- O que veria os seus olhos se ela se olhasse
ao espelho?
- Sua própria cara, Sameer.- respondeu ela.
- Tenho de saber quem era.
- O nome do doador é sempre confidencial.
- Os directores do hospital...
- Não me interessa, Sameer!
- Faças o que fizeres, tens de descobrir quem
era, por favor.
- Agora a minha vida está unida á dessa rapariga,
Sameer.
- OK.- disse o Sameer.
Ele
durante a noite entrou na sala, sem ninguém saber e sem ser visto, e foi a
procura da ficha da Rose nos arquivos, a cerca do que ela lhe pedira.
Então encontrou a sua ficha e lá dizia quem
tinha sido o doador e de onde era e vinha. No dia seguinte de manhã:
- Este é o hospital de onde veio as tuas
córneas, Rose.
- Vou até a Índia, Sameer.
- Já reservei os bilhetes para nos os dois no
voo de amanhã.- disse o Sameer.
- Ir contigo?
- Porque tens de ir comigo?
- Já fizeste muito por mim, Sameer.
- Não quero causa-te mais problemas.
- Rose, um homem não da conta disso nem se
importa quando está apaixonado.
- Quando está enamorado.- dizendo isto
abraçaram-se.
Na manhã
seguinte no aeroporto:
- Os medicamentos e as vitaminas estão aqui.-
disse a avó.
- As gotas...
- Porque estás tão preocupada?
- Eu cá me arranjo.
- Nunca te deixei sozinha nos últimos tempo.-
disse a sua avó.
- Por isso estou um pouco...
- Avó, deste-me tudo o que uma mãe podia dar
a uma filha.
- Mesmo que não me tenhas dado á luz foste
quem me deu uma nova vida.
- Mas já estou crescida.
- Tenho de lutar por mim mesma.
- Minha neta...
- Agora, mas do que a tua companhia preciso
da tua bênção, avó.
- Sim.- disse a sua avó.
- És filha de Deus.
- De certeza que vais ganhar a batalha.
Abraçaram-se
mas o afecto dela pela avó era tanto que se afastou e ficou de costas chorando.
Entretanto chegou o Sameer com as passagens e foi ter com a avó da Rose e
disse-lhe algo. Depois despediu-se e foi ter com a Rose.
- Rose...
- Sim.
Caminharam para a porta de
embarque, entrou no avião, depois apanharam um comboio e em seguida um táxi
para o tal hospital. Chegando ao hospital, a Rose saiu e segundos depois o
Sameer. Quando entrou só viu pessoas doentes "acumuladas" a espera de
serem atendidas, crianças chorando...ia caminhando enquanto o Sameer falava com
a pessoa que estava na secretaria junto da "porta" de entrada.Então
viu a ventoinha a passar as folhas que estavam na secretaria, ao olhar para a
frente viu a menina com metade do rosto queimado, a ventoinha no tecto e as tal
portas que existiam nos bares no tempo dos cowboys, enquanto cá ao longe o
Sameer conversava com o médico do tal hospital.
- Não é possível saber quem era a rapariga
cujo os olhos foram mandados para o banco de olhos de Londres.
- Quem iria deixar dados sobre um corpo que
não fora reclamado?- perguntou o médico do hospital.
- Onde vou encontrar as pessoas que deixaram
aqui a rapariga?- perguntou o Sameer.
A Rose caminhou em direcção do Sameer,
enquanto o médico do hospital da Índia se lembrava do que aconteceu nesse dia.
- «Temos alguma informação sobre este corpo?-
perguntou o médico do hospital da Índia nesse dia.
- Não, Senhor doutor.
- Os pescadores encontraram-no na margem do
rio e trouxeram-no.
- Toma é para a doação de órgãos.- disse o
médico mandando o auxiliar guardar as córneas.
- Vamos mantê-lo num local refrigerado.»
- Só sei que morreu afogada.
- É muito importante para nós saber quem era
a rapariga.- insistiu o Sameer.
