domingo, 30 de dezembro de 2012

Reviravolta inesperada


Há muito sobre ti que nunca deixaste transparecer,
Viraste as costas, mas não para mim…
Sim, eu sei, eu sei como te tentaram caldear[1],
Segurando-te de forma a arremessarem-te ao arreio[2].

E eu, que por tanto tempo te tentei alcançar,
Sei que quase chegaste lá!
Hoje estou fechado o bastante para ver,
Mas eu apenas sei, sei que sim, meu espelho cristalino.

Estiveste escondendo-te nas sombras,
E acabaste esquecendo-te de como é sonhar.
Deixa-me ajudar-te a recordar,
Não posso ser o incógnito desta história.
Deixa-me apoiar-te,
Não quero ser somente, quem está dormindo em sua cama.

Tornas-te excelente,
Tu és excelente!

Por isso vem,
Vem ter comigo,
Eu posso sentir a tua dor,
E tudo o que sempre contradisseste,
Tudo o que sentes,
Tudo o que sempre desejaste e nunca pudeste.

Olha ao teu redor,
Estás aqui comigo!
Deixa que o amor se torne o teu modelo,
Sem medo, sem tristezas!
A verdade será descoberta aqui,
Escova os teus cabelos flama[3],
Olha reiteradamente[4] em redor.
Tornaste deslumbrante,
Tornaste-te no meu amor!
Estás seguindo o modelo,
Sem medo, sem tristezas,
Transpondo algo melhor!


[1] Prender, arremessar,
[2] Rebaixar, deitar para trás
[3] Cor-de-fogo, labareda, chama
[4] Novamente, outra vez

Negação


O tempo passa,
E eu continuo olhando pela mesma janela,
De à, 18 anos.
Não sou perfeita,
Mas continuo tentando,
Porque foi isso que disse,
Que faria desde do início.
Memórias inscritas nas paredes,
Suplícios atrozes espargidos[1] no sopro,
Objectos densos de equimoses,
É pior acabar que começar tudo de novo.
- Esplêndido. Como ainda me consegues surpreender!
Não podemos estar acabados,
Posso ver isso nos teus olhos.
Não, enquanto puder amparar-te.
Há 18 anos que continuo olhando pela mesma janela,
Há 18 anos, que jurei vingança plena.
Foi há 18 anos, que… continuo tentando…,
É pior acabar que começar tudo de novo.
- É preciso muito para te perceber,
Vejo isso nos teus olhos,
Mas não vais cair.
Não, enquanto puder amparar-te.
Pensaste que me conhecerias,
Mas eu não sou perfeita,
Simplesmente continuo tentando,
Porque foi isso que disse…
Não há nada a esconder,
Quando não temos mais nada cá dentro.
Pensaste que saberias combater comigo,
Mas esta guerra não te pertence.
- Por favor não deixes.
Não podemos estar acabados,
Eu sei, que é preciso muito para te perceber,
Mas peço-te, não me afastes de ti, não me deixes ficar de lado…
Paz…
É tão fortificante saber para onde correr,
Saber com quem contar,
Ab-rogarem[2] por nós,                                                    
Cessar as mentiras.
É pior acabar que começar tudo de novo.
- Esplêndido. Esplêndido. Ainda continuas a surpreender-me!
E se te disserem que estás errada?
Não sou perfeita,
Mas continuo tentando,
Porque foi isso que disse,
Que faria desde o início.
Dezoito anos,
 Foi há 18 anos, que…jurei vingança plena.
O tempo passa,
Mas eu continuo olhando pela mesma janela.
- Não! Não podemos estar acabados,
Não, enquanto puder amparar-te,
Não, enquanto puder salvar-te…
Não vais cair! Não vais abandonar-me.
Não, enquanto puder…



[1] Difundidos, envolvidos
[2] Morrerem, suprimirem, eliminarem

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Jogada ao vento!


