Em ti.
Antes
que perca a cabeça de vez.
Já não
aguento, sentir-te por perto,
Sobre mim.
A, meu lado.
O teu cheiro
e o teu calor.
Ouvir
as tuas palavras! E acções nada.
Não
suporto mais esta atração sexual falhada,
E as tuas
promessas fúteis proclamadas!
Que
raio de relação! Achaste ter comigo?
Que demónio
de homem és? Para não perceberes o meu lado?
Quando
passarás a dar-me valor? E o respeito que mereço?
Quando
anunciarás aos quatro ventos o que significo para ti?
Quando
será o dia que me farás tua mulher na íntegra!
Nunca!
É a resposta, que nunca quis saber!
Ao fim
de tanto tempo e tantos avisos,
Só continua
quem quer…
Por
isso odeia-me!
Odeia-me!
De maneira a não puderes mais perdoar.
Porque não irei mais
voltar! Cansei.
O meu coração
já está em colapso,
O meu
orgulho desapossou-se,
E tudo
o que agora quero é mesmo só um pouco de paz.
Palavras
soltas,
Insistem
em abater-se no meu vazio.
Deixando
transigir curtos excertos a lembrar-me de que estou sozinha.
E filmes infernais corroendo-me a mente.
Mas tornou-se insuportável converter-me em um gira-discos
estragado,
E esperar o impraticável, vindo de ti.
Ao fim de infinitos adeus. Eis o derradeiro e definitivo fim.
Só pergunto: Como pudeste fazer isto comigo?
E rapidamente
recordo,
De dizeres que me agradecias por tudo o que
fiz por ti,
As discussões,
as censuras e os palavrões.
Então
faz algo por ti mesmo,
E por
mim, se o que sempre dizes ser verdadeiro.
Apaga-me
do teu coração e deixa-me para trás.
Eu
continuei por cá, mas distinta. Sem a tua aura de mentiras!
Bem sei
que enquanto estava entregue a lutas contra mim mesma,
Tu
estavas tentando para-las,
Mas não
usaste as armas certas,
Nem os
vectores temporais correctos.
Ainda
que nunca tenhas duvidado das minhas convicções estranhas,
Nem do
querer suicidar-me.
Acabaste
por fulminar as minhas seguranças sobre ti.
Por
isso peço-te: Odeia-me!
Odeia-me mesmo! Por que eu não sou boa para ti.
Nem o contrário!
E sei
bem que nunca mais vais-me ligar de novo,
Assim
como eu.
Nunca
mais vais dizer que me amas,
Assim
como eu.
Nunca mais
vais tentar falar comigo,
Assim
como eu.
Só
porque fui eu que quis esta desunião.
Por
isso apenas te peço: Odeia-me! Mas fá-lo para sempre.
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