domingo, 5 de agosto de 2012

O Principio e o Fim do Inferno III: Autora: Sara Gonçalves - excerto 1


A nossa heroína regressa de novo com novas aventuras. Zorra, a aventureira mascarada, ajuda os oprimidos e castiga os criminosos, deixando sempre a sua imagem de marca o S feito com a sua espada. Todos querem saber quem ele realmente é ou melhor dizendo ela, mas esta consegue sempre escapar sem ser identificada. Zorra ou Namtab uma vez mais a ajudar os seus amigos, a salvar a população das maldades do Tenente João Ricardo. 
  Era uma manhã como tantas outras, um dia magnífico, radiante, por enquanto. Acordou, espreguiçou-se, vestiu-se. Foi tomar o pequeno-almoço, mas ninguém estava tomando e apercebi-me de que o dia já estava traçado, foi quando apareceu o Hollow.
-    Hoje estas muito gira.- disse o Hollow.
-    Onde estão todos?- perguntei.
-    Já estão a fazer as suas tarefas, tu é que dormiste mais um pouco.
-    Já me ia esquecendo, o Rodrigo está a tua espera lá fora para irem passear, ir a cidade.
-    Já estou indo, obrigado.
-    Sara...- disse o Rodrigo.
-    Hoje estás muito bonita.
-    Obrigada.- disse eu.
Na cidade:
-    Agora vais paga-las meu rapaz.- disse um soldado que esta agarrando pelos colarinhos um pobre de um comerciante.
-    Mas eu juro que não fiz por mal.
-    Tenho de ganhar a vida, por favor liberte-me.
-    Nós fartamo-nos de trabalhar para proteger rale como tu, seu miserável.- disse um soldado.
-    Mas eu não fiz por mal.- disse o comerciante.
Dizendo isto o soldado deu-lhe um muro que o jogou para cima da sua bancada de fruta.
-    Eu já te vou ensinar.
-    Eis o vosso almoço rapazes.- disse o mesmo soldado.
Então os soldados começaram a destruir tudo, a banca de fruta, os cestos...enquanto o pobre do comerciante implorava que não fizessem isso, e ainda acabou por levar outro muro.
  Entretanto um grupo de pessoas se formava para ver aquilo, e nós também começamos a fazer parte desse grupo até que:
-    Parem imediatamente com isso!!- disse o Rodrigo.
-    Porque não se metem com alguém do vosso tamanho.
-    Ora, ora, ora o que temos nós aqui?- perguntou um soldado com ar de gozo.
-    Queres lutar com nós rapaz?
-    Rodrigo, espera!
-    Que queres rapariga, procuras sarilhos?!
-    Ora, esperem ai amigos não nós precipitemos.- disse.
-    Cala-te!- disse um dos soldados.
  Este queria dar-me um muro vejam só, mas eu desviei-me, e ele caiu ao chão.
-    Eu desejo-lhe maior sorte para próxima.
Entretanto veio outro querendo-me fazer o mesmo, esquivei-me, recuei e depois o soldado disse:
-    Agora é que te apanhei.
Eu voltei a desviar-me e o primeiro soldado que caiu no chão estava levantando-se, como eu desviei-me o muro que vinha para mim foi direito a ele.
-    Ai, rrr...
-    Porque é que fizeste isto?!!
-    Não fui eu, eu não fiz nada.- disse eu depois de me ter afastado deles.
O soldado que levou o muro não gostou nada do que fiz, sacou da espada para me ferir ou matar, só que fui mais rápida ao recuar. Joguei-lhe uma pedra com a ponta do pé. Que foi- lhe acertar em cheio no meio da cara.
-    Oh, lamento imenso.- disse.
O soldado já estava tão irritado que agarrou na espada e vinha na minha direcção, e de repente só se vê a espada cair no chão.
-    Tenente.- disse o Soldado.
-    Já chega.
-    Está bem minha querida?- disse ele beijando-a na mão.
-    Devia controlar melhor os seus soldados, Tenente.- disse.
-    Sara, hoje está muito zangada.
-    Mas esta cheia de razão.
-    Oh, meu Tenente temos de continuar a patrulha.- disse o Sargento Odracir montado a cavalo.
-    Têm razão Odracir.- disse o Tenente.

Os soldados começaram a retirar-se, entretanto o Rodrigo aproximou-se da Sara suspirando com a mão no peito disse:
-    Ai, ai...
-    Só sabem é provocar.- disse eu.
