres!
Eu quero senti-lo,
E sei que me podes mostra-lo.
Já sei…terei de encontrar uma época,
Um tempo para cuidar melhor de mim.
Pero[7], ninguém é capaz de ponderar…
O meu interior,
Eu, sinto-me deveras enamorada,
E usted simplemente no lo creo…!


[1] Amor
[2] Faísca
[3] Escuridão, negrume
[4] Ostentação, afectação
[5] Orgia
[6] Vens falar comigo esta noite?
[7] Mas

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