Despojado do meu Afecto,
Nem forças, tenho para chorar…
Rastejo caído por terra,
Não tenho ânsia para voar…
A sombra,
por onde vagueio,
que me oculta, não da luz,
que não temo, mas dos olhos,
que me procuram, na sombra,
onde me perco, oculto,
sem mostrar, as trevas,
onde me encontro,
pois não quero ser resgatada,
por esses olhos,
que me procuram,
vagueiam, neste breu que me cerca,
esta cerca, feita de sombras,
não para não me deixar sair,
mas impedir a entrada,
desses olhos,
que projectam,
a minha própria sombra.
Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não seria tão errado
Dou afecto, respeito e possibilidades
Mas entende, eu não estou apaixonada
A paixão já passou pela minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego,
Em mim uma dor amargurada, um coração desvanecido.
E um olhar…
Que tentei…
Mas tudo agora é coisa do passado,
Quero o respeito e sempre ter alguém,
Que me entenda e sempre fique a meu lado,
Mas não, não quero estar apaixonada.
A paixão quer sangue e corações destroçados,
É saudade é só mágoa por ter sido feito tantos estragos,
E essa escravidão e essa dor não quero mais,
Quando acreditei que tudo era um facto consumado.
Veio a foice e jogou-me tão longe,
Tão longe…
Não, não estou mais pronta para mais lágrimas,
Podemos estar juntos e convivermos o futuro,
Não o passado,
Vejo o nosso mundo…
Eu também sei que dizem,
Que não existe amor errado,
Mas entendam, não quero estar apaixonada.
Tenho a Escuridão me rodeando
De cabeça abaixa
Acima de tudo eu…
Eu estou…
Tão longe de...
Mas tudo que faz é me observar
Então eu despendo sua graça
E lá longe a escuridão cresce
E quem me guia de volta para todas minhas rotas,
O desejo e a dor
Na escuridão e na desgraça
O gosto e a mágoa
Na escuridão e na adversidade
Na tão, lacrimante, mas galante obscuridade das trevas.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fogo!



À hora certa para chegar,
A perplexidade vai-me deixar falhar.
Em tão poucos passos,
As minhas pernas não andar,
Acho melhor esperar…
Mais uma ração e a minha oportunidade ausentar-se-á.
Outro segundo,
Não posso mais esperar!
Eu quero te dizer,
Que às vezes penso em ti,
Que não posso mais pensar,
No que eu tenho para pronunciar.
Já não importa,
Se me queres ou não,
Chegou a hora de sair desta solidão!
Sei que tento não recordar,
Daquilo tudo que quis acreditar.
Às vezes penso se não vai ser bem melhor assim.
Te recambiar a mim…
Já não importa…
Chegou a hora de sair desta solidão, voltar a mim…







terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Esperança…


Os dias vão passando,
E o juízo final se aproximando.
Vejo-me perdida nesta imensidão,
Entre a perda e a conquista.
Não peço muito, apenas um auxilio,
Onde todas as acções são reconsideradas.
Sentiram orgulho,
Ainda que não o admita?!
A fragilidade dum minuto,
Transportada pela vida.
Oscilações derivadas e acarretadas,
Fazem-me inferiorizar o ser que apregoam.
A dor não se apraz com pouco,
As irreflexões não são as causadoras.
Estou aqui, estagnada entre dois universos,
Perda e ganho concomitantes pela contrição.
Mas ainda continuo aqui…,
No escorrer da vidraça,
Onde prevalece o sentimento de perda.
Onde o cavalgar constante por entre a sorte,
Me faz perceber que a única certeza que conheço,
É mesmo a da morte!
Todas as recordações aparecem e desaparecem num ápice,
Com a agonia da derrota.
De cabelos ao vento,
Enfrento o com desalento,
A minha imutável rota.
Tantas vezes penso em desistir,
É a verdade, porquê omitir!
Brota então um flash,
Carregado de tudo pelo que sonhei.
Jamais desistirei,
Não posso permitir, tão pouco consentir,
Que caia no vazio, tudo aquilo porque lutei…
És esperança! És a esperança!
És quem no fim,
Me dá as forças necessárias para nunca ousar desistir!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Sentimentos diversos


