quinta-feira, 26 de julho de 2012

O tempo todo (aqui) presente transversalmente …


Vejo-me sonhando cada vez que conduzo,
E isso dá-me medo, por ficar perdida num mundo,
 Que não dá para ingressar.
Num mundo em que nenhuma verdade me esmagará,
Nenhum intento me consumirá.
Até se assim o querer, porque já não dói.
As teorias já não me persuadem,
As respostas tão pouco me satisfazem.
Nem mesmo o tédio me espanta mais.

O sofrimento? Não me sensibiliza mais.
Eventos? Não me distraem!
E as promessas? Não me aliciam mais.
Não há razão que me chefie!
Da minha alma? Nem me recordo mais,
Em que lapida se perdeu… ou em que mundo se encadeou.
Mas já faz algum tempo,
Contudo sinto-me viva a cada banho de água,
Que molha o meu corpo...
A cada estalo ou ferida amolgada que o contorce de dor.
Mas eu não tenho pressa,
Excepto quando faz outra pessoa pagar,
O castigo que seria meu!
Acham que eu estou irracional,
Mas tudo vai se encaixar,
Antes que tudo isto vire uma tragédia…
E não adianta nem me procurar,
Eu tenho estado aqui o tempo todo,
No entanto, ninguém se apercebeu…
Dessa vez mesmo que nada funcione,
Eu estarei de pé, de queixo erguido.
Por hoje não quero mais saber,
Cansei de chorar feridas que não se fecham,
Não se Curam (não),
Morrem!

Sem comentários:

Enviar um comentário