Onde
será que ela se esconde? O que levou-a a partir sem se despedir sequer? Se ao
menos soubesse onde mora. Faz hoje 2 meses que a conheci. Tão depressa apareceu
como desapareceu. Tal qual um anjo. A princípio não dei muita importância ao
que sentia. Paixonetas de verão passam depressa, mas com ela foi diferente. E
quando ela partiu naquela madrugada, deixando-me para trás sem sequer um
bilhete ou algo que a pudesse encontrar. Percebi que afinal enganara-me. Todas
as mulheres são egoístas e ambiciosas. Mas… não me recordo de ter usado
protecção. Será que…Não. Acho que já teria vindo procurar-me. E se, acontecera-lhe
alguma coisa? Nunca mais a vira nas redondezas perto da praia. Perguntei ao
dono do restaurante e também nunca mais a vira passar por ali. Estava ficando
perturbado logo, logo partiria para o mar e podia nunca mais regressar. Tinha
de a encontrar. Pessoas deviam lhe favores. Se a sua memória não lhe pregasse
rasteiras agora, podia jurar que ainda trazia na memória a matrícula do seu
carro… Precisava tentar. Ainda não era o fim. O meu coração continuava
sangrando por ela. Só por ela. Dói a saber a verdade. Que a sereia de olhos
avelã me abandonara na praia sem uma única palavra depois de terem sido um só.
Que para ela amar se tornara ódio. Cruzarei o limite. Nem que seja só para a
ver e depois partir. Não terei medo se já me tiver esquecido. Pela primeira vez
soubera o significado da palavra amor na sua amplitude autentificada. Não me
arrependo mesmo nada do dia que me cruzei com ela na praia, provavelmente o
sucedido não fora acidental. Estava destinado.
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