-    Sara, Rodrigo!
-    São vocês?
-    Ah?!- interrogávamo-nos virando-nos para trás.
-    Sou eu o Ocsav.
 Neste momento lembramo-nos de quando estávamos a praticar combates de espada com ramos de árvore e o Rodrigo estava sentado na fonte.
-    "Sou melhor que tu!- disse o Ocsav para a Sara.
-    Cuidado, uma cobra.- gritou o Rodrigo.
-    Á!!- GRITOU o Ocsav mal ouviu o que o Rodrigo disse."
-    Não mudaste nada.- disse eu para o Ocsav.
-    Não acham aqueles soldados magníficos?- perguntou o Ocsav.
-    Ocsav como podes dizer uma coisa dessas?- perguntou o Rodrigo.
-    Eles são apenas uns gabarolas armados em importantes.- respondi.
-    Falo a serio.- disse o Ocsav.
-    Quem me dera ter uma farda igual ao do Tenente.
-    Mas que infantil.- respondi-lhe.
-    As raparigas não percebem nada.
-    Rodrigo diz alguma coisa.
-    DE facto eles ficam muito elegantes de uniformes.
-    Ai.- suspirei.
-    Esperem e verão. – disse o Ocsav indo-se embora..
  Entretanto na casa do pai do Ocsav:
-    A pólvora é suficiente?
-    Chega para fazer a base militar ir pelos ares.
-    Onde é que a escondeste?- perguntou o pai do Ocsav.
  Nesse momento o seu filho tinha chegado a casa e ia a passar pelo corredor quando ouviu e resolveu pôr-se a escutar atrás da porta
-    Numa gruta nas montanhas.
-    E tens a certeza de que é seguro?
-    Claro que sim, fica descansado.
-    Ninguém vai lá a cima nem se quer os soldados.
-    Muito em breve uniremos forças contra o exército.
-    E havemos de o derrotar.
-    Oh, não eles veem ai, tenho de me esconder.- disse o Ocsav.
Abriram a porta, o amigo do seu pai foi-se embora, mas o pai viu-o e chamou-o.
-    Ocsav, não te ouvi entrar.
-    Olá pai, acabei de chegar.
-    Há algum problema, estas pálido?
-    Não eu estou bem pai.
Ele foi-se embora e a meu do caminho disse:
-    Desta vez foi por pouco.
-    Parece que hoje estou com sorte.
Já era noite, uma noite linda e calma, entretanto na cadeia:
-    Uh, pólvora dizes tu?-interrogando-se com os pés em cima da secretária.
-    Juro que é verdade.- continuava a afirmar o Ocsav.
-    Eles dizem que têm o suficiente para fazer explodir a base militar.
-    Ela esta escondida nas montanhas.
-    Isso é muito interessante, mas eu preciso de saber quem está por detrás desta insurreição.- disse o Sargento.
-    Não tenho a certeza, mas ouvi-os a conjurar.
-    Juro, juro que é verdade.
-    Não estarás a ver se consegues a recompensa com uma informação falsa?- perguntou o Sargento.
-    Não, não é verdade.
-    Não há duvida...
-    Então quer dizer que acredita?- perguntou o Ocsav.
-    Não era isso que eu ia dizer.
-    Não há duvida que é uma historia interessante, só que não acredito numa só palavra.   
-    Talvez o Tenente João Ricardo, o escute.- disse o Sargento começando a rir.
Neste preciso momento a porta abre-se, o Sargento fica com um efeito de estátua, e ouve-se uma voz autoritária perguntar:
-    O que é que eu devo escutar, Sargento Odracir?!
O Sargento já estava paralisado ao vê-lo entrar, quando ouviu isto caiu da cadeira a baixo. Passado alguns minutos, só se viu metade do exército sair montados a cavalo juntamente com o Ocsav em direcção da montanha.
  Após algum tempo de estarem a cavalgar chegaram a montanha, desmontaram e alguns foram em direcção da gruta.
Entretanto já dentro da gruta:
-    Não posso acreditar que o Tenente João Ricardo tenha caído numa historia tão estúpida.- disse ele para os dois soldados que iam com ele.
Entretanto a cinco metros ouve-se o Tenente João Ricardo perguntar:
-    Já encontraram alguma coisa, Sargento Odracir?!!
-    Ainda não, Senhor!
Acabando de dizer isto voltou-se para a frente, e ao dar um passo, só se ouve um enorme estrondo. O Sargento Odracir, mais os dois soldados tinham caído cá em baixo, onde estava a pólvora escondida.
