- É um rapaz, contudo o que se passou acho
melhor só a visitarem amanhã.
- Ele tem razão, é melhor voltar amanhã.-
respondeu a Cristina.
O Orroz,
veio á sala e mostrou o bebé a eles, para que não incomodar a esposa. E como já
era tarde perguntou:
- Não querem, cá dormir?
- Se não te importares.
- É claro que não me importo, assim ela
quando acordar já tem visitas.
A noite
caiu, e um lindo dia surgiu. Ela tinha acordado com a luz forte que batia na janela,
mas um pouco atordoada. O Rodrigo percebeu que esta tinha acordado, e levar-lhe
o pequeno-almoço a cama.
- Que querido...
- Estas melhor?
- Ainda me sinto um pouco cansada.- falando
isto bateram na porta.
- Sim?
- Podemos, entrar?- perguntou a Angel.
- Sim, podem.
(...)
- Já sabes o nome que lhe vais dar?
- Felipe.
- É pena, mas muitos de nós têm de ir
trabalhar.
O Hollow
foi passear a cavalo ao riacho, parece que ele já conquistou alguém. A Vénus,
ia atrás dele para o espiar e salvaguardar se precisa-se. Quando chegou desceu
do seu cavalo, e pôs-se sentado numas rochas junto do rio.
Alguém também andava, naquele sitio para o
matar, a mandado do Diaboy. O Hollow quando entrou na água, pouco mais de uns
segundos apareceu uma pessoa por detrás dele para o afogar. A Vénus, vendo
aquilo saiu galopando até junto riacho para salvar o Hollow. Ela chegando ao
riacho pôs-se frente a essa pessoa e disparou, como tinha boa pontaria acertou
nessa pessoa.
Este ao
ser atingido largou o Hollow e fugiu. Mas o azar é que só passou de raspão. Ela
puxou-o para a margem e socorreu-o, quando estava acordando, desviou-se dele
pegou nas rédeas do cavalo montou-o e fugiu. Ele ficou pensando quem seria
aquela rapariga bonita que o salvara.
Meio atordoado, montou o seu cavalo e voltou
para casa. Chegando desmontou e foi a casa da Rose e perguntou ao Orroz:
- Posso vê-la, Orroz?
- Sim.
- Desculpa, Rose...- disse ela entre abrindo
a porta.
- Entra.
- Mas tenho de te contar uma coisa.
- O que é?
- Rose, alguém tentou matar-me.
- E desconfio do Ordep.
- Mas porquê do Ordep?
- Não sei ao certo.
- Eu sei que não tens provas, mas eu
acredito.- disse.
- O que vai acontecer é grave. Reúne Todos.
- E...
- Menos o Ordep.- respondi.
Ela
aproveitou que o Orroz não estava junto dela e saiu pela janela. Caminhou até
ao portão da vedação que separava a casa do Ordep e do Hollow da dela. De
seguida passou pela porta da entrada sem fazer barulho, e ouviu ele falar.
Então entre abriu a porta e pôs-se a escuta.
- Então conseguiste matar o Hollow?-
perguntou o Diaboy.
- Não consegui, Diaboy.
Sem querer ela suspirou, ele ouviu e por prevenção
disse ao Diaboy que falava com ele mais tarde, pois achava que podia estar a
ser ouvido...ela fechou rapidamente a porta. Quando foi ver, deparou-se com
ela.
- Á quanto tempo estás aqui?
- Eu...eu já sei de tudo, Ordep.- respondeu
ela empurrando-o.
- De tudo o quê?- perguntou o Ordep.
- O que poderia ser mais grave do que aquilo
que eu sei!!?
- Tu sempre estiveste o tempo todo do lado do
Diablo!!!
- Querias-te tornar meu amigo para
poderes...!!!
- Tu não podes duvidar de mim.- disse ele.
- Não são suspeitas, são certezas!!.
exclamei.
- Tentas-te livra-te do Orroz e agora querias
fazer o mesmo ao Hollow e sabes se lá, o que irias fazer a seguir!!
- Vais pagar!!
Pôs- lhe
as mãos no pescoço e começou a sufoca-lo. A sua raiva transformou-se em força,
o Ordep começou a gritar por socorro. A força que tinha nas mãos era tão grande
que nem ele conseguia soltar-se.
- Tu é que és o traidor!!- dizia ela
apertando o pescoço do Ordep.
O
Odracir, a Stephan, o Hollow e a Cristina, foram os que tinham chegando a casa
dela. Entraram e viram o Orroz com o filho nos braços, quando de subito ouviram
um grito. O Orroz foi ao quarto da Rose e viu que esta não estava lá, então
pediu a Stephan que fica se com o filho, e sairam em direcção do grito que
ouviram pensando que podia ser ela.
Mas o grito veio da outra casa dela que era
junto da outra casa dela, e lá morava o Hollow e o Ordep. Subiram as escadas e
viram uma porta e foi quando viram a Rose estrangulando o Ordep.
- Rose, solta-o, Rose.- disse a Cristina.
- Não posso...
- Vais desgaçar a tua vida!!- respondeu o
Hollow.
- Lembra-te da tua família.- disse o Orroz
Ouvindo
isto perdeu a poderosa força que se tinha apoderado das suas mãos, e ao
pucharem-na de novo ela largou o Ordep, e caiu no chão. Rapidamente levantou-se
para o apanhar, mas o Orroz e o Julian puseram se na frente.
- Sai desta casa, Ordep!
- Sai da minha vista se não responderei por
mim!
- Acabarei contigo!
A Rose
saiu porta fora e foi para a sua casa que era já de lado. Entrou em sua casa,
subiu para o quarto tipo capela que ela tinha no 1º piso, o Orroz foi atrás
dela até lá e disse:
- Raaa, como me pude enganar tanto!!
- Devias me ter deixado matar o Ordep.
- Não, Rose!
- Voltei de outra vida...para podemos ser
felizes juntos.
- Não te lembras do que me dizes-te?
Dizes-te:
- "Pode ser que noutra vida possamos ter
a vida que tu e eu sempre sonhamos..."
- Se tiveses matado o Ordep, serias presa.
- Eu sei, Orroz eu só não o matei porque ouvi
o que me disse.
- Ouvi as palavras que dizes-te.
- Pelo teu amor, e pelo nosso filho.
- Obrigado, Orroz por teres-me impedido de
cometer uma loucura.
- Agora deixa-me sozinha. Preciso ficar só.
- Fica aqui, vê se te calmas.
- Eu vou ver, se o Ordep já fez as malas para
se ir embora, quando ir eu venho de avisar.
Aqules
que tinham ajudado a soltar o Ordep das garras da Rose ainda vinham a descer as
escadas da casa ao lado, depois dela, Orroz
e o Ordep terem saído. Entretanto o Orroz tinha ido a casa do lado ver
se ele já estava fazendo a malas, para se ir embora para poder avisar a Rose, e
encontraram-se no caminho...
O Ordep não se conformou, foi então ao carro
buscar um bidão de gasolina. Subiu as escadas, abriu a porta e começou a
espalhar a gasolina. Ela estava de costas, e quando se virou por ouvir falar,
já estava tudo coberto de gasolina. A Stephan como estava no quarto com o bebé
não tinha reparado que ele se encontrava lá em cima no atellier, constituido
por lembranças, objectos...que também se parecia com uma capela.
- O que estás a fazer?!!- exclamei.
- És uma arma muito poderosa, mas se não
seres nossa.
- Não irás te virar contra nós.
Ele
ria-se, abriu a caixa dos fósforos, acendeu-os e começou a manda-los par os
sítios onde se encontrava a gasolina.
- Estás doido, Ordep!!!
- Pára!!
- Estás descontrolado!!
Ela foi
tentar agarra-lo, mas este empurrou-a fazendo-a com que se senta-se na cadeira
e cai-se para trás com o empurrão.
- Para quê isto!!!
- Estás louco, pára!!
Ele
sabia que ela ainda estava fraca devido ao parto, então deu-he uma joelhada na
barriga. Mesmo ainda um pouco dorida, voltou a agarra-lo e a dizer que estava
louco, fora de si.
A Stephan começou a ouvir umas alterações,
saiu do quarto para ver o que era e começou a sentir o cheiro a fumo. Os outros
cá fora , vendo o fogo, correram a correr. E a Stephan ligou para os bombeiros,
seguidamente para consultorio do Julian, e para o Hospital.
- Julian, vem depressa a casa da Rose, está
pegando fogo!!
No atellier:
- Ordep!!
- Estás louco. Para com isso!
- O que estás fazendo!!- gritava ela levando
as mãos a cabeça.
Essa
divisão da casa começou toda a arder. A filha estava a cavalo, e costumava
vigiar a mãe de longe, quando viu fogo na casa dela, começou a chicotear o
cavalo, para cavalgar mais depressa. O Ordep fugir, depois do que fez.
A sua filha Vénus, quando chegou subiu logo
directo para essa divisão. O Rodrigo quando virou-se de repente viu fogo chamas
vindo da janela do atellier da Rose. Saiu a correr em direcção da casa dela.
- Onde vais, Rodrigo?
- A casa da Rose esta pegando fogo!!
- O quê?!!
- Mãe...- disse a Vénus entrando no atellier.
- Mãe, vamos...
- Não, eu não posso..
- Não, vamos sair daqui.- dizia a Vénus
agarrando-a.
- Mãe...!!
A Vénus
bem tentava puxa-la, mas sempre que o fazia ela soltava-se, a ultima vez que a
puxou ela empurrou-a...