Sempre te vi passar,
Desejando um simples olhar,
Mas…
Porquê coração é que eu fico,
Constantemente deste jeito?
Não faças assim, apaixonares-te,
E a dor ser do meu peito...
Mas…
Porquê, que te foste entregar?
Se na verdade era só uma aventura,
Porque não soubeste observar.
Sempre estive na tua frente a deslumbrar,
Apenas não quiseste arriscar.
Era um desejo e nada mais...
Agora que descobri esta paixão,
Já que foste,
Levando o meu coração,
Sem ti,
Para quê supor com esta paixão?
Eu vou sempre te lembrar,
Se fico aqui,
É só para te esperar.
A dor me tomou,
Mas um dia hás-de voltar.
As lágrimas persistem em se abaterem,
Conforme os rios para o mar,
Sem saber como parar.
Eu imagino este final,
Pois me dá medo pensar,
Que esse dia podia não chegar.
Nada mais teve valor,
E só, sei que nunca tive outra igual.
E agora o que é que faço?
Para esquecer tanta candura,
Isto virou alienação.
Não é justo,
Entrares na minha vida assim,
Não é certo,
E não deixar saída.
Talvez agora depois do que falei,
Ainda que em modos verbais misturados,
Percebas porquê que um dia disse:
- Eu tenho medo de amar…
Amar não é nenhum divertimento e o coração,
Já não aguenta e não tem mais salvação.
Já sofreu muito e fantasiar contigo numa cisão,
Mesmo indolor o coração,
As mágoas fizeram-no se despedaçar,
Hoje estando contigo, não caías na excitação,
De prescindires de me amar.
Não interessa se faz frio,
Nasceram ternuras que contigo conheci,
Há um lugar dentro de mim,
que só existe por ser para ti.
Quero-te amar tempos sem fim
Desde o momento que te vi.
Nas nossas vidas só queremos esquecer,
As cartadas que as feridas,
Demoram a vencer,
E o coração não as quis abandonar,
Que muitas vezes me põem a chorar.
Ás vezes perguntas-me porquê,
Como a chuva chora sem avisar,
Assim sou eu sem prever…
Só nos resta uma saída,
A força que o amor tem!

sábado, 22 de dezembro de 2012

O desânimo…


Acordo sonhadora,
Adormeço desmotivadora.
Porque durante o dia,
Vejo a dor das pessoas…
Acordo sonhadora,
Adormeço desmotivadora.
Porque ao adormecer,
As saudades e os desejos retornam.
As magoas dificultosas assombram-nos,
Os sonhos desvanecem no ar,
Como poeira no deserto.
As lágrimas soltam-se,
Como liberdade encarcerada…
E o coração sofre solitário e ferido,
Com uma mágoa indesejada,
A da confiança e amor!
Porque alguém me fez acreditar,
Que amar era bom…
Na realidade é verdade,
Mas tenho de confessar que o amor,
É como um fósforo…
 Vai ardendo até se apagar,
E delir a chama do amor…!



Devaneios quebrados…


Tudo o que sonho e desejo,
Nunca na vida encontrei.
E, quanto mais procuro,
Mais me convenço,
Que nunca, nunca acharei!
Se sentir prazer em ver,
Uma estrela cintilar,
Muda-se o tempo...
E a minha estrela vem tapar!
Se sonho...
Esse sonho me invade,
E tanto me tortura.
Obrigando-me a procurar na vida,
Algo que só me trás amargura!
Nesta vida há algo,
Que não nos, deixa ser feliz.
Tem insondáveis mistérios,
Casos tristes e muito sérios!
Muitos que nos tiram a sorte,
E por vezes condenam-nos a morte!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ce jour…