-    Porquê é que os trabalhos perigosos calhão sempre a mim?!- disse ele com a mão na cabeça.
-    Tenho a certeza que parti a perna.
Dizendo isto levantou a tocha, que por incrível que pareça ainda estava acesa e foi quando viu a pólvora.
-    Encontrei-a, encontrei a pólvora.
A seguir a isto só se ouvir uma grande explosão, a Sara veio a janela do seu quarto e em seguida o pai do Ocsav que percebeu o que estava a acontecer e disse:
-    Espero que não tenha sido a pólvora.
De volta a montanha:
-    Mas que belo espetáculo, e era uma vez uma conspiração.- pensava o Ocsav.
Já na cadeia quase de manhã, o Tenente João Ricardo pôs-lhe o dinheiro da recompensa em cima da secretária e disse:
-    Toma a recompensa, bem a mereces.
-    Não quero dinheiro da recompensa.
-    Por favor deixe-me entrar para o exército.
-    Entrar para o exército?!- disse o Sargento aproximando-se do Ocsav.
-    Tu sabas lá o que é ser soldado.- insistiu o Sargento Odracir agarrando-o pelos colarinhos.
-    Não vejo, porquê não.- respondeu o Tenente João Ricardo.
-    O quê?!- exclamou o Sargento.
-    A serio?- perguntou o Ocsav.
-    Podes alistar-te no exército se descobrires mais informações.
Já era de manhã e ele andava pelas ruas da cidade de farda todo contente da vida. Sem querer fui sujo por um bocadinho de lama e disse:
-    Quem é que fez isto?!
-    Fui eu, Ocsav, desculpa.- disse o Hollow.
-    Têm mais cuidado.- disse o Ocsav.
-    Não te reconheci.
-    Tens uma farda do exército?
-    Claro que tenho entrei para o exército.
-    E que tal estou?- perguntou o Ocsav.
E rindo-se, tomou de volta o seu caminho pelas ruas da cidade e o Hollow disse:
-    Ele ficou tolinho.
Na mansão da Sara, cá fora no pátio/jardim:
-    Explica-me querida filha, como é vão as coisas entre ti e o Rodrigo.
-    O que queres dizer com isso, avó?- perguntei.
-    Tu vais casar-te com ele?
-    O que é que a  leva a pensar uma coisa dessas?
-    É um estúpido, infantil...
-    Mas Sara...
-    Já sabem da novidade?- perguntou o Julian que vinha na carroça da cidade.
-    Dizem que o Ocsav entrou para o exército.
-    O Ocsav?- interroguei-me.
Em casa do pai do Ocsav, no escritório de preferência:
-    Um informador, mal posso acreditar.  
-    Não pode seu um de nós...
-    Mas os soldado foram direitinhos a polvora, porque sabiam onde a procurar.
-    Se é assim estamos em maus lençóis.
-    Não posso acreditar que tenhamos sido traídos por um dos nossos homens.
-    O que fazemos?
-    Paramos, por uns tempos...- disse ele acompanhando o seu amigo a porta.
Entretanto sentou-se no sofá, e em segundos apareceu-lhe o Ocsav vestido com a farda de soldado.
-    Ocsav, és tu...!
-    Que acha pai?
-    Que tal estou?
-    De quem é essa farda?
-    Deram-ma como recompensa.
-    Recompensa de quê?
-    De uma informação ao exército.
-    O que foi que tu fizeste?!
-    Não se preocupe, eu não lhes falei do seu nome.
-    Foste tu que lhes contaste!
-    Não se zangue, já não precisamos de lhes obedecer mais, porque eu agora faço parte do exército.
-    Traidor, tira-me essa farda imediatamente!
-    Solte-me.
-    Parvo, não percebes o que fizeste?!
-    Percebo pois, esta com inveja.
-    Tem inveja do meu sucesso.
O Ocsav, saiu porta fora, e vinha pelo caminho a dizer para si:
-    Não sabe o que diz.
-    Ele devia se sentir orgulhoso de ter um filho soldado.
-    Nunca esta satisfeito.
Ele foi ao quartel, entrou e o Tenente João Ricardo chamou-o ao seu gabinete.
-    O que quer Tenente?
-    Tenho uma missão importante para ti.
-    De que se trata?
-    Parece que tens muito jeito para saber informações.
-    Por isso quero que descubras o esconderijo do Mascarado.