Nesse preciso momento o candeeiro, caiu-lhe
sobre a cabeça ferindo-a. Caindo inconsciênte no meio do chão. Ela chamava-a,
mas ela não reagia e começou o chão a ficar com sangue.
- Mãe...!
Vendo
aquele acontecimento, chegou-se logo perto dela.
- Mãe, não...!!!
- Ajudem!!
Ela
"sacudia" a camisa da mãe, agarrava, mas esta não reagia, então
abraçou-a, mas estava desesperada...Era só chamas pela divisão inteira do
atellier, e fumo...
- Mãe, mãe!!- gritava a Vénus.
- Mãe...- dizia a Vénus chorando
- Stephan, despacha-te a ligar para o
bombeiros!!
- Estou tentando, estou tentando...!!
- Antes de me mandarem despachar, começem
enchendo baldes com água e levem para cima.
Chegando
uns ficaram cá em baixo enchendo baldes, e outros a levarem-nos para cima para
apagar o fogo. Enquanto os bombeiros não vinham. Subiram com os baldes de água,
passavam junto dela, mas nada faziam, só apagavam o fogo. A aflição era tanta
que eles nem reparavam nela estendida no chão. Entretanto a Vénus pôs-a no seu
"colo" e gritava por ajuda.
Mas a aflição de apagar o fogo era anta que
eles, nem ouviam. E o com aquela confusão lembrou-se de que a Stephan tinha
deixado o Felipe sozinho, então antes de ir logo para o atellier foi ao quarto
tirar o filho. E pediu, de seguida que a Cristina fica-se com ele e toma-se
conta dele, devido ao fumo que estava em casa. Para que não apanha-se uma
entoxicação. O mante-se o fora dali.
Quando chegou o fogo tinha sido apagado, e a
única pessoa que lá estava era a Vénus, abraçada a sua mãe. Manchada de sangue,
"embalando-a".
- Rose, Meu Deus.- disse ele aproximando-se
rápidamente dela.
- Rose...-
Ouvindo isto a Vénus afastou-se.
O Julian
tinha chegado, correu para o atellier, e em seguida a ambulância também tinha
chegado. O Ordep na fuga lembrou-se:
- Se ela sofreu algum ferimento..., eu como
médico amigo posso...- dizendo isto voltou para lá.
- Por aqui...- disse o Julian.
Puseram-na
numa maca e levaram-na para a ambulância, a Vénus foi atrás e o Orroz também e
já ao sair da porta perguntaram:
- Diz-me Julian é grave.- perguntou o Orroz.
- Sim, é grave.
A
ambulância seguiu para o hospital, mas ele não pode ir com ela por causa do seu
filho. O Orroz pediu que a Cristina fosse ao hospital e leva-se o seu filho. E
que o Odracir a acompanha-se, porque este tinha de ir ver uma coisa. A Vénus
depois da mãe ter sido levada para o hospital, foi ao atellier...e
perguntou-se:
- Mas o que terá acontecido aqui?
- Como é que este incêndio foi começar?
Ao
virar-se, viu algo na mesa...foi lá ver e a unica coisa que encontrou não
queimado foi um coração, e pegou-lhe:
- Tudo o que restou foi um coração.
- Um coração...
- Quem és tu?- perguntou o Orroz.
- Eu não te conheço, o que fazes aqui?!
- Você é o Rodrigo, não é?
- Sim, sou eu.
- Eu não queria que ninguém soubesse,
principalmente ela que uma das sua filhas tinha voltado.
- Filha?
- É
uma antiga historia.
- Tu não serás a Vénus?
- A unica filha que ela tinha ainda pequena e
viva?
- Sim, era e sou.
O João
Pedro que se encontrava no 1º piso escondido ouviu tudo o que eles falaram.
Após terem saido, o João Pedro entrou no atellier e tirou o bidão de
gasolina...
Entretanto no Hospital, o Ordep tinha ido
atrás da ambulância, mas não entrou logo, demorou o tempo preciso para ela
entrar e ser atendida por um médico especialista.
- Dr, é
um caso de urgência...- disse o Julian.
- A paciente sofreu quimaduras e uma pancada
na cabeça.
Pouco depois disto apareceu o Ordep.
- Ordep?- interrogou-se o Julian.
- Qual é o espanto Julian?
- Eu sou médico, e amigo dela.
- Olha, o Doutor.
- Dr, o que acha do caso?
- O que mais me preocupa, é a pancada na
cabeça, pois continua sem sentidos.
- Pode ter havido congestão cerebal.
- É o que eu temia.
- E as queimaduras?
- Foi atengida pelo fogo em algumas partes do
corpo, mas já foram tratadas com os
procedimentos de praxe.
- A paciente foi atingida pelo fumo na
garganta, e nos olhos.
- Nos olhos?- perguntou o Ordep.
- Quem é o senhor?
- Um amigo dela, e médico também.
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