Quero conhecer o que é o Amour[1]
Imprescindível, encontrar um tempo,
Tempo para pesar nas coisas,
E o melhor é ler nas entrelinhas,
Caso necessite quando envelhecer…
Pois a última vez que te vi,
Eras movido pelo negrume do corisco[2],
”Cessei” absorvida e desassossegada,
Arrastada pelo negror[3] da ênfase[4].
Dispersado num extracto arcaico,
De grau obscuro e báquico[5],
Afastada do distinto flanco…
Vi-te no meio de uma luta obstinada,
E no pude encontrar uma forma para acabar…
Então, exijo ascender a montanha,
Carregando o mundo sobre os ombros,
E através das sombras ver o amor cintilar.
As árvores zumbiram à noite,
Levadas pelo assombramento do vento,
Este que entoa uma canção,
De melancolia e apoquentação…
Tudo o que vi…foi o perfil de uma arma…,
Mas agora aqueces-me,
Enquanto a vida vai perdurando mais fria.
E no podía descubrir una forma “para finalizar”.
Então, aqui fico,
Refiro,
E vejo-te no éden longínquo.
Então, eu continuo,
Eu pronuncio,
e um dia ver-te-ei no paraíso…
Todavia, às quatro da madrugada,
Conduzida pela sombra da noitada,
Eu vi o teu espectro se alinhando:
- ¿Usted vendrá hablar con mí esta noche?[6]
Derrubado entre centena e quinto,
esta noite será de acordos sentidos,
De moldar o obstáculo a ser vigoroso,
Novamente sou levada pela sombra,
Distante noutro lugar…
Na minha vida,
Só tem havido padecimento e dor,
E não sei, se posso afrontar isto de novo,
Porém já não posso parar agora,
Já fui longe demais…,
Para mudar esta minha vida solitária!
Eu só desejo viver o amor,
E quero que me, o mostres!
Eu quero senti-lo,
E sei que me podes mostra-lo.
Já sei…terei de encontrar uma época,
Um tempo para cuidar melhor de mim.
Pero[7], ninguém é capaz de ponderar…
O meu interior,
Eu, sinto-me deveras enamorada,
E usted simplemente no lo creo…!


[1] Amor
[2] Faísca
[3] Escuridão, negrume
[4] Ostentação, afectação
[5] Orgia
[6] Vens falar comigo esta noite?
[7] Mas

Expressões…


Como posso concluir o que é certo,
Quando estás desbotando a minha mente?
Eu não consigo vencer esta batalha perdida,
Como poderia possuir o que é meu?
Quando estão sempre apanhando à frente.
Mas não vão tirar meu orgulho!
Não, não desta vez!
Como cheguei aqui?
Eu pensava conhecer tão bem…

Como cheguei aqui?
Bem, eu acho que sei…

A verdade está escondida nos meus olhos,
E está suspensa na minha língua,
Apenas fervilhando no meu sangue.
Mas acham que não posso enxergar…
Que tipo de gente são?
Se, são homens…,
Bem, vou desvendar isso por conta própria.
Contudo (eu estou gritando " te amo tanto")!
Vêm o que fazem?
Vós estamos fazendo me constante de simplória
Vêm o que fazem?
Eu acho que eu sei…,
Tem alguma coisa que vejo,
Que vai acabar-me aniquilando,
Eu espero que não seja realidade…

Anoitecer


A distância é boa conselheira,
A labareda da fúria abaixa,
E nos permite aproximarmos mais da realidade.
A paixão é uma imensidão de ilusões,
Que serve de analgésico para a alma...
E apaixonar-se,
É abrir-nos para o outro,
Sem nenhuma garantia.
Desfecho:
- Não amamos uma mulher pelo que ela diz,
Apreciamos o que ela diz porque a amamos…
Terminação consorte:
- As quatro fases do amor são:
- Nasce nos braços do desdém,
Cresce sob o amparo da paixão,
Diverte-se em carícias,
E morre-se intoxicado de ciúmes….
Encerro declarando:
- O amor é duro e inflexível como o inferno.