- Por favor, ajude-nos.
- Ajuda-los?.- interrogou-se o médico do
hospital.
- Olhe estas pessoas!
- Ninguém se preocupa com os que estão vivos.
- Quem se ia preocupar com uma rapariga
morta?- dizia o médico indo dar consulta.
A Rose ouvindo isto abraçou-se ao Sameer, este ficou desiludido por não
poder ajudar a sua amada. No comboio, ela sentou-se o Sameer foi dizer-lhe
algo, ela estava olhando para a janela e
a ver o reflexo da rapariga no seu reflexo na janela.
Entretanto o Sameer foi abrir a
janela, e em seguida sentou-se junto dela. Nesse instante ela
olhou pela janela e viu um cartaz com aldeia igual à do seu sonho.
- Sameer, olha!- dizendo isto levantou-se e
saiu do comboio em direcção do cartaz.
O Sameer foi atrás dela, quando viu o cartaz sorriu e olhou para ele.
Saíram
da estação e apanharam um táxi para o lugar onde ficava essa tal aldeia do
cartaz. Quando chegaram a Rose saiu logo e em seguida o Sameer, ele foi para um
lado e ela para outro. Sendo mais precisa ela foi caminhando sempre em frente
em direcção de uma casa.
- Olá, procuramos uma pessoa.- disse o
Sameer.
- Quem?
- Aqui havia uma rapariga que via o futuro.-
disse o Sameer baixando a vos na ultima palavra.
- O futuro?- dizendo isto fecharam-lhe a
janela na cara.
A Rose
ia caminhando até a casa, ao passar pelo portão raso um cão que estava preso
começou a ladrar, e o dono veio cá fora. Era o mesmo homem que ela vira no seu
sonho ou visões.
- Ei.
- O que se passa?
- Procuro uma rapariga.- respondeu a Rose.
- Quem?
- Era desta aldeia e tinha visões de mortes
iminentes.
- Aqui não havia rapariga alguma!- exclamou
ele aproximando-se demais da Rose.
- Está a mentir!- respondeu a Rose.
- Eu sei que sabe.
- Cala-te! Cale-se!
- Fora daqui! Senão...- disse ele de forma
agressiva.
- Fale-me dela.- pediu a Rose.
- Vim de muito longe.
- Se dizer um só palavra sobre essa bruxa,
mato-te.- disse ele apontando o dedo indicador para ela com um tom ameaçador.
- Vai-te embora!- disse ele levantando a mão insinuando
que lhe ia bater.
- Como pode matar alguém que morre todos os
dias?- perguntei-lhe.
- Não vou a lado nenhum enquanto não me falar
dessa rapariga.- insistiu a Rose aproximando-se dele.
- Não desiste.
- Não vai desistir.
- Espera, já vais ver.
- Não ouves o que te digo.- disse ele
caminhando em direcção do seu cão.
- Vou partir-te aos pedaços.- dizia ele
soltando o cão, mas entretanto apareceu o Sameer.
- Deixa estar.- disse o Sameer agarrando-lhe
o braço.
- Ele sabe, Sameer.
- Não te metas com ele.
- Não vai dizer-te nada.
- Mas ele sabe.- disse ela soltando-se do
Sameer.
- Não entendes! Ele sabe tudo!
- Vi isso nas minhas visões.- disse ela ao
Sameer já depois de estar longe da casa.
- Ele sabe de tudo.
- Pelo amor de Deus, controla-te, por favor.-
pediu o Sameer preocupadíssimo com ela.
- Como vou descobrir, Sameer?- perguntou ela
levando as mãos a cabeça e caindo de joelhos no chão.
- Como?
O Sameer
baixou-se e colocou as mãos nos ombros da Rose, para a confortar, pois não
gostava de a ver chorar e disse-lhe:
- Por favor, não percas a esperança.- pediu o
Sameer.
