quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 15


Os anos iam passando e a filha ia crescendo, por mais incrível que pareça a sua filha era uma filha organizada, muito estudante, dedicada, nunca tinha queixas das professoras e tinha excelentes notas. Os pais nunca se divorciaram ou separam, e a Rose ou a Rose são a mesma tentou sempre e fez de tudo para não cometer os mesmos erros que a sua mãe que os seus pais fizeram. Foi feliz sabe-se lá se ainda é feliz, mudou o destino que toda a sua família teimava em seguir, foi a única a mudar e a traçar uma nova rota. Descobriu o que era amar o que era amor, a ser feliz e a ser uma boa mulher, mãe, inspectora, esposa e a sua filha uma excelente estudante. Esquecendo o rancor que sentia no peito, abrindo o coração para amar. Nunca penRose em ser feliz desta maneira em toda a vida. E Deus deu-lhe uma filha linda, educada, estudiosa...uma filha que só existe por vezes em sonhos, juntamente com uma marido de sonho. O que mais podia pedir se já tinha tudo, um marido que a amava, uma filha exemplar, uma avó que era como mãe para ela e felizidade. Os anos foram passando e a filha crescia, tirou o seu curso formou-se em direito. Casou-se com um homem também de sonhos e foi feliz, juntamente sua mãe e seu pai que também foram feliz até a morte e quem sabe ainda. Só uma ferida continuava por Roser, a dor dos seus pais nunca se preocuparem com ela, e dá terem trocado. SERÁ que voltaremos a ouvir falar da Rose (Rose) a cavaleira e de Sameer (Rodrigo/Orroz)?

  As pessoas viviam permanentemente atormentadas pelo exército. A cada dia que passava o medo e a revolta que sentiam aumentava. Mas não tinham a força ncessaria para lutar contra a crueldade e injustiça dos soldados Espalhol.
Parecia-lhes que o reino de terror não teria fim, a esperança estava quase perdida e os antigos tempos de felicidade pareciam um sonho a muito esquecido.
  Mas não era um sonho pois erguia-se um herói para salvar o seu povo da tirania e injustiça, uma mulher suficientemente coragosa para se debater pela liberdade. Uma mulher chamada Orroz ou então Namtab como "antigamente ou melhor dizendo no futuro muito distante...num futuro onde ela ficará com o nome de um homem que fará o mesmo que ela estava fazendo agora. E esse nome é Orroz."
  No momento da sua morte, no momento da Rose morrer, ela ao fechou os olhos, já sabia que iria ser o seu fim. Mas, não ela voltou a abrir os olhos, e quando o fez estava no mesmo sítio onde a tempos tinha encontrado o medalhão, o que ela viveu era uma visão do seu passado e do seu futuro. Tudo tinha voltado ao ponto de partida. Voltou para casa, nada disse e ainda por cima estava ocorrendo uma festa, uma festa de anos para mim. Fez o procedimentos de praxe e voltou para o seu quarto. Quando foi a janela por ter ouvido cavalos viu e ouviu os soldados Espanhóis dizendo:
-    Eu trago ordens do meu comandante.- disse o Sargento Odracir.
-    Capturamos um rebelde imundo que será executado na colina á saída da cidade.
-    Contamos convosco.
-    Sargento porque temos de presenciar algo tão terrível?
-    Não sei.
-    Talvez...
-    Vá, para quê?
-    Para mostrar o que acontecerá ao tolo que tentar enfrentar o exército.
-    Eu não vim aqui para conversar com vocês.
-    Mas para transmitir ordens!- disse ele agarrando as rédeas do cavalo e indo-se embora.
A saída da cidade estavam os soldados, o rebelde amarrado a uma árvore, e a sua mulher amarrada de joelhos junto do comandante e a frente do tenente.
-    Onde estão os camponeses?- perguntou o comandante Jonathan.
-    Mandei o sargento os avisar.- respondeu o tenente João Ricardo.
-    A execução nada significa se eles não a virem.
-    Vamos ter de lhes mostrar o que acontece aquele que se ateve a enfrentar o exército.
-    Agora que chegaram vamos ao que interessa.
-    Prendemos um rebelde que se intitula ser amigo do povo.
-    Todos vós têm de aprender que os inimigos de Espanha não têm misericórdia.
-    Comecem a execução.- disse o comandante Jonathan sentando-se na cadeira.
-    Preparar.- disse o tenente João Ricardo.
-    Atenção!
-    Fogo!!
-    Não!!- disse a sua mulher.
Nesse momento quando iam a disparar, lá no alto da colina, montada num cavalo branco surgiu alguém, que chicoteou os soldados pra não dispararem.
