No dia seguinte
de manhã estava um lindo dia ela e o Sameer apanharam a camioneta para o
aeroporto. A Giochi e os outros diziam adeus, ela cá a janela também.
Entretanto chegou o Sameer, sentou-se ao seu lado "aconchegou-se"
olhou para ela e depois começou a ler, ela apercebeu-se e olhou para ela
sorrindo, depois reparou no seu reflexo no vidro da camioneta e mais contente
ficou. Chegaram de avião, a saída do aeroporto apanharam um táxi de volta para
casa, ambos estavam cansados e adormeceram, até o taxista ter feito uma brutal
travagem que acordou a Nana ficando subsultada.
- Sameer.
Mas como
este estava dormindo tão bem não o quis acordar, então começou a lembra-se da
visão que teve e a ter aquela sensação esquisita.
- Meu Deus!
- Não!
Saiu do
carro e foi ver o que se passava, então viu a polícia, fitas para barrar a
passagem na estação de comboios. De repente começou a ver as sombras negras,
como estavam distraídos resolveu passar. Entretanto o Sameer acordou, olhou
para o lado mas ela não estava lá então olhou para a frente e disse:
Enquanto
a Nana corria para a estação de comboios, quando entrou não sabia para que lado
devia ir. Até que essa sensação lhe indicou o caminho, ela abriu a porta entrou
e depois desceu as escadas para a estação onde tinha ocorrido o acidente.
- Que raio...?- disse o Sameer.
Saiu do
carro e foi ver o que se passava e onde tinha ido a Rose, onde ela estava,
quando chegou ia a passar por pela fita mas foi pego pelo policia.
- Não pode passar.
- Por favor vá por ali.
- Mas...
A Rose
quando desceu as escadas viu a passagem barrada com fitas da polícia, mesmo
assim passou por baixo. Viu então o comboio descarrilado, mas entretanto
apareceu um polícia que disse:
- Desculpe senhora, mas não pode estar aqui.
- O quê?- disse a Rose virando-se, mas subsultada.
- O que se passou?- perguntei.
- Um descarrilamento.
- Ouve vitimas?
- Veja isso quando chegar a casa.
- Por favor, vá-se embora.
- Rose, o que se passou?- perguntou o Sameer
descendo as escadas.
- Sameer.
- Rose, o que fazes aqui?
- Sameer...
- Voltei a ver as sombras negras.- disse ela
colocando as mãos no peito do Sameer, este colocou-lhe a mão no ombro.
- Houve um acidente, e voltei a ver essas
sombras.
- Mas a policia não me quer dizer nada.
- Sameer, poderias tentar tu?
- Talvez tu?
- Não te preocupes.- disse o Sameer colocando
a mão na cabeça da Rose e aproximando-se.
- Estou contigo, vou perguntar.
- Fica aqui, está bem?
- Sim.
- Desculpe, o que se passou?
- Um descarrilamento ás cinco da madrugada.
- Vaya...
- Quantas vitimas houve?
- Por sorte, não foi grave cinco e o
maquinista.
A Rose
ouvindo isto, começou a lembrar-se de algo, com aquela sensação esquisita de
que alguém ia morrer ou algo ia acontecer...e disse:
- Meu Deus!
- Não! Não!
Saiu
correndo em direcção da outra estação que ficava mesmo enfrente a esta, pois o
comboio se aproximava, quando estava correndo entre as ou no meio das pessoas
parou e virou-se então viu as sombras negras naquela estação prestes para
entrarem no comboio. Na outra estação onde ocorreu o descarrilamento, não
aperceberam-se que com o acidente foi feita uma falha na parede e dessa falha
estava saindo gasolina para debaixo do comboio. Pois ao lado da estação havia
um posto de gasolina. A Rose estava a passar pelo mesmo que a Eríkyna passou
quando viu as sombras na aldeia, e sabia que iria haver uma explosão. Quando o
comboio a Rose começou a dizer as pessoas:
- Não entrem nesse comboio.
- Senhor, não entre neste comboio.
- Não entrem!
O
comboio parou e as pessoas começaram a entrar, a Rose dizia para não subirem,
tentava fazer com que as pessoas não entrassem, mas estas empurravam-na...
- Não entrem neste comboio!
- O que esta a fazer?
- Por favor, não!
A
sombras negras já tinham se "apoderado" do comboio, ela na mesma
entrou no comboio e continuava a dizer que iam morrer, para não entrarem...mas
de nada adiantava, então disse barrando uma das portas:
- Porque querem morrer?
- Saiam deste comboio.
As
pessoas queriam entrar e não se estavam a preocupasse com o que ela dizia,
pensavam que era uma louca, era maluca, empurravam-na para passarem. Ela foi
aos lugares, mas toda a gente tratava-a como se fosse maluca, entretanto o
comboio ia partir ela, ia fechar as portas, esta saiu do comboio para a
estação. Mas continuava a dizer para saíram que iam morrer...mas ninguém lhes
dava ouvidos. Entretanto lá ao longe estava o Sameer a sua procura, quando a
viu foi correndo na sua direcção e quando chegou afastou-a do comboio.
- Rose...