The Key


Estou farta!
Estou doente!
Tenho vozes na minha cabeça, que me ecoam pela mente!
Estou enlouquecendo!
Exijo! Que me deem ordem de soltura!
O céu mantém-se sereno, em tons de prodígio,
E eu quero acreditar,
Que o alcançarei mesmo quando a raiva se apoderar de mim!
Estou esgotada de sorrir perdidamente,
Até o silêncio se recolher imperturbavelmente.
Tenho fome! Estou faminta e sôfrega.
Mas não há mais nada dentro da minha alma para devorar!
Nenhum significado para viver!
E a nebulosidade vai engolindo assim a noite,
Cada estrela, cada sonho.
E depois de tudo,
O que mais poderia ele simplesmente fazer?
Afinal de contas, ele diz que nada fez!
Eu não vou chorar, apenas uma mentira.
Um carpido brota novamente da minha mente,
E eu sei, que os ruídos não são imaginação minha!
Chegam de todas as direcções e gritam aflitos: silêncio!
E agora a louca sou eu?
Não. Louca? Faminta!
Já não sou capaz de amparar a minha própria tristeza,
E não vou aguentar tudo sozinha!
Se virar demónio, garanto que mais ninguém ficará só!
Os sentimentos serão virados de cabeça para baixo,
E o que outrora defendera. Agora aniquilarei!
É hora de aprender a cair,
É a hora de fazer os outros sofrer!
Estou louca? Sim! Agora sim! Podem começar a fugir!
A minha tristeza e dor crónica precisam de se nutrir!
Naufragando… no silêncio… respirando…
Desconhecido algum será capaz, de imaginar quantos corpos eu vi partir,
Quantos olhos vidrados, eu vi esmaecer.
Quantas e quantas vezes! Eu gritei! até ficar sem ar! Até sangrar pela minha inutilidade!
Ninguém pode falar do que nunca vivenciou! Ser um completo vácuo de recetáculo.
O meu coração já se partiu faz anos. Estou congelada e morta. Neste preciso momento eu, já não sou mais eu.
Só verão o que os vossos olhos permitirem. Tão consumidos nas vossas vidas nauseabundas, que nem notam. Um ser partido e disperso.
Eu já devia saber que o sofrimento antes ou depois, de uma maneira ou de outra não tem cura.
Se perder, o meu coração continuará partido. Congelado sem volta.
Por quê razões fizeram isto comigo?
 Novamente assim avança a nebulosidade abrasando a incerteza,
Qualquer destino, qualquer fantasia.

Futuro próximo, mas ausente...


Entre desvios e trilhos criados,
Ódio, amor, imperfeitos pela dor,
A vida não pára!
Através de circunstâncias, actos e acontecimentos,
Surge oportunidades boas ou pérfidas que alteram tudo,
Conheci-te clemente rapaz de olhos marrom e cortês coração…
Não és a cópia d’alguém, és somente alguém,
Por quem me apaixonei entre evasivas crespas que suportei,
Rapaz marrom que tanto amo, e agora te confesso,
Que te concedi um puro perfeito, pelo amor,
Que tanto amaremos como no momento em que o fizemos.
Sonho de dois, hoje concretizado depois de tanta turbulência.
Fruto são, feito pela paixão de corpos em ardência,
Nossa união desde a concepção, à nascença até a convalescia…


Sofrimento, dor e sangue…


Sinto uma tristeza, sem fecho,
Dentro de mim.
O meu coração, sente um tremor,
Que dói sem fim.
Esta dor é tão forte, que quase me derruba,
A fantasia da mente.
Gostava de desamarrar a minha mente,
E deixa-la à deriva por um momento,
Sem parte definida,
Sem local de chegada,
Sem destino projectado.
Queria voar, queria sentir…
Essa liberdade de coabitar.
Ser livre no tempo,
Livre das suas amarras.
Ser livre de voar pelo mundo,
Como queria ser assim,
Para poder dar fim,
A esta dor que arde dentro de mim.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Crédito destruidor…