-    Quem és tu?!!- perguntou o tenente colocando a mão na sua espada.
-    Comandante!!!
-    O senhor tortura inocentes para o seu belo prazer.
-    E se não consegue corrigir esse erro, o Orroz corrigi-lo-á.
-    O quê!!?- exclamou o comandante.
-    Por que esperam!!!?
-    Matem-no!!
  Ela saltou lá do alto no seu cavalo e "aterrou" no chão tirando a sua espada, soltou o rebelde. Então os soldados que estavam a cavalo tiraram as suas espadas e foram combater com ela. Virou-se, e respondeu também com a sua espada ao combate, mas ela manejava muito bem a espada aniquilando todos os golpes que lhe faziam com a espada, deitando-os abaixo dos cavalos e derrotando-os.
Em seguida saltou do cavalo e foi combater com o sargento, este em menos de um minuto foi desarmado e ela com um golpe da sua espada fez com que as calças dele caíssem em frente da população. A seguir soltou a mulher do rebelde e mandou-a ir para trás de si. Pois o tenente aproximava-se dela tirando a sua espada para a desafiar. Ela defendia-se de todos os golpes, pois ele tentava a todo o custo saber quem ela era e feri-la, mas quando estavam frente a frente com as espadas juntas ela assobiou a chamar o seu cavalo, saltou pra o seu cavalo e afastou-se entretanto o rebelde apanhou um dos cavalos dos soldados que ela derrotara e depois agarrou a sua mulher e puxou-a para cima do cavalo. Esta ainda antes de se ir embora virou-se para os soldados, mas mais para o comandante e o tenente e disse:
-    Enquanto houver injustiça no mundo eu estarei sempre presente!!
  Um relâmpago surgiu e ela foi-se embora galopando e juntamente com ela o rebelde...Na manhã seguinte o tenente João Ricardo foi ao caís com os soldados a fim de encontrar e capturar o rebelde e a sua esposa. Subiu a bordo do navio, com alguns soldados, outros ficaram em terra atrás dos caixotes de madeira armados e outros montados a cavalo.
-    O João Pedro vai tentar fugir neste navio.
-    Procurem-no!!- disse o tenente.
-    Revistem o navio de uma ponta a outra.
Os soldados revistaram todos os sítios do navio, nos camarotes, na cozinha até no chapéu do cozinheiro chefe. Enquanto o tenente foi ter com o capitão do navio e disse-lhe apontando-lhe a espada:
-    Peço-lhe que não me minta, capitão.
-    Ou então matarei toda a gente que se encontra a bordo.
-    Estou-lhe dizendo que não sei de nada.
-    Eles não estão aqui.
-    Senhor, revistamos todo o navio, e nada.- disse o Sargento Odracir subindo as escadas para o convés.
-    Maldição!!- disse o Tenente.
-    Bem, pensei muito no assunto até fazer fumo.
-    E qual é a conclusão?
-    Se não estão aqui estão noutro sitio qualquer.
-    Paspalho!!!
O navio seguiu o seu destino, enquanto o Tenente ficou em terra, no caís a ver "passar navios" pois o rebelde não estava ali, e pensou:
-    Eles devem estar escondidos na cidade.
-    Revistem todas as casas.
-    Certo, Tenente.
-    O navio era a sua única soturnidade de fugir, mas agora serão meus.
Entretanto olhou para o lado e viu os pequenos barcos a vela e então lembrou-se onde é que estariam e porquê não tinham sido encontrados a bordo do navio. Na praia o rebelde preparava as coisas para fugir com a sua esposa, entretanto a Stephan e o Hollow viram-nos e esconderam-se atrás de umas rochas e o Hollow disse:
-    Conseguiram fugir.
-    Ainda bem, mas...- disse a Stephan.
-    O que foi?- perguntou o Hollow.
-    A cada dia que passa diminuem o numero de pessoas com coragem para defrontar o exército.
-    Sabia que te encontraria!- disse o Tenente saldando por cima de umas pedras.
-    É o João Ricardo.- disseram a Stephan e o Hollow.
-    A tua aventura acaba aqui João Pedro.- disse o Tenente aproximando-se e apontando a sua espada ao pescoço do rebelde.
  De repente ouviram um cavalo e olharam para o alto da colina e viram o Orroz quer dizer ela, ela olhou para o tenente e em seguida saltou montada no seu cavalo branco para a praia. Entretanto o João Ricardo tentou feri-la, mas atingiu a sua capa, ela desmontou e tirou a sua espada, enquanto caiam os pedaços rasgados da sua capa.
-    Agora verei quem é que se esconde atrás dessa capa.- disse o Tenente.
