- Não.- respondeu
o Hollow.
- Eu quero ter a
minha vida, e com esta coisa de ajudar os outros não posso.
- Como vais ter a
tua vida, se quem amas esta preso perguntou o Hollow.
- Porquê isto
agora de um momento para o outro?
- Não sei.
- Parece que já
vivi tantas " vidas" e todas levam o mesmo rumo.
- Devo estar
assim porque a minha cadela morreu.
- E eu sinto-me
culpada...
- Esquece, dizes-te
que o Tenente João Ricardo prendeu o Rodrigo por desacato a autoridade, ou
melhor dizendo porque ele desconfia que ele é que é o tal cavaleiro.
- Então vamos
mostrar quem é o tal cavaleiro ao Tenente.
O sol já se ponha e a noite caia, estava na hora de entrar
em acção, esperou que acabassem de jantar e que fossem todos dormir.
Ela passou pela passagem secreta do seu quarto, montou e
saiu galopando em direcção da cadeia. Quando lá chegou viu pela janela o
Sargento cochilando, entrou de mansinho e apontou ao Sargento a ponta da espada
e acordou-o.
- Zorro!
- Chiu,
Sargento!!- disse ela encostando a ponta afiada da sua espada a sua garganta.
- Tu és uma
mulher.
- E qual é o
espanto, só agora é que descobriu?
- Como é que isto
é possível, uma mulher gozar desta maneira
com o Exército Espanhol.
- Chega de
conversa fiada, Sargento.
- Vá soltar o prisioneiro
que tem preso sobe suspeita de ser o tal mascarado!
- Vá,
despache-se!!- dizia ela cada vez encostando mais a ponta da espada agora nas
costas do Sargento.
Ele abriu a porta que dava para as celas, desceu as escadas
e foi andando até a cela do Rodrigo, abriu-a. O Rodrigo saiu e ela prendeu lá
dentro o Sargento Odracir. Mas como já tinha dito este dia já estava traçado,
ela vinha a sair da cadeia com o Rodrigo e entretanto apareceu o Tenente João
Ricardo e o Capitão Jonathan com os soldados e surpreendeu-a em flagra.
- Ora, ora o que
temos nós aqui disse o Capitão.
- Pelo menos
sabemos que o SR.Rodrigo não é a pessoa que procurávamos.
- Não podes fugir
Mascarado estas cercado!
- Desculpe-nos
Sr.Rodrigo, mas todos nós nos enganamo-nos.- disse o Tenente.
- Pode se ir
embora.
- Agora não há
aqui mais ninguém que te possa ajudar ou queira, mascarado.- disse o Tenente.
- Espere ai
Tenente!
- O Sr.Rodrigo
não vai a lado nenhum disse o Capitão.
Ele desceu do cavalo foi em direcção do Rodrigo,
colocou-se por detrás dele tirou a espada e colocou-a de lado do pescoço e perguntou:
- VAIS DEIXAR UM
INOCENTE MORRER?!
- Então não
falas?
- Diz-me quem
és?!
- Capitão...
- Cale-se
Tenente!!
- Tudo bem eu
digo-lhe quem eu sou, mas com uma condição.
- E qual é?
- Um duelo de
espadas, Se eu perder eu digo-lhe quem sou, mas deixa-o ir-se embora já.
- É uma condição justa
disse.
- Tudo bem disse
o Capitão.
O Tenente deu-lhe um cavalo para se ir embora, só que o
Rodrigo fez que se tinha ido embora, mas não foi. Fez que estava ido para casa,
mas quando os soldados o perderam de vista escondeu-se pra ver o que
aconteceria a Mascarada.
Eles prepararam-se para começar, ela atacava-o e o capitão
recuava, depois era o contrário. Ela não podia perder e o Capitão também
não...Entretanto o Capitão deu-lhe um golpe e o cabelo dela soltou-se ele nem
queria acreditar que estava combatendo com uma mulher, como já estava a ver que
não a conseguia combater e não podia perder contra uma mulher fez jogo sujo.
Sacou da arma e disparou contra ela o tiro acertou-lhe em cheio no braço
direito, começou-se a ver o sangue escorrendo e fazendo "poça" no
chão. Se continua-se ali por mais tempo perderia os sentidos, onde eles
prendiam-na e descobriam logo quem ela era. Ela assobiou e chamou o Tornado
para a tirar dali, em poucos segundos vindo do nada apareceu o cavalo que
passou por ela. Ela agarrou-se a sela do cavalo, depois endireitou-se. Agarrou
as rédeas e saiu fugindo para a floresta. O Capitão montou, o Tenente e os
soldados e foram atrás dela. O Rodrigo viu que por onde ela passava deixava um
rasto de sangue e que ela estava perdendo as forças...
O tenente, o Capitão e os soldados no seu encalço, como
estava se ninguém a ajudasse facilmente seria apanhada e descoberta. Então eis
que surge uma encruzilhada. Aí ele acompanhou o ritmo do cavalo dela segura-lhe
as rédeas e puxa-o para os arbustos, onde se esconderam, enquanto vêm mais os
soldados, o Tenente e o Capitão seguiram em frente como se a fossem apanhar.
Depois deles terem
desaparecido, ele viu como ela estava e por curiosidade e no estado quê estava
decidiu tirar-lhe a mascara, e qual o seu espanto ver que quem estava por de trás
mascara era a sua amada.
- Não, não pode
ser...
- Durante todo
este tempo...
- Porque é que
nunca me contas-te nada?
- Leva-me para o
meu esconderijo.- disse ela com a mão agarrando o braço direito.
Ela montou o Tornado e em seguida ele, mas quem
"guiava " as rédeas era ele, quando chegaram ao esconderijo uma das
criadas estava cá fora e ao ouvir barulho escondeu-se e foi então que viu a sua
Sr. vestida como o tal mascarado. Isto pode destruir-lhe a vida. Ela
despediu-se do Rodrigo e agradeceu-lhe por a ter levado até casa, mas pediu-lhe
por tudo o que era de mais sagrado que não contasse o seu segredo a ninguém.
Ele jurou que não...mas nunca se sabe.
Ela desmontou o Tornado deixou-o no esconderijo como de
habitual, e as suas vestimentas, quando ia a passar a passagem para o seu
quarto quem havia de lá estar, a sua avó.
- Onde estavas a
está hora?
- A avó não devia
estar a dormir?- perguntei.
- Tu também e não
respondas com outra pergunta.
- Não entendi, o
que é que a avó esta insinuando?
- Onde escondes o
teu cavalo e as tuas vestimentas?
- Mascarada?
- Do que esta a
falar?- perguntei eu fazendo de conta que de nada sabia.
- És o tal
mascarado de que toda a gente fala!
Ela sentou-se na cama, poisou o chapéu e a sua avó disse:
- Estás
arriscando a tua vida, Sara.
- Eu sei, avó.
- Tu prometes-te
que ias para com estás confusões.
- Eu sei, avó.
- Pensei que
tinhas aprendido as lições.
- Avó, precisa
entender é uma missão já destinada.
- Missão?
- Sair no meio da noite, soltado pessoas da
cadeia, confrontando o Tenente, o Capitão, o exército ou os soldados, duelando
com eles!
- Feito uma
bandida!
- Feito uma
bandida, não avó.- disse ela levantando-se.
- Mas isso é uma loucura
insistiu a sua avó levantando-se também.
- Eu não vou permitir
que arrisques a tua vida desta maneira!!
- Chiu, avó, por
favor fale baixo.
- Eu não quero
que ninguém saiba.
- Se estivesses
preocupada com isso, não te terias metido nisso.
- Já paraste para
pensar no risco que estas correndo?
- Metade desta
cidade quer vê-lo morto ou melhor dizendo morta.
- Descanse avó,
ninguém vai matar-me.
- Eu sei o que
estou fazendo.
- Eu não posso
entender-te, arriscares a tua vida.
- Para
quê?!!Porquê?!!
- Eu estou
defendendo um ideal, avó.
- Algo em que eu
acredito...
- Se morrer por
causa disso, morrerei feliz.
- Mas isso é uma
loucura.
- Eu sabia que
não podia esconder isto a senhora por muito tempo.
- Estou sentindo-me
muito mais aliviada.
Dizendo isto saiu do seu quarto, sua avó levou a mão a
cabeças e disse:
- Ai, meu Deus.
- O que é que eu
faço com esta maluca?
- O que é que eu
faço?
Como a recompensa pela identidade do tal mascarado era tão
grande, e a criada estava farta de ser criada e de ter essa vida resolveu ir denunciar
a sua Senhora.
Quando amanheceu a
criada saiu logo cedo e foi até a cadeia para falar com o Tenente.
- Sargento
Odracir, o Tenente João Ricardo esta?
- Está, porquê?
- Ele não pode
ser incomodado se não for importante.
- Eu sei quem é
esse mascarado.
- quer dizer essa
mascarada de fonte segura.
- O quê?!!- disse
o Tenente João Ricardo abrindo a porta do seu gabinete.
- Repita isso
outra vez.
- Você sabe quem
é esse mascarado ou melhor mascarada?
- SEI.- afirmou a
criada.
- E já agora quem
é você?!- perguntou o Tenente.
- Sou uma crida
que trabalha na casa da donzela Rose.
- Sim, eu conheço
essa donzela.
- É ela a
mascarada.
- Desculpe, mas
acha que eu tenho cara de parvo?!- disse o Tenente para a criada.
- A mascarada por
acaso não tinha sido ferida no braço direito?
- Sim, foi o
capitão Jonathan que a feriu.
- Desculpe-me não
é estanho uma donzela daquele tipo aparecer ferida a meio da noite?
- É muito
estranho, de facto.- disse o Tenente.
- Vou investigar,
espero que não esteja enganada.
- Tenente, só lhe
peço uma coisa.
- Não diga que
fui eu que lhe deu esta informação.- dizendo isto a criada retirou-se.
- A donzela Rose,
a Mascarada?- interrogou-se o Tenente.
Entretanto no escritório já de manhã:
- Sabes que estas
arriscando demais a tua vida.
- Mais vale ires
ao Tenente João Ricardo e ao Rodrigo e dizeres lhes.
- Que foste tu
que ajudou a fugir, o rebelde João Pedro, que desmascaraste o vendedor de
vinho, soltaste o Rodrigo da cadeia...
- Acaba com esta
historia de uma vez por todas!
- Não posso!!!
- Podes e deves!!
- Avó, será que
não pode falar mais baixo?!
- O que é que vai
acontecer daqui para a frente?
- Se não me
engano o Rodrigo já sabe e foi ele que te ajudou, caso contrario a menina
ferida não tinha muitas chances.
- E quanto ao
Tenente?
- Conta comigo.
- Eu sabia que
podia contar com a senhora.
- Agora toma mais
cuidado com os passos que dás.
- Sim, senhora.
- Eu agora vou
até a cidade...
- Espera recebi
ontem esta carta...
- E é de quem?
- Adivinha.
- Da...da...da
minha...
- Da tua mãe.
- E o que é que
ela quer?
- Não sei não li
a carta.
Ela começou a ler a carta e desta dizia:
Lamentamos, mas a sua mãe, morreu e deixou-lhe uma casa
como herança e espera ser reclamada.
-
O que diz?
- Diz que
ela...ela morreu.
Ela saiu para a cidade e no caminho quem é que havia de
encontrar o Tenente João Ricardo. Ela pensou para si:
- Só cá faltava
este.
- Bom dia, Rose.-
disse ele.
Desceu do cavalo e
beijou-me a mão direita, que logo por sinal era onde eu tinha sido ferida no
braço.
- Vejo que esta
com um ar muito contrariado.
- Não é impressão
sua, Tenente.
- Será que é
mesmo impressão minha, senhorita?- disse ele andando a minha volta.
- O que esta
querendo insinuar, Tenente João Ricardo?
- A senhorita é
que sabe.- disse ele colocando a mão no meu ombro.
- Vejo que ficou
muito tensa, tem algo a esconder?!
Disse o Tenente fazendo força sobre o meu ombro direito, o
que estava ferido indo-me um pouco a baixo, e o sangue começava a denunciar-me.
- O que esta a
fazer Tenente João Ricardo?!!!- perguntei eu começando a ter dores.
- Nada donzela,
desculpe a minha indelicadeza.
Ela estava a ver a roupa ficar mancha de sangue e este a
escorregar-lhe pela mão e perguntou-se:
- O que é que eu
faço agora?
- Cuidado,
Tenente João Ricardo.- Gritou ela dando-lhe com uma pedra na cabeça.
Mas atenção ela
não o matou apenas o atordoou, assobiou para chamar o seu cavalo Tornado,
montou-o e galopou em direcção da sua casa o mais rápido possível. Ela no meio
do caminho começava a sentir-se mal, com dores, febre...
Quando chegou a casa desmontou o cavalo e nem o guardou, e
entrou em casa. Na sala estava a sua avó, o Julian e o Rodrigo que se
assustaram
- Rose, o que
tens?- perguntou a sua avó.
- O que se
passou?- disse ele quando olhou para o braço direito dela.
- O Tenente João
Ricardo descobriu quem sou eu, e para me livrar dele dei-lhe uma pancada com
uma pedra na cabeça.
- A esta hora já
deve andar atrás de mim.- disse ela afagante e dificuldade.
- Eu tenho de
fugir.- disse ela subindo para o seu quarto.
- Rose espera-
disse o Rodrigo.
- Rose volta
aqui.- disse a sua avó.
- Não vá atrás
dela, deixe-os estar.- disse o Julian.
Ela foi correndo para o seu quarto para fazer uma pequena
mala para levar, só com algumas coisas, mais importantes...
O Rodrigo estava
vindo atrás de mim, quando chegou ao quarto viu-me virada para a secretária
apoiada só com o braço esquerdo, queixando-me de dores e num estado lastimável.
Ele aproximou-se de mim e foi quando desmaiei pois já não aguentava mais. Tinha
a roupa manchada, o sangue escorria-me pelo braço e a febre a subir. Ele tinha
me agarrado...colocando-me em seguida em cima da cama e foi lá abaixo chamar o
Julian. Ambos subiram e o Rodrigo preocupado disse:
- Julian o que
faremos?!
- Não tarda nada,
o Tenente João Ricardo irá chegar.
- Não a podemos
encobrir mais, vai ser descoberta.
- Não, não vai.
- Como assim?
- Podemos dizer
que ela tentou se passar pelo Cavaleiro mascarado.- disse o Julian.
- O Tenente João
Ricardo, não vai acreditar.
- Vai, ele vai
acreditar.
- E como é que
tens tanta certeza?
- O Tenente João
Ricardo tem um fraquinho pela Rose.
- Ela é uma
donzela bonita, rica porque iria arriscar a vida por miseráveis camponeses...
- Tens razão.
Entretanto ouve-se bater na porta do quarto da Rose, era o
Tenente João Ricardo.
- Tenente, o que
faz aqui?- perguntou o Rodrigo.
- Vim prender a Rose.
- Mas Tenente, já
viu como é que ela esta?
- Não vai querer
que ela fique pior?
- Eu sei que o
comportamento dela é inexplicável.
- Mas acha que
uma donzela como esta iria arriscar a sua vida por miseráveis camponeses...?
- De facto tem
razão.
- Ainda por cima
uma mulher, onde é que já se viu uma mulher pensar que pode derrotar os homens.
- Tenho que lhe
voltar a dar razão.
- Veja o que o
comportamento dela lhe provocou.
- É melhor chamar
um médico, ele não esta muito bem.
Enquanto o médico não vinha, o Rodrigo velava por mim a cabeceira,
não aguentava o meu sofrimento e o meu delírio. A febre aumentava e as dores
também. O médico finalmente chegou examinou-me a ferida, tratou-a, receitou-me
uns remédios e disse que tinha de repousar muito. Ao fim de cinco dias já
estaria óptima.
Os dias iam
passando e o Rodrigo sempre a velar por mim, outras vezes quem ia lá era o
Tenente João Ricardo. A medida do tempo as dores iam passando a febre
diminuindo até ao quarto dia ela acordar.
- Então, como
estas Rose?- perguntou o Rodrigo.
- Com um pouco de
dor no braço direito, com dores de cabeça, mas fora isso estou bem.
- Tenho de me
levantar, o Tenente...