-    O esconderijo do Mascarado?!
-    Se conseguires, nomeio-te director dos serviços secretos militares.
-    Sim, Tenente não há problema.- disse o Ocsav retirando-se.
-    Não vai nomeia-lo director dos serviços secretos militares, pois não?- perguntou o Sargento Odracir depois do Ocsav ter saido.
-    Claro que não.- respondeu o Tenente João Ricardo.
-    Quando soubermos o que queremos, livramo-nos dele.
Na casa do Pai do Ocsav:
-    Va lá, pai.- disse o Ocsav sentado balançando a cadeira
-    O senhor deve saber qual é o esconderijo do tal mascarado.
-    Vá lá diga-me, com certeza que sabe.
-    A minha promoção depende disso.
-    A tua quê?!- gritou o pai, e o Ocsav caiu da cadeira.
-    És a única pessoa na aldeia que admira os soldados,todos os odeiam porque nos fazem sofrer.
-    Sai imediatamente da minha vista!
Dizendo isto saiu e veio falar com a minha avó e o Julian. Eu estava cá fora a arrumar o fardo da palha. Este olhou para a janela e disse:
-    Que hei de fazer?
-    Todos odeiam os soldados, e o meu filho é um deles.
-    Quem me dera que ele fosse mais parecida com a sua neta.
-    A Sara é corajosa de mais para o meu gosto...- disse a avó.
-    Já acabei, avó.
-    É melhor ser assim, do que ser ambicioso.
-    O quê?!- disse eu para mim mesma.
-    Agora, até quer uma promoção.
-    Se descobrir o esconderijo do Mascarado.
Ao ouvir isto, fiz um sorriso maroto, pois tinha acabado de ter uma optima ideia.
-    Desculpe, já chega de me queixar.- disse o pai do Ocsav.
-    Bom, adeus amigo.
-    Senhora, e donzela.
-    Coitado, aquele filho só lhe dá problemas.- disse o Julian
-    Parece que a Mascarada vai ter problemas.- disse eu em pensamentos.
Eu fui a sala e vi o Hollow a tira uma peça de fruta quase na hora do Jantar e disse:
-    Hollow o que estas a fazer?
-    Desculpe, tinha fome.
-    Hei, Sara pregaste-me cá um susto.
-    Hollow és capaz de me fazer um favor?
-    Claro, Sara.
Algumas horas depois, já estava a entardecer, e o Ocsav estava deitado em cima da cama com uma maça a pensar quando viu um vulto a passar-lhe pela janela.
-    O que é isto?!- disse o Ocsav indo a janela.
-    Quem será?
-    É o Mascarado.- afirmou o Ocsav vindo cá fora.
-    Foi-se embora.
-    É rápido de mais para mim.
-   O que é isto?- disse o Ocsav vendo um bilhete no chão com uma pedra por cima.
  Ele pegou nela e nesse bilhete leu-o e disse:
-    É um bilhete do Mascarado para o meu pai.
Já noite, depois do Ocsav tinha ido contar ao Tenente e levou-o à barragem, onde havia uma casa de madeira. Que segundo o bilhete era o esconderijo do Mascarado.
-    É aqui.- disse o Ocsav.
-    Cerquem-na.- disse o Tenente.
-    Tens a certeza de que o Zorro, esta ali naquela casa?
-    Absoluta, Tenente.
-    Ele deve estar lá dentro a conspirar com os seus rebeldes.
-    Muito bem, então vais lá. Ver se eles estão lá.
-    O quê?!
-    Eu é que vou lá dentro?
-    Mas é claro, estamos aqui devido a tua informação.
-    Mas eu senhor....
-    Obedece as ordens, soldado!- disse o Sargento.
-    Esta bem, eu vou..
Ele caminhou em direcção da porta, abriu-a, mas caiu de rabo no chão. Entretanto o Tenente aproximou-se olhou e disse:
-    Com quem então ele não estão aqui.
-    Sargento Odracir prepare uma emboscada para os apanhamos quando voltarem.
-    Mais calminha, Tenente.- disse eu montada no meu cavalo, no monte em frente a tal casa.
-    É o Zorro!
-    Foi simpático em ter vindo.- disse.
-    É uma cilada.- disse o tenente.
-    Foram burros em cair numa esparrela desta.- disse o Holllow montado no seu cavalo.
-    Eu trato dele.- disse o Sargento.
-    Estão esperando o quê?!
-    Mantem-nos!!
Todos tiraram as suas espadas e ficaram a olhar para mim, eu tirei a minha espada e saltei cavalo cá para baixo e comecei a duelar com os soldados. Todos eles já estavam no chão com a Tal marca Z. Enquanto eu esperava que o Hollow abrisse a torneira da barragem. Quando um soldado estava a subir para apanhar o Hollow, este empurrava-o com o pé e gritou:
-    Zorro!
Eu livrei-me do soldado com quem estava a duelar, tirei o meu chicote, lancei-o e puxei esse soldado pelo pé. Mandando-o para cima dos outros dois que tentavam o mesmo. Fui a correr para ajudar o Hallow a abrir a torneira quando o Tenente João Ricardo me ia espetar com a espada, virei-me e defendi-me. Comecei a duelar com o Tenente, este queria a todo o custo feri-me, matar-me e ou descobrir quem era, até que me encostou a parede.
-    Que achas!- disse o Tenente indo-me espetando a espada.
Ao fazer isso eu baixei-me e deixe um pontapé na perna que o lançou ao chão, e depois disse:
-    Isso não é leal.
-    Fizeste batota.
-    Lamento, mas o seu tempo esgotou disse eu dando o sinal ao Hollow para abrir a torneira.
-    Oh, não é o sinal.- disse o Hallow meio atrapalhado por ainda não ter aberto a torneira.
-    Vá lá, mexe-te!- disse o Hollow, e nesse instante a torneira abriu-se.
-    Acho que é hora do banho rapazes!- gritou o Hollow.
Nesse instante passou o Tornado, montei-o de relance e sai dali. O Tenente, viu-me no monte e disse:
-    Zorro, irás pagar por isto!
-    Só achei que era altura de lavar os seus pecados.- respondi.
-    Adios amigos.- disse eu indo-me embora.
Já era quase de manha, o Ocsav conseguiu subir para cima do telhado da casa e disse ao Tenente:
-    Foi mesmo a risca.
-    A culpa é toda tua Ocsav.
-    Não prestas pra soldado!
-    Mas Tenente...
-    Já chega, sai-me da frente.
Depois de tudo, fui a casa do Ocsav, entrei no quarto e vi ele triste sentado na cama. Coloquei-lhe a mão por cima do ombro e disse:
-    Que tens?
-    Sara...
-    Disseram-me que nem se quer queres comer.
-    Eu estava enganado...
-    Conta-me.
-    Eu queria ser um soldado como os outros, mas fui um parvo.
-    E agora desiludi o meu Pai.
-    Sinto-me tão envergonhado disse o Ocsav com lágrimas nos olhos.
-    Há uma maneira de remediar o que fizestes disse.
-    Como, que posso fazer?
-    Fala com o teu pai, ele vai entender.
-    Com o meu pai?
Eu fui a varanda, o pai do Ocsav viu-me e perguntou:
-    O que se passa, menina?
-    Só vim dizer que já estou de saída, mas o seu filho tem algo para lhe dizer.
-    Desculpe-me pai.
No dia seguinte:
-    Hollow aconteceu alguma coisa na cidade?
-    O Tenente João Ricardo...
-    O que é que ele fez?
-    Diz-me!
-    Prendeu o Rodrigo.
-    É melhor irmos conversar para o meu quarto.
-    Mas porquê perguntou ela já no quarto com a porta fechada.
-    O que é que ele fez?
-    Ele tentou ajudar umas pessoas do povo e o Tenente João Ricardo prendeu-o por desacato a autoridade.
-    Mas eu acho que ele pensa que ele é que é o tal mascarado.
-    Uma coisa é certa a maldade nunca vai acabar, por mais que lute contra ela.
-    É melhor abandonar esta minha segunda vida, antes que alguém descubra quem sou eu.
-    Este mito em que me tornei, nunca devia ter acontecido.
-    Eu não sei onde estava com a cabeça para fazer este disparate.
-    Sara, não te esqueças que já ajudas-te muitas pessoas.
-    Pois, e quem me ajuda a mim?
-    Eu não posso continuar, não posso continuar esta vida de mentira.
-    Não posso continuar esta mentira.
-    Agora, a cima de tudo não podes desistir.
-    O que sabes tu, ainda és tão novo disse ela para o Hollow.
-    Já te esqueceste quem esta a esta hora preso numa cadeia por tentar ajudar o povo?
-    Queres que me aconteça o mesmo?





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