domingo, 20 de janeiro de 2013

انها حتى


Achas mesmo que me conheces de verdade?
Possuo várias chagas, e não apenas uma simples cicatriz, embelezando o corpo. Como as que circulam por aí entre nós.
Se se apaixonam, é pela fraqueza dentro de mim. Nunca fui quem aparento, nem a fraca que demonstro.
São capazes de imaginar o que significa chorar horas a fio e ao ser descoberta. Tornar-me na maior chacota da época? Cuspirem-me na cara injúrias, insultos e zombarias?
Por acaso, mas só por acaso sabes o que é sofrer por imposição. Não por escolha tua? Ou então melhor, já sentiste culpa e remosos por um ultraje, uma trágedia descomunhal devido a acções várias? Deliberadamente culpado! Por bem ou por mal... Condenação perpetua.
Gostas de mim? Estarias lá sempre para mim? Então mostra-me que isso te importa e chora. Afinal de que forma me vês?  Uma peça única? Mas quando sangro, podes contemplar o que o meu sangue da mesma cor que o teu.
Como ser capaz de amar esta proscrição, ou como posso eu te desejar? Quando a minha dor, a tua dor, é a minha dor e a mesma que a tua? A dor só minha é terminal.
Há sempre uma alternativa. Um outro caminho. Haverá?
Parece que aprendi a ser como todos vocês... ralé. Primeiro eu! Contudo será que ainda verei no teu olhar o desejo? Será que ainda ouvirei o que sentes quando me vês? Será que me despedaçará entrarmos no mesmo barco? Mas a minha dor, é a tua dor, e a minha dor é a mesma que a tua. A dor é incurável  Não somos anjos afinal. Onde andava com a cabeça. Mandei silenciar as vozes na minha cabeça. Abdiquei de juras e ocasiões. E sempre ouvi um não! Dentro da minha cabeça! Flashes incontáveis  Arrependimentos vorages! Uma alegria disfarçada. Um campo minado. Sim. Foi isso até agora a minha vida. Um campo minado esperando sempre que pise o sitio errado. Bocados da alma arrancados e agonia eterna. E na minha cabeça o constante conflito. Há sempre uma alternativa. Um outro caminho. Mas haverá mesmo? A serio que é algo que cada vez menos acredito.
O coração neste caso não tem opinião. Teria sofrido o dobro, se não triplo se sempre o tivesse levado em consideração. Já chega! Qual é a lei existencial que dá às pessoas o direito de fazer, o que fizeram... comigo? Qual é o meu mal? Que maldição? Que azar!
Está tudo tão calado. Devo ter perdido a cabeça. Silêncio. Só procuro um bafo de vida. Pura. Genuína!
Agora achas mesmo que me conheces de verdade? Ainda não viste nada.

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