terça-feira, 10 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 4


Sim, nada que não aconteça no teu estado.
-    Vou dar uma curta volta pela floresta.
-    Mas tens de...
-    Eu já sei, só vou apanhar um pouco de ar.
-    E só mais uma coisa não contem a ninguém, sobre a minha gravidez.
-    Principalmente ao Rodrigo.
Levantou-se da cama, e saiu para dar a tal curta volta pela "floresta" pensando, agora já tinha a certeza de que estava grávida, entretanto sentou-se em frente aquele rio/riacho onde tinha passado bons momentos etc, quando...
O coração começou a bater-lhe mais depressa, na sua boca aparecia um sorriso, e os seus olhos estavam cheios de amor e de um segredo que ainda só ela sabia.
  Ouviu ele a pisar os galhos secos e, depois ao ve-lá avançou na sua direcção. Os seus olhos castanhos adquiriram uma intensidade de amor.
-    O Hollow disse-me que te devia encontraria aqui- disse ele.
-    Eu tenho uma novidade maravilhosa para ti...mas ainda não.
Disse ela em voz baixinha, passando a mão levemente pela barriga, onde uma nova vida tinha começado a existir. Passou-lhe os braços á volta do corpo e apertou-a, sentidas as pancadas do coração dele e dela. Ela olhou para ele com uns olhos incrivelmente claros, e ele estremeceu ao senti-la tão junto a si. E disse como poderia viver sem a ter junto de si, o tempo em que estiveram afastados fez ele perceber isso. No dia seguinte a noite ela preparou um jantar diferente, á luz de velas. Parece que fizeram as pazes, jantaram, namoriscaram e por fim quando vieram até cá fora ela...
-    Orroz eu estou grávida.
-    Tu estás o quê?
-    Estou grávida.


Ele abraçou-a...nunca estará tão contente, seus olhos brilhavam, e um sorriso rasgado de felicidade apareceu-lhe na boca...
-    Eu vou ser pai.- exclamou ele.
-    Hoje sou a pessoa mais feliz.
Na manhã seguinte ele tinha que se levantar para ir trabalhar, trabalhava como comissário de justiça. Levantou-se mais cedo que de costume, preparando-lhe pequeno-almoço, e depois foi-se despedir dela, mas está acordou.
-    Já te vais embora Rodrigo?
-    Não te preocupes, venho para casa o mais rápido que puder.
-    Se acontecer alguma coisa liga-me...
-    Sim, mas agora dá-me em beijo de despedida.
Um pouco mais tarde, levantou-se arrumou-se e quando foi a cozinha tinha o pequeno-almoço preparado, com uma rosa por cima de um bilhete que dizia:
   Com carinho para a mulher que amo e que vai ser a mãe dos meus filhos.
      Alguém que eu não quero perder.  
            
                                        Beijos do teu amado marido
-    Que querido.
Depois de tomar o pequeno-almoço, de ter arrumado a loiça foi para o seu trabalho na PJ. No trabalho ambos os dois pediam que o tempo passa-se rápido para poderem ir para casa.
-    Então Rose?
-    Desculpem-me...
-    Estás distraída passa-se algo?- perguntou o Ricardo.
-    Por acaso.
-    Já está na hora do almoço, não queres ir almoçar?
-    Pode ser.
-    Aproveitamos e conversamos.
Ela foi buscar a sua mala, enquanto o Ricardo a esperava. Depois de almoço o Ricardo perguntou porque é que ela estava tão alegre e distraída.
-    Conta lá o que se passa.
-    Nada.
-    Nada?
-    Só estou assim por causa do pequeno-almoço surpresa que o meu marido me preparou.
-    Já fizeram as pazes?
-    Sim.
-    Mas agora falando no caso, o que achas?
-    O tipo era uma das pessoas da empresa que fazia jogos.
-    Interrogas-te o pessoal que trabalhava com ele?
-    Sim, o chefe da vitima disse que o jogo que estava fazendo era muito cobiçado.
-    E também descobri que um dos seus colegas de trabalho continha uma arma, no local de trabalho.
-    E o chefe então despediu-o.
-    Olha as horas, temos de ir.
Pagaram a conta e voltaram para o DEC, as horas iam passando até que chegou a hora de me ir embora para casa. Chegando a casa, já lá estava o meu marido preparando o jantar.
-    Então como correu o dia?- perguntou ele.
-    Um tipo que fazia jogos, foi morto no próprio jogo.
-    Estavam praticando o jogo que ele fez, pessoalmente com armas que disparavam tinta. Parece que ele não estava com disposição para o jogo e apanharam no logo.
-    Ficando a espera dos outros e parece que alguém o matou.
-    A questão é quem.
-    Tenho a certeza que irás descobrir quem foi.
-    Mas tem cuidado.
-    Então e tu, meu amor?
-    Normal, pacientes com problemas...
-    Nada de especial.
-    Então o que irás fazer amanhã?- perguntou ele colocando os braços a volta da cintura dela.
-    Voltaremos a impressa, pode ser que por acaso descobrimos algo novo.
-    Rodrigo...!- gritou ela olhando para o fogão.
-    O que foi?
-    O jantar...
-    OH, não...- respondeu ele.
-    Pronto lá se foi o jantar.- disse ela sorrindo p´ra ele.
Na manhã seguinte ela fez a mesma rotina, despediu-se do marido e foi para a impressa. Quando chegou já lá estava o Ricardