quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 5


-    É um rapaz, contudo o que se passou acho melhor só a visitarem amanhã.
-    Ele tem razão, é melhor voltar amanhã.- respondeu a Cristina. 
O Orroz, veio á sala e mostrou o bebé a eles, para que não incomodar a esposa. E como já era tarde perguntou:
-    Não querem, cá dormir?
-    Se não te importares.
-    É claro que não me importo, assim ela quando acordar já tem visitas.
A noite caiu, e um lindo dia surgiu. Ela tinha acordado com a luz forte que batia na janela, mas um pouco atordoada. O Rodrigo percebeu que esta tinha acordado, e levar-lhe o pequeno-almoço a cama.
-    Que querido...
-    Estas melhor?
-    Ainda me sinto um pouco cansada.- falando isto bateram na porta.
-    Sim?
-    Podemos, entrar?- perguntou a Angel.
-    Sim, podem.


(...)
-    Já sabes o nome que lhe vais dar?
-    Felipe.
-    É pena, mas muitos de nós têm de ir trabalhar.
O Hollow foi passear a cavalo ao riacho, parece que ele já conquistou alguém. A Vénus, ia atrás dele para o espiar e salvaguardar se precisa-se. Quando chegou desceu do seu cavalo, e pôs-se sentado numas rochas junto do rio.
  Alguém também andava, naquele sitio para o matar, a mandado do Diaboy. O Hollow quando entrou na água, pouco mais de uns segundos apareceu uma pessoa por detrás dele para o afogar. A Vénus, vendo aquilo saiu galopando até junto riacho para salvar o Hollow. Ela chegando ao riacho pôs-se frente a essa pessoa e disparou, como tinha boa pontaria acertou nessa pessoa.
Este ao ser atingido largou o Hollow e fugiu. Mas o azar é que só passou de raspão. Ela puxou-o para a margem e socorreu-o, quando estava acordando, desviou-se dele pegou nas rédeas do cavalo montou-o e fugiu. Ele ficou pensando quem seria aquela rapariga bonita que o salvara.
  Meio atordoado, montou o seu cavalo e voltou para casa. Chegando desmontou e foi a casa da Rose e perguntou ao Orroz:
-    Posso vê-la, Orroz?
-    Sim.
-    Desculpa, Rose...- disse ela entre abrindo a porta.
-    Entra.
-    Mas tenho de te contar uma coisa.
-    O que é?
-    Rose, alguém tentou matar-me.
-    E desconfio do Ordep.
-    Mas porquê do Ordep?
-    Não sei ao certo.
-    Eu sei que não tens provas, mas eu acredito.- disse.
-    O que vai acontecer é grave. Reúne Todos.
-    E...
-    Menos o Ordep.- respondi.
Ela aproveitou que o Orroz não estava junto dela e saiu pela janela. Caminhou até ao portão da vedação que separava a casa do Ordep e do Hollow da dela. De seguida passou pela porta da entrada sem fazer barulho, e ouviu ele falar. Então entre abriu a porta e pôs-se a escuta.
-    Então conseguiste matar o Hollow?- perguntou o Diaboy.
-    Não consegui, Diaboy.
  Sem querer ela suspirou, ele ouviu e por prevenção disse ao Diaboy que falava com ele mais tarde, pois achava que podia estar a ser ouvido...ela fechou rapidamente a porta. Quando foi ver, deparou-se com ela.
-    Á quanto tempo estás aqui?
-    Eu...eu já sei de tudo, Ordep.- respondeu ela empurrando-o.
-    De tudo o quê?- perguntou o Ordep.
-    O que poderia ser mais grave do que aquilo que eu sei!!?
-    Tu sempre estiveste o tempo todo do lado do Diablo!!!
-    Querias-te tornar meu amigo para poderes...!!!
-    Tu não podes duvidar de mim.- disse ele.
-    Não são suspeitas, são certezas!!. exclamei.
-    Tentas-te livra-te do Orroz e agora querias fazer o mesmo ao Hollow e sabes se lá, o que irias fazer a seguir!!
-    Vais pagar!!
Pôs- lhe as mãos no pescoço e começou a sufoca-lo. A sua raiva transformou-se em força, o Ordep começou a gritar por socorro. A força que tinha nas mãos era tão grande que nem ele conseguia soltar-se.
-    Tu é que és o traidor!!- dizia ela apertando o pescoço do Ordep.
O Odracir, a Stephan, o Hollow e a Cristina, foram os que tinham chegando a casa dela. Entraram e viram o Orroz com o filho nos braços, quando de subito ouviram um grito. O Orroz foi ao quarto da Rose e viu que esta não estava lá, então pediu a Stephan que fica se com o filho, e sairam em direcção do grito que ouviram pensando que podia ser ela.
  Mas o grito veio da outra casa dela que era junto da outra casa dela, e lá morava o Hollow e o Ordep. Subiram as escadas e viram uma porta e foi quando viram a Rose estrangulando o Ordep.
-    Rose, solta-o, Rose.- disse a Cristina.
-    Não posso...
-    Vais desgaçar a tua vida!!- respondeu o Hollow.
-    Lembra-te da tua família.- disse o Orroz
Ouvindo isto perdeu a poderosa força que se tinha apoderado das suas mãos, e ao pucharem-na de novo ela largou o Ordep, e caiu no chão. Rapidamente levantou-se para o apanhar, mas o Orroz e o Julian puseram se na frente.
-    Sai desta casa, Ordep!
-    Sai da minha vista se não responderei por mim!
-    Acabarei contigo!
A Rose saiu porta fora e foi para a sua casa que era já de lado. Entrou em sua casa, subiu para o quarto tipo capela que ela tinha no 1º piso, o Orroz foi atrás dela até lá e disse:
-    Raaa, como me pude enganar tanto!!
-    Devias me ter deixado matar o Ordep.
-    Não, Rose!
-    Voltei de outra vida...para podemos ser felizes juntos.
-    Não te lembras do que me dizes-te? Dizes-te:
-    "Pode ser que noutra vida possamos ter a vida que tu e eu sempre sonhamos..."
-    Se tiveses matado o Ordep, serias presa.
-    Eu sei, Orroz eu só não o matei porque ouvi o que me disse.
-    Ouvi as palavras que dizes-te.
-    Pelo teu amor, e pelo nosso filho.
-    Obrigado, Orroz por teres-me impedido de cometer uma loucura.
-    Agora deixa-me sozinha. Preciso ficar só.
-    Fica aqui, vê se te calmas.
-    Eu vou ver, se o Ordep já fez as malas para se ir embora, quando ir eu venho de avisar.
Aqules que tinham ajudado a soltar o Ordep das garras da Rose ainda vinham a descer as escadas da casa ao lado, depois dela, Orroz  e o Ordep terem saído. Entretanto o Orroz tinha ido a casa do lado ver se ele já estava fazendo a malas, para se ir embora para poder avisar a Rose, e encontraram-se no caminho...
  O Ordep não se conformou, foi então ao carro buscar um bidão de gasolina. Subiu as escadas, abriu a porta e começou a espalhar a gasolina. Ela estava de costas, e quando se virou por ouvir falar, já estava tudo coberto de gasolina. A Stephan como estava no quarto com o bebé não tinha reparado que ele se encontrava lá em cima no atellier, constituido por lembranças, objectos...que também se parecia com uma capela.
-    O que estás a fazer?!!- exclamei.
-    És uma arma muito poderosa, mas se não seres nossa.
-    Não irás te virar contra nós.
Ele ria-se, abriu a caixa dos fósforos, acendeu-os e começou a manda-los par os sítios onde se encontrava a gasolina.
-    Estás doido, Ordep!!!
-    Pára!!
-    Estás descontrolado!!
Ela foi tentar agarra-lo, mas este empurrou-a fazendo-a com que se senta-se na cadeira e cai-se para trás com o empurrão.
-    Para quê isto!!!
-    Estás louco, pára!!
Ele sabia que ela ainda estava fraca devido ao parto, então deu-he uma joelhada na barriga. Mesmo ainda um pouco dorida, voltou a agarra-lo e a dizer que estava louco, fora de si.
  A Stephan começou a ouvir umas alterações, saiu do quarto para ver o que era e começou a sentir o cheiro a fumo. Os outros cá fora , vendo o fogo, correram a correr. E a Stephan ligou para os bombeiros, seguidamente para consultorio do Julian, e para o Hospital.
-    Julian, vem depressa a casa da Rose, está pegando fogo!!
  No atellier:
-    Ordep!!
-    Estás louco. Para com isso!
-    O que estás fazendo!!- gritava ela levando as mãos a cabeça.
Essa divisão da casa começou toda a arder. A filha estava a cavalo, e costumava vigiar a mãe de longe, quando viu fogo na casa dela, começou a chicotear o cavalo, para cavalgar mais depressa. O Ordep fugir, depois do que fez.
  A sua filha Vénus, quando chegou subiu logo directo para essa divisão. O Rodrigo quando virou-se de repente viu fogo chamas vindo da janela do atellier da Rose. Saiu a correr em direcção da casa dela.
-    Onde vais, Rodrigo?
-    A casa da Rose esta pegando fogo!!
-    O quê?!!
-    Mãe...- disse a Vénus entrando no atellier.
-    Mãe, vamos...
-    Não, eu não posso..
-    Não, vamos sair daqui.- dizia a Vénus agarrando-a.
-    Mãe...!!
A Vénus bem tentava puxa-la, mas sempre que o fazia ela soltava-se, a ultima vez que a puxou ela empurrou-a...
