quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Singulares lembranças


Longos períodos lustres[1]
Em que as minhas memórias
Bem, podem ser convidativas,
Senão, muito depreciativas.
Então eu sento-me e choro, não posso acreditar, que possa ser o fim
O tempo não pode apagar tudo, o que tenho no meu coração!
Se isto for real, não quero saber! Não, não fales! Não preciso das tuas razões
- Está tudo terminado. Acabou…
Não! Liberta-me da dor, ameniza-a. Liberta-me, liberta-me!
Absorve-me, desencobre os meus sinais, sente a minha dor
Percebe-me… cinde -me, compunge-me,
 Liberta-me da dor! Não quero saber! Mas liberta-me!
Seja de que maneira for!
- Não posso, essas trevas indeterminadas, que transportas no interior da tua alma delatam-te… en­contra o teu espírito… só então poderás descansar.
Horas, dias, meses e anos, compreendi uma coisa nessas etapas,
Ninguém pode profetizar a vida.
Não dá para evitá-la tentando a contornar como a uma rotunda,
Ou ten­tar planejar tudo antecipadamente,
Não se pode prever uma perda ou uma zanga fatal.
E por isso, que o passado é importante,
De­vemos aprender com ele. É disso que tens de lembrar. Aprender e continuar em frente. O futuro trará as suas próprias incertezas, dores e mo­mentos de escuridão,
Mas também haverá muitas alegrias.
- Ouve…                                  “ Se sabe que vai para o céu,
Não precisa se preocupar com a morte.
Se não precisa se preocupar com a morte,
Então porquê se preocupar com outra coisa?
Coisas ruins sempre vão acontecer,
Mas não precisa, deixar de ser feliz. ”


[1] Corresponde a 5 anos

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