- Rose, o que fazes aqui?
- Este comboio, Sameer.
- As sombras negras, estão dentro do comboio,
elas voltaram a milhares delas.
- Rose, Rose!
- Não entendes, Rose.
- O comboio esta prestes a partir.
- Vão morrer todos, Sameer.- disse ela
olhando para o Sameer.
- Vamos!- disse o Sameer agarrando-lhe o
braço.
- Como posso ir?
- Vai morrer um monte de pessoas se ninguém
deter este trem!- exclamou ela.
- Porque não entendes?
- São
eles que não querem entender.- disse o Sameer a sofrer com aquela situação.
- Vão morrer!
- Lamento, Rose.- disse ela olhando-lhe nos
olhos angústiado.
- Vão morrer, Sameer.
- Eu sinto, mas ão posso permitir que morras!
- Vamos embora.- disse novamente o Sameer
virando-se para não a ver assim.
- Não!- disse ela soltando-se do Sameer indo
em direcção da porta do comboio.
Ela
agarrou-a porta do comboio e disse:
- Saiam do comboio!
- É a vossa ultima oportunidade.
- Rose, pára!
O Sameer
foi atrás, agarrou-a, agarrou-lhe o braço e "puxou-a" do comboio,
levando-a agarrada a força dali. Entretanto apareceu a policia para ver o que
se estava passando.
- Senhora, o que se passa?
- Esta tudo bem.- disse o Sameer.
- Ela esta bem.
Na estação onde ocorreu o descarrilamento,
ninguém reparava a gasolina já estava espalhada pela linha inteira, homem que
estava a soldar o comboio não reparou também e continuava a soldar até uma
fagulha ter saltado e fazendo pegar fogo, em instantes o fogo alastrou-se
provocando logo a explosão do posto de reabastecimento de gasolina dos
automóveis. A Rose continuava com aquela sensação e então soltou-se das duas
polícias.
- Senhora onde vai?
- Pare!
Foi a
correr para as descer as escadas para as estações onde esteve quando se
aproximava das escadas para descer viu. A explosão depois de rebentar com a
bomba de gasolina entrou pela estação a dentro apanhou o comboio que esta
tentou impedir, as pessoas que estavam na estações, principalmente aqueles que
estavam reparando o comboio descarrilado. Viu subindo pelas escadas a onda de
fogo provocada pela explosão na direcção dela, como tinha sonhado, levando com
ela os estilhaços dos vidros que para azar dela entrou-lhe na vista. Esta
fechou logo os olhos, e com o embate do fogo e para não se queimar caiu no
chão. Lá fora, por cima da estação dos comboios, as pessoas também tinham sido
apanhadas, pela explosão, eram mortos na estrada, feridos, queimados, outros
tendo ataques, um cenário horrível de caos e confusão que não dá para descrever
em letras. Tudo estava a acontecer como ela tinha visto no sonho ou visões,
tudo.
Cinco meses depois:
- Naquele dia me dei conta porque é que a Eríkyna
decidiu acabar com a sua vida.- disse a Rose sentada num banco de jardim.
- Como pode um ser humano, suportar tanta ignorância.
- No meu caso ocorreu algo diferente.- disse
ela rodando o anel de noivado.
- A fé da minha avó e o amor do Sameer
salvaram-me a vida.
- Talvez seja filha de Deus.- disse ela
levantando-se e tirando a "bengala" que estava dobrada no bolso do
casaco.
- Como poderia mi oscura vida tener tanta
luz?- perguntou ela caminhando até a água.
- Como poderia a minha vida ser tão bonita
mesmo sem ver?- perguntando isto virou-se e surgiu o Sameer que lhe deu um
beijo na testa, esta estava sorrindo.
O Sameer
tirou-lhe a "bengala" dobou-a, guardou-a e agarrou-lhe o braço e iam
caminhando pela rua, pelo passeio, mas logo depois deram as mãos e caminharam
como dois namorados.
Pouco tempo depois foi operada a vista, mas
desta vez não passou de uma operação sem missão alguma, vocês sabem ao que me
refiro. Passados dois meses passaram-se, a Rose acabou o curso e formou-se
inspectora da PJ, ele continuou como médico psiquiatra. Ficou grávida, mas
continuou a trabalhar pelo menos até aos quatro meses, ele era um marido
dedicado, e com esta história da gravidez andava-me sempre a apaparicar-me. Ia
sempre as consultas, acompanhava-a em tudo o que fosse preciso. Uma vez chegou
a casa, e apanhou um valente de um susto, pois quando entrou no quarto viu os lençóis
manchados de sangue, e ela desmaiada no chão. Mas às vezes estes abortos não
acontecem por serem provocados ou outra coisa qualquer, acontecem quando menos
se espera, sem aviso ou motivo. Bem para entenderem melhor o que aconteceu, o
que se passou etc, só em filme. Depois dos nove meses teve a criança, era uma
linda menina, ambos concordaram em chamar-lhe Rose também.
Passaram-se alguns dias, depois saiu da
maternidade...A maior alegria dos dois foi serem pais, cuidar, vê-la crescer,
acompanha-la a crescer...
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