segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 13


Baixou-se, tirou a mala que trazia traçada e foi "auxiliar" a Giochi, cuidou dela, tratou-a, deitou-a e em seguida foi arrumar a casa. Então viu uma moldura com a foto da sua filha mas tinha a cara cortezada.
  De repente, presentiu algo, e subiu as escadas para o quarto da Eríkyna, quando chegou lá acima viu a mesma imagem que viu quando acordou do tal sonho com as visões e o tal candeeiro a pretoléo. Entretanto assustou-se, pois ouviu a porta do roupeiro rangir, aproximou-se, abriu a porta e viu um linda gata, sorriu e acareciou-a. Em seguida pegou-lhe aa gata assanhou-se, ela com o susto dexou cair a gata e caiu ao chão, pareceu-lhe ter visto a Eríkyna, e a porta votou a fechar-se.
-    Eríkyna?
Levantou-se, aproximou-se novamente e incitante abriu a porta do roupeiro, mas lá só viu-a roupa dela, pegou-lhe vestiu-se, sentou-se e disse:
-    Eríkyna?
-    O que aconteceu aquella noche (noite)?
-    O que se passou? Diz-me.
-    Por favor, diz-me.
O condeeiro a petroléo caiu ao chão partindo-se e deixando tudo as escuras, e por detrás da Rose surgiu a Eríkyna que levantou-se da cama por ter tido outra visão. Tinha visto na visão uma bilha que se usava naquele tempo para cozinhar a gás, com uma fuga. E de que alguém a ia acender provocando um exploção matando varias pessoas de todas as idades inocêntemente. Saiu do quarto a correr desceu as escadas em direcção da aldeia, mas antes de sair foi apanhada pela mãe, está agarrou-a e perguntou-lhe:
-    Eríkyna, onde vais?
-    Tenho de ir, mamã!
-    Tenho de ir!!
-    Prometeste-me, Eríkyna.
-    Deixa-me, mamã.- disse a sua filha soltando-se de sua ma~e e jogando-a ao chão.
-    Não vás, Eríkyna!
-    Espera!
-    Eríkyna!!
-    Vão matar-te, Eríkyna!!
Correu para a aldeia e viu o tal bilha e o homem junto dela, e vendo as sombras negras, foi até a banca de um homem dizer o que ia acontecer, mas este disse-lhe:
-    Sai, sai daqui!
Corria pela multidão, pela aldeia gritando par todos irm embora, como via que as pessoas não ao ouviam ajoelhou-se e disse olhando para o céu:
-    Ajuda-me, Senhor, ajuda-me!
-    Faz esta gente sair daqui!- disse ela chorando.
-    Como posso explicar?
-    É a Eríkyna.- disse alguém da população.
-    Vão morrer todos!
-    Escutem-me.
-    Maldita bruxa.
-    Já te digo quem vai morrer!- disse o tal homem das visões de Rose levando-a para fora da vista da população.
-    Sua asquerosa!- exclamou ele jogando-a ao chão.
-    Bruxa de...!
-    Vieste amaldiçoar-nos de novo?
-    Eu já te ensino.
-    Eu já te digo!
Nesse preciso instante o homem ia acender a bilha de gás, e houve uma "brutal" de uma explosão, só mortos, queimados e feridos. Entretanto já de manhã a mãe de Eríkyna foi a aldeia e viu aquele cenário, e veio ter com ela o tal homem da visão de Rose.
-    A tua filha está aqui outra vez!
-    Acabou-se já aguentamos que chegue.
-    Vou faze-la em picadinhos com as minhas próprias mãos!
-    Não terei piedade! Não!- dizendo isto foi-se embora.
-    Onde está a minha mãe?
-    E o meu pai?- perguntou uma menina chorando no chão a Giochi.
Vendo isto, e ouvindo começou a chorar, não queria acreditar, foi para casa e começou a beber e dizia:
-    Eríkyna, és uma bruxa!
-    Bruxa maldita!
-    A tua mãe vai morrer e a tua maldição vai matar-me.
  A filha estava no quarto a chorar ouvindo o que a mãe dizia a cerca dela.
-    Mata-me a mim também!
-    Eríkyna!
A Eríkyna desceu as escadas e foi ter com a sua mãe, esta empurrou-a, "sacudiu-a" e agarrou-a.
-    Em vez de sofrer esta humilhação todos os dias, preferia que o Rathdo (o tal homem) me tivesse matado.
-    Não digas isso.- pediu a Eríkyna.
-    Como poderia viver sem ti?
-    Porque nasceste?
-    Porquê?!
-    Para amaldiçoar toda a gente?- disse a sua mãe dando-lhe um estalo.
-    Se queres tanto morrer, vai e morre mas antes mata-me a mim.- disse a sua mãe levantando-a agressivamente.
-    Mas eu fui salvá-los.- respondeu a Eríkyna chorando.
-    Mata-me! Mata-me!- disse a sua mãe colocando as mãos da filha no seu pescoço para esta a sufocar.
-    Não, mamã.
-    Vai!
-    Vai para o Inferno!
-    Vai para o Inferno com a tua mãe!
-    Não, mamã.
-    Sai daqui!
Quando disse isto caiu ao chão, a sua filha olhou para trás, mas nada fez foi para o seu quarto, pela janela do quarto via a aldeia a arder.
  Nesse instante começou a chover e a trovejar a Rose assustou-se, mas continuando com a história da Eríkyna, está ouviu novamente a mãe dizer:
-    Eríkyna, quem vai ser agora?
-    Morrerão todos.
-    Eríkyna não salvará ninguém.
-    Eríkyna vem e mata-me.
A sua filha já não aguentava mais, chorava sim, levantou-se, mas só achou uma forma para  tudo isto acabar, desceu as escadas foi até junto de sua mãe e disse:
-    Mamã, vou-me embora.
-    Nunca mais voltarei a incomodar-te.