Apesar de a solidão ter sido sempre,
Minha amiga…
Estou deixando a minha vida nas suas mãos.
As pessoas dizem que sou louca,
Mas também não te consigo tirar da cabeça,
Não importa o que está escrito na minha crónica,
Enquanto estiveres aqui comigo,
Eu não ligo para quem diz o contrário.
Enquanto me amares,
Não importa o que fizestes.
Enquanto me amares,
Todas as pequenas coisas que disseste e fizestes,
Estão introduzidas em mim.
Não importa o trilho,
Parece que a nossa direcção é segui-lo…
Eu já tentei esconder isto para que ninguém soubesse,
Mas acho que isto se nota,
Quando olhas nos meus olhos.
Eu vejo o teu sorriso em todo lugar,
Nos meus olhos ausentes,
Me deixaste, pensando durante muito tempo.
Parece que nós dois somos iguais,
Jogando o mesmo jogo.
Mas à medida que tudo obscurece,
Este verdadeiro amor se desaba.
Na agitação do coração,
Eu sou tão frágil…
Como quando se pega num bebé,
E pensas para ti:
- Ela é tão ténue.
E eu não entendo.
Eu nunca poderia magoar a quem amo,
É tudo que tenho…
Em dias como estes, ninguém deveria ficar só.
Nenhum coração deveria esconder-se,
O seu, toque cortês conquista a toda gente.
Não há nada que as palavras possam pronunciar,
Animaste todos os silêncios da minha alma,
Então murmurei em todos os meus sonhos,
Mas quando a noite cai,
Esta visão se desmorona!

Bastaria…


Às vezes um simples gesto,
Falaria mais que mil acções.
Só que o afeito diário das pessoas,
De tanto serem semelhantes e embuchas da vida,
Já não o entendem…
Hoje sou fraca, sim fraca!
Porque nunca soube em quem contar e como tal,
Nunca me distinguiram um gesto que fosse,
De me encorajar a apaziguar.
A única maneira de me ensinarem,
Foi com acções do seu pretérito preocupante…
Nem um único dedicado em acreditar e hoje nunca mais nem isso houve…
Bastaria um gesto que me fizesse rir, chorar, perder, ganhar,
Morrer, viver, fazer-me querer, mentir,
Apenas pretendia confiar sem ser só nesta dor…
Dirão que sou eu que não deixo, talvez,
A dor fechou-me o coração…
Escassamente talvez só uma pessoa consiga isto,
Alguém em quem pretendo-me deixar acreditar,
Ainda que o receio da dor me faça dar passos em falso e cair…
Eu estou tentando-me desobstruir…

Prostração declarada…


Ando só com os meus pensamentos impedidos,
Ando só com os meus objectivos, a minha sede de ser perfeita.
Ando só com a minha mania de querer ser alguém…
Ando só mesmo quando alguém está comigo.
A minha solidão tornou-se crónica.
Que me importuna nas maiores multidões, obsessiva!
É nevrótica, porque quando não estou só, pretendo estar.
Ando só na minha demência de pensar em coisas que não devo.
Ando só porque sonho demais!
O Globo tem pobrezas que só são enchidas por dor e ilusão,
Eu somente as preencho no meu próprio vácuo da minha solidão!



Os aborrecimentos contínuos dos dias equitativos…


Sinto que todos os dias são iguais,
Desencorajando-me, numas mágoas banais.
Tentando de tudo fugir,
Coragem! Aqui vou eu de novo…!
Perseguindo-te, magoando-me novamente
Mas porque faço isto?!
Pareço pelos tantos dias indestrutíveis,
Me arrastam ao chão, não me deixam escapar…
Nesse caso aqui vou eu de novo,
Perseguindo novamente…
Porque faço isto?
São tantos pensamentos que não consigo,
 Tirá-los da cabeça…
Eu experimentei viver sem ti…
 Mas toda vez que tentara…
Senti-me acabada…
Eu sei o que é favorável a mim,
Mas quero-te em invés do melhor,
”Continuando” perdendo todo tempo…
Over and over…
Again

Secret of Moon


Na minha diária rotina olhei o céu,
E estranhamente aquele lindo véu,
Hoje não apareceu…
Umas vezes redondinha,
Outras com cara de ilusionista,
Embora sonhadora,
Nunca domou a sua verdadeira alegria…
Se bem que marotinha,
Eu hoje vi-te no brilhar de dia!
Estava sol, mas tu lá no alto aparecias.
Mas ao cair da noite,
Procurando por ti estás dada como desapreciada.
Onde foste? Por onde te escondeste?
Às vezes necessito de ti…
Nem que seja só por uma minguada lábia de prosa.
Sem ti a noite perde seu brilho e termina…
Os namorados não se escapulam,
E o amor, em muitas ocasiões finaliza…