- O que está a
fazer aqui? O que quer de mim?
- Vim saber como
estavas. A tua avó pediu-me para te procurar.
- A minha avó? Está
a tentar enganar-me. O que quer verdadeiramente de mim? Também quer divertir-se
é? Juro-lhe que se tentar alguma coisa comigo não hesitarei em mata-lo.
- Calma Nina. Eu
não quero fazer-te mal. Juro. Só queria saber como estavas.
- E porque razão
isso lhe interessa? Nem me conhece sequer. Vá embora. Se não eu grito.
- Calma. Não é
preciso. – Disse aproximando-se.
- Eu já o avisei! –
Gritei infligindo-lhe um golpe no braço.
Ele assustou-se. E
só então reparou que sangrava. Levou a mão ao corte e encarou-me sério.
- Guarda essa
navalha Nina. Se eu quisesse mesmo o teu mal, achas que me tinha dado ao
trabalho de andar nas sombras só para não te perder! Sim. Não faças essa cara.
Fui eu que te salvei. Fui eu que estive lá quando estiveste inconsciente durante
dias. E continuei lá depois de acordares, porém só aparecia para te ver quando
já estavas a dormir. Sendo homem a minha presença só iria te prejudicar.
- Eu não acredito
em nada do que está a falar! E a minha avó jamais permitiria tal coisa. Mal me
conhece e à minha família O que quer de mim afinal! Ou melhor da minha família Por que não desaparece de vez!
- Por que te amo
Nina. Desde o primeiro dia que te conheci que nunca mais fui o mesmo.
- O qué! Está a
gozar-me? É muito mais velho que eu! Sei bem que tem namorada. Para quê este
circo, tenho cara de fácil? Ou de palhaça!
- Saía daqui já! Ou
vou gritar. E se aproximar-se de novo eu mato-o!
- Pára Nina. Até
podes matar. Mas eu estou a dizer a verdade!
- Não me importa o
que diga. Os homens não prestam. E mesmo que isso fosse verdade. Eu não quero
nada consigo! Bastou-me o primeiro! E as marcas que deixou! Vá embora já lhe
disse.
- Não mintas. Os
teus olhos atraiçoam-te. E eu ouvi-te chamares o meu nome nos teus delírios Se
não sentes nada por mim, porque me chamavas? Se não acreditas mesmo em mim.
Então proponho-te um acordo. Eu vou pedir a tua mão à tua avó. Usaremos o tempo de noivado para me conheceres e eu a ti. S e depois
manteres a mesma certeza. Eu desapareço para sempre da tua vida.
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