Passado
algum tempo, estavam sentados nas escadas de um Templo lá da aldeia, o Sameer
disse:
- É muito estranho, as pessoas daqui são
muito paranoicas.
- Não podemos perguntar-lhes nada.
- Tenho da saber algo, Sameer.
- Não posso me ir embora sem saber a verdade.
- Sei onde viveu.- disse um rapaz que
apareceu por detrás da Rose.
A Rose
levantou-se e foi falar com esse rapaz, enquanto o Sameer ficou sentado nas
escadas, mas passado alguns segundos foi ter com ela.
- Onde é a casa dela?- perguntei.
- É essa aí.- disse o rapaz apontando para a
frente.
- Foi ela que matou a minha irmã.
Essa
rapariga estava a dizer aquele homem que a Rose vira no seu sonho que a sua filha
ia morrer. Esse homem, seu tio disse-lhe que se a volta-se a ver em frente á
casa de alguém matava-a e mandou-a embora. Corriam com ela da aldeia sempre que
a viam.
- Morria sempre alguém em cada casa que ela
amaldiçoava.
- Diziam que era uma bruxa.
A sua mãe estava falando com esse
homem, dizendo que a sua filha não era perigo para ninguém. Que era filha de
Deus, não sabia como podia ver a morte iminente de alguém. Que era
filha de Deus, não sabia como podia ver a morte iminente de alguém. Ele fez a
mesma coisa que fez com a Rose, disse a Giochi de forma agressiva apontando-lhe
o dedo indicador, que a sua filha devia morrer agora mesmo. Agarrando-se ao seu
pescoço para a sufocar, a mãe empurrou-o e disse-lhe que se fizesse mal a filha
desfigurava-lhe a cara e queima vá a aldeia.
Então ele disse-lhe que se voltasse a ver a
sua filha pela aldeia jurava que pela memória de sua filha matava-a. Elas
fizeram as malas e foram para a casa mais longe da aldeia. Um dia a filha pegou
fogo a aldeia e sua mãe ficou maluca.
- Como se chamava a rapariga?
- Eríkyna!- disse o rapaz saindo a correr.
- Eríkyna?
- Eríkyna.- disse a Rose sorrindo virando-se
para o Sameer.
Então
ela pegou na sua mala, e o Sameer na dele e foram até essa casa. Quando ela viu
que essa casa era a mesma que ela tinha visto no seu sonho. O Sameer foi a
frente e a Rose estava atrás dele.
Quando o Sameer ia bater a porta, a Rose
parou nas escadas e chamou-o, ela disse não com a cabeça.
- O que foi?- perguntou o Sameer indo ter com
ela.
- A partir de agora tenho de ir sozinha.
- Rose, podes correr perigo ali dentro.
- Não interessa.
- Seja o que for, tenho de o enfrentar
sozinha.
- Escuta-me Rose, não vou deixar-te ir
sozinha.
- Sameer, por favor entende.- disse ela
olhando para ele, este abanou a cabeça e suspirou.
- O meu destino, o meu futuro está
relacionado com a Eríkyna!
- Não sei explicar-te os motivos, mas sei que
tenho de ir sozinha, para descobrir a verdade da alma dela.
- Por favor, Sameer. Por favor.- pediu ela
virando o Sameer pra si e olhando-o nos olhos.
- Está bem.- disse ele passado a mão por cima
da cabeça dela.
- Não quero deixar-te, mas respeito a tua
decisão.
- Vai.- disse ele levando a sua mala.
A Rose
caminhou em direcção da porta, bateu e depois disse:
- Giochi, abre a porta.
- Chamo-me Rose.
- Quero conhecê-la.
- Giochi!
- Giochi!- disse ela batendo novamente na
porta, mas a porta abriu-se.
Ela
entrou, ao entrar viu a casa com teias de aranha, pó...continuou a caminhar e a
ver a casa quando ser querer pisou a mão da Giochi, pois esta estava
desacordada no chão.
- Giochi!
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