Hoje vou sair com o Gustavo. Vamos
almoçar e depois ver um filme que estreou nos cinemas. Ainda me sinto
incomodada com ele por perto. Porém sei que assim estou protegida de possíveis atentados pela parte masculina. A minha avó achou que me faria bem. Mas o que
me intriga foi ela nem se opor a este casamento espontâneo Acho que me anda a
esconder muita coisa desde que sai do hospital. No entanto parece-me mais feliz
e aliviada.
Toca a
campainha. O Gustavo chegou. Neste momento penso nas pequenas coisas que tornam
a vida boa. E sinto uma sensação estranha, que acho que não mudaria. Será que
encontrei um lugar seguro, sem lágrimas pela primeira vez na vida? Sinto-me
calma e confiante.
Essa inocência
é brilhante. Espero que dure porque este momento da minha vida tem sido
perfeito. Contudo quem me pode assegurar que ele não esteja fazendo disto um
jogo para me ludibriar, depois usar, jogar fora e desfazer tudo que se
comprometeu a fazer? Já se passaram alguns meses é
verdade. Mas os medos atormentam me. Só que agora parece que as coisas
tornara,-se tão fortes, acho que agora posso ser sincera comigo mesma e com os
outros. Sinto-me mudada e feliz.
Mas tudo isto foi rápido demais como
nos sonhos. Quando acordei tardiamente disto. Percebi que caminhava como um
cordeiro direitinho para o matadouro. Ele tinha uma namorada! Como pude me
esquecer! Eu sempre a vi com ele enquanto estagiava. E lá estava ela no mesmo
restaurante. Que ironia!
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