Eu já perdi. Já esqueci.
E absolvi. Agora escrevo um novo final para a minha fábula surreal.
Quem sou? Não
importa. É passado. Apagou-se. Esqueci!
Por várias noites chorei, até confesso que pensei em desistir. De sonhar, de acreditar e de lutar.
Dei comigo bem perto do fim. Mas antes da queda, compreendi a tempo que
a esperança não acabou! Lançam-se farpas
contra mim, inflama-se a alma. Então
pergunto: quem és tu? Quem sou eu? Escolheste a parte mais fácil e eu optei
pelo kafkiano. Por isso não estou mais aqui. Segue-se o presente Cansei de
querer perder, porque se perder, não vou vencer. Não posso matar o que nasceu
comigo, respirando ainda sonhos e vida. Nem sempre a morte é a melhor saída, quando ainda nem vivi metade da vida.
Ficar
remoendo fragmentos e passados é morrer cada dia um pouco mais. Eu não sou
Deus, nem nada do género para me intrometer nestas transições alem-terra e mar.
Sem comentários:
Enviar um comentário