  Nesse preciso momento o candeeiro, caiu-lhe sobre a cabeça ferindo-a. Caindo inconsciênte no meio do chão. Ela chamava-a, mas ela não reagia e começou o chão a ficar com sangue.
-    Mãe...!
Vendo aquele acontecimento, chegou-se logo perto dela.
-    Mãe, não...!!!
-    Ajudem!!
Ela "sacudia" a camisa da mãe, agarrava, mas esta não reagia, então abraçou-a, mas estava desesperada...Era só chamas pela divisão inteira do atellier, e fumo...
-    Mãe, mãe!!- gritava a Vénus.
-    Mãe...- dizia a Vénus chorando
-    Stephan, despacha-te a ligar para o bombeiros!!
-    Estou tentando, estou tentando...!!
-    Antes de me mandarem despachar, começem enchendo baldes com água e levem para cima.
Chegando uns ficaram cá em baixo enchendo baldes, e outros a levarem-nos para cima para apagar o fogo. Enquanto os bombeiros não vinham. Subiram com os baldes de água, passavam junto dela, mas nada faziam, só apagavam o fogo. A aflição era tanta que eles nem reparavam nela estendida no chão. Entretanto a Vénus pôs-a no seu "colo" e gritava por ajuda.
  Mas a aflição de apagar o fogo era anta que eles, nem ouviam. E o com aquela confusão lembrou-se de que a Stephan tinha deixado o Felipe sozinho, então antes de ir logo para o atellier foi ao quarto tirar o filho. E pediu, de seguida que a Cristina fica-se com ele e toma-se conta dele, devido ao fumo que estava em casa. Para que não apanha-se uma entoxicação. O mante-se o fora dali.
  Quando chegou o fogo tinha sido apagado, e a única pessoa que lá estava era a Vénus, abraçada a sua mãe. Manchada de sangue, "embalando-a".
-    Rose, Meu Deus.- disse ele aproximando-se rápidamente dela.
-    Rose...- Ouvindo isto a Vénus afastou-se.
O Julian tinha chegado, correu para o atellier, e em seguida a ambulância também tinha chegado. O Ordep na fuga lembrou-se:
-    Se ela sofreu algum ferimento..., eu como médico amigo posso...- dizendo isto voltou para lá.
-    Por aqui...- disse o Julian.
Puseram-na numa maca e levaram-na para a ambulância, a Vénus foi atrás e o Orroz também e já ao sair da porta perguntaram:
-   Diz-me Julian é grave.- perguntou o Orroz.
-   Sim, é grave.
A ambulância seguiu para o hospital, mas ele não pode ir com ela por causa do seu filho. O Orroz pediu que a Cristina fosse ao hospital e leva-se o seu filho. E que o Odracir a acompanha-se, porque este tinha de ir ver uma coisa. A Vénus depois da mãe ter sido levada para o hospital, foi ao atellier...e perguntou-se:
-    Mas o que terá acontecido aqui?
-    Como é que este incêndio foi começar?
Ao virar-se, viu algo na mesa...foi lá ver e a unica coisa que encontrou não queimado foi um coração, e pegou-lhe:
-    Tudo o que restou foi um coração.
-    Um coração...  
-    Quem és tu?- perguntou o Orroz.
-    Eu não te conheço, o que fazes aqui?!
-    Você é o Rodrigo, não é?
-    Sim, sou eu.
-    Eu não queria que ninguém soubesse, principalmente ela que uma das sua filhas tinha voltado.
-    Filha?
-    É  uma antiga historia.
-    Tu não serás a Vénus?
-    A unica filha que ela tinha ainda pequena e viva?
-    Sim, era e sou.
O João Pedro que se encontrava no 1º piso escondido ouviu tudo o que eles falaram. Após terem saido, o João Pedro entrou no atellier e tirou o bidão de gasolina...
  Entretanto no Hospital, o Ordep tinha ido atrás da ambulância, mas não entrou logo, demorou o tempo preciso para ela entrar e ser atendida por um médico especialista.
-    Dr, é um caso de urgência...- disse o Julian.
-    A paciente sofreu quimaduras e uma pancada na cabeça.
  Pouco depois disto apareceu o Ordep.
-    Ordep?- interrogou-se o Julian.
-    Qual é o espanto Julian?
-    Eu sou médico, e amigo dela.
-    Olha, o Doutor.
-    Dr, o que acha do caso?
-    O que mais me preocupa, é a pancada na cabeça, pois continua sem sentidos.
-    Pode ter havido congestão cerebal.
-    É o que eu temia.
-    E as queimaduras?
-    Foi atengida pelo fogo em algumas partes do corpo, mas já  foram tratadas com os procedimentos de praxe.
-    A paciente foi atingida pelo fumo na garganta, e nos olhos.
-    Nos olhos?- perguntou o Ordep.
-    Quem é o senhor?
-    Um amigo dela, e médico também.

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