Saiu porta fora, desceu as escadas olhando para a porta na esperança que sua mãe a viesse impedir. Mas esta nada fez, ou não quis. A Eríkyna olhando uma última vez, entrou dentro da água e foi caminhando até ficar sem pé, morrendo afogada. Sendo depois arrastada para o rio onde os pescadores a levaram para o hospital.
  O candeeiro de petróleo voltou para cima da mesa e voltou a haver luz tudo tinha voltado ao normal. A Rose levantou-se e olhando para o candeeiro aproximava-se, então olhou para trás onde havia a janela por onde a Eríkyna olhou a aldeia a arder e começou a ver a sua morte acontecer novamente como se fosse agora mesmo. Viu ela levantar-se da cama e foi dizer as ultimas palavras a sua mãe e ia a sair a porta quando a Rose se lembrou.
-    «Nesses casos, a morte revive-se todos os dias, á mesma hora, no mesmo local durante séculos e séculos.»
A Rose saiu correndo descendo as escadas até a Giochi e disse-lhe:
-    Giochi!
-    Eríkyna!- disse ela olhando para a porta.
-    Giochi, agarra a tua filha!
-    Ela vai-se embora.
-    Giochi!- disse a Rose "sacudindo-a" para ir atrás da filha.
-    Impede-a!
-    Impede a tua filha de partir!
-    Tens de a impedir!
-    Tens de te levantar, impede a Eríkyna!
-    A Eríkyna suicida-se assim todos os dias!
Como via que esta não reagia, colocou um braço por cima dos seus ombros servindo de apoio e "arrastou-a" até ao local onde a sua filha se ia suicidar.
-    Giochi, olha é a tua filha.- disse a Rose vendo a Eríkyna entrando dentro de água.
-    Estás a vê-la.
-    Chama-a.
Sentou-a no chão, olhava a Eríkyna quase a suicidar-se e disse a Giochi:
-    Deixa que a sua alma se liberte!
-    Dá liberdade a tua filha.
-    Impede-a!
-    Chama-a com amor, com carinho.
-    Tenho de me pôr no seu lugar.
-    Tenho de ser a Eríkyna.
-    Giochi!
-    Devo representar a Eríkyna.- disse a Rose entrando na água como a Eríkyna fez.
Foi caminhado como a Eríkyna fez, quando já estava com a água pela barriga, gritou pela Giochi. Está ainda estava meio atordoada, então a Rose voltou a chama-la mas desta vez de maneira diferente.
-    Giochi!
-    Mamã!!
Quando a Giochi ouviu isto parece que acordou e começou a ver o que se estava passando, levantou-se entrou na água atrás dela, pois a Rose tinha se virando e estava fazendo o que a Eríkyna fez a ficar submersa pela água, afogando-se.
-    Pára!
-    Pára, Eríkyna.
-    Não faças isso.
-    A tua mãe veio salvar-te.
-    Eríkyna, minha filha.
-    Fica aqui.
  A Giochi lançou-se a água em busca da sua filha, segundos depois apareceram a superfície da água, esta perguntou-lhe:
-    O que fazes, sua louca?
-    A minha filha...- disse ela abraçando-a.
-    Deixavas a tua mãe?
-    Querias deixar a tua mãe?- perguntou a Giochi já em terra.
-    Alguma vez te deixei?
-    Zanguei-me contigo uma vez e abandonaste-me para sempre.
-    Não tenhas medo eu estou aqui.
-    Eu cuidarei de ti para sempre.
-    Não te preocupes.
-    És filha de Deus, não és?
-    És a sua filha perfeita.
-    Volta!




Sem comentários:

Enviar um comentário