Dizendo isto começou a debater-se com ela, bem que o Tenente tentava atingi-la, mas esta para azar dele defenda-se muito bem dos golpes. Só que enquanto recuava para poder defender-se da espada do Tenente, tropeçou numa pedra e caiu.
-    Agora vais morrer.- disse o Tenente indo espetar-lhe a espada.
Não sei como fez, mas só se viu a espada do Tenente a espetar-se no chão e este a cair de barriga no chão, quando se virou já tinha a espada dela apontada ao seu pescoço.
-    Manejas muito bem a espada João Ricardo, mas de futuro usa-a para fazer o bem.
-    Muito bem.- disseram a Cristina e o Hollow.
No caís o Sargento estava sentado num dos caixotes a comer e entretanto viu um barco a vela onde ia o João Pedro e a sua esposa e disse:
-    Então sempre conseguiram fugir.
-    Ainda bem.
  Na praia lá no alto da colina ela vi-os partir. Os dias passavam e ela estava diferente, ela era a melhor a manejar a espada, nos treinos que fazia e desde aquele dia deixou de ser a mesma. Ela estava na floresta encostada a uma árvore, quando persentiu que ele tinha chegado, então entrou dentro do rio e o Rodrigo perguntou-me:
-    Já em criança tinhas um sentido de justiça tão forte.
-    Não te compreendo agora, Rose.
-    Desde algum tempo que não te interessas por nada.
-    Diz-me a verdade.
-    Dizer-te a verdade?
-    Quem me dera poder dizer-te.
-    Não!!- gritou o camponês.
Ela virou-se, saiu da água e foi com o Rodrigo ver o que se passa, viu as pessoas reunidas e os soldados Espalhos levando as sacas de trigo...
-    Rose...- disse o Hollow.
-    Alguém tem de fazer algo.- ela em voz baixa.
-    Onde vais Rose?- perguntou o Rodrigo agarrando-lhe o braço.
-    São soldados.
-    Eu vou ver o que se passa.- disse ele.
-    Não podemos pagar os impostos, porque este ano roubaram-nos o vinho.
-    Se nos levam o trigo todo, não temos mais nada para dar de comer aos trabalhadores.- disse o lavrador.
-    Em breve pagaremos o imposto, prometemos.- disse a mulher do lavrador.
-    Parem de inventar desculpas.- disse o soldado.
-    Discussão tentar enganar-nos.- disse outro soldado.
-    Sabemos tudo a respeito desses ladrões inventados por vocês e dos vossos planos!
-    A vossa produção de uva foi fraca e os vossos trabalhadores não as colheram a tempo.
-    Agora inventam essa historia de ladrões para não pagarem os impostos!
-    Aldrabões!
-    Não é isso, nós fomos roubados.- disse o lavrador.
-    Ajudem-nos a recuperam o vinho e então prometemos pagar o imposto.- pediu a mulher.
-    Será que podem ajuda-los?- perguntou o Rodrigo.
-    Cala-te.- disse um soldado empurrando o Rodrigo e em seguida montou a cavalo.
-    São ordens.
-    Oiçam todos com muita atenção!!
-    Se alguém tentar o mesmo truque, terá a mesma sorte.
-    Apanhem esses ladrões se querem reaver a porcaria do vosso vinho.- disse o soldado ao lavrador.
-    Até lá o trigo é nosso.
  Em casa dela, estavam a mesa debatendo o sucedido e então o Julian disse:
-    Sargento isto não é justo.
-    Pois não, eles dizerem que os lavradores deviam apanhar os ladrões de vinho, mas isso apenas compete aos soldados.- disse o Hollow.
-    Foram duros de mais.- disse o Sargento Odracir.
-    Eu tentarei recuperar o vinho.
-    Mas Sargento eles disseram que estavam a cumprir ordens do Tenente.
-    Isso já é diferente.- respondeu o Sargento.
-    Nesse caso nada posso fazer, vão ter de se amanhar sem o trigo.
Enquanto o comerciante vendia o vinho, disse as pessoas que estavam cá fora que o vinho estava esgotado, como estavam com sede e fez com que elas comprassem o mais caro. Depois de ter vendido tudo, foi contar o dinheiro que tinha lucrado com isso, quando entrou o chefe do bando de ladrões que andava a roubar o vinho.
-    Não me assustas.- disse o comerciante.
-    Porque não tiras essa mascara, essa coisa da cara ficas ridículo.
-    Mostrarei a minha cara quando tiver a certeza que posso confiar em ti.- disse o ladrão.
-    Eu sou um homem de negócios honesto...
-    Que vende vinho caro aos camponeses de quem o roubou.- acabou o ladrão.



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