- AI...
- Rose, pára.-
disse o Rodrigo.
- Tens de
descansar, tens de repousar, o Tenente João Ricardo já cá esteve.
- O quê?!
- Tenho de me
levantar...
- Rose, tens de
ficar deitada e quieta para que a cicatriz não se descosa.
- O Tenente João
Ricardo, acreditou na historia que lhe contamos.
- Por isso quando
recuperares, podes fazer a tua vida longe daqui.
Eu comecei a fazer uma cara de sofrimento, pois com o
movimento que fiz começaram as dores de novo e a febre. Fazia força nos dentes,
mas o Rodrigo já sabia e disse:
- Vês, eu
disse-te.
- Toma estes
comprimidos, logo já estarás melhor.
Ao tomar os comprimidos, segundos depois adormeci, e o
Rodrigo ficou ali sentado olhando por mim e para mim, vendo que teria de me
deixar, mal recupera-se. E enquanto dormia ele beijou-me...
O tempo passou. Eu recuperei, e comecei a fazer as malas
pois chegou a hora do adeus. Não quis falar, porque em certas alturas o
silêncio é o melhor conforto, e vale mais que mil palavras. Parti, deixando
para trás toda a minha vida, os meus amigos, o meu fiel cavalo, tudo e para
sempre. A partir daqui, já ninguém me conhece, já não sou ninguém, agora só me
resta o confronto com o futuro, para esquecer o passado. E parti num carro de
aluguer.
Finalmente chegou
a essa tal casa, numa aldeia esquecida pelo mundo. A casa aparentemente era
velha por fora, mas de seguida subi quatro degraus e bati á porta, aguardei.
Mas nada, então voltei a tentar mas com mais força, voltando a aguardar. E foi
então que se ouviu:
- Vou já!
A porta abriu-se e apareceu um homem de 25 anos, que ainda
vinha a vestir a camisa, e eu perguntei:
- Esta é a casa
da Morgan?
- Sim.- respondeu-me ele com a cabeça.
- Sim.- respondeu-me ele com a cabeça.
- E quem é você?
- Ninguém, moro
aqui.- respondeu-me ele.
- Entra.
Entrei, a casa estava toda desarrumada, em más condições,
uma espelunca e a precisar de ser pintada. A sala tinha uma lareira do lado
esquerdo, do lado direito tinha um sofá com o rádio ao lado, em frente a
cozinha. Junto a lareira tinha um candeeiro, a entrada uma outra cadeira mas de
estar com um candeeiro junto da parede.
- Bela casa.-
disse.
- Obrigada.
- Fazemos por
isso.
- Não tem idade
para ser o José.
- Pois não,
porque eu sou o Russell.
- Os meus
sentimentos.
- És muito
parecida com ela.- disse o Russell.
- Desculpe
acorda-los tão cedo, ainda nem é 11h30.
- José!- disse o Russell.
- Temos
companhia.
- Acorda.- disse
o Russell indo a cozinha.
- Podes pousar as
malas, a gente não te morde.- disse o Russell voltando da cozinha.
- Sumo?
- Não, obrigado.
Pousei as malas e esperei, enquanto o Russell abria a
porta onde o José estava deitado. Ao ver este estava todo desarrumado e imensos
livros, caixas, uma confusão.
- Levanta-te!-
disse o Russell enchendo o copo para o José daquele suposto sumo que era álcool.
Eu estava na frente da porta vendo isto, o José debaixo
dos lençóis com a mão de fora a espera do copo e perguntei?
- Quando é o
funeral?
- Foi ontem...-
disse o Russell.
- Devias ter lá
estado menina.- acrescentou o José.
- Deves ter vindo
por alguma razão.
- Já deves saber
do arranjo com a casa.
- Que arranjo?-
perguntou o Russell baixinho ao José.
- O arranjo!-
exclamou o José com o copo na mão.
- Eu explico qual
é?
- A Morgan deixou
a casa a nós os três.
- O Russell e eu
temos 2/3 e tu 1/3.
O Russell que estava sentado na outra cama na borda olhava-me
e ao ouvir isto olhou para o José com ar de interrogação.
Sem comentários:
Enviar um comentário