terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Recortes: TIC TAC - Next


Eu já perdi. Já esqueci. E absolvi. Agora escrevo um novo final para a minha fábula surreal.
Quem sou? Não importa. É passado. Apagou-se. Esqueci!
Por várias noites chorei, até confesso que pensei em desistir. De sonhar, de acreditar e de lutar. Dei comigo bem perto do fim. Mas antes da queda, compreendi a tempo que a esperança não acabou! Lançam-se farpas contra mim, inflama-se a alma.  Então pergunto: quem és tu? Quem sou eu? Escolheste a parte mais fácil  e eu optei pelo kafkiano. Por isso não estou mais aqui. Segue-se o presente  Cansei de querer perder, porque se perder, não vou vencer. Não posso matar o que nasceu comigo, respirando ainda sonhos e vida. Nem sempre a morte é a melhor saída, quando ainda nem vivi metade da vida.
Ficar remoendo fragmentos e passados é morrer cada dia um pouco mais. Eu não sou Deus, nem nada do género para me intrometer nestas transições alem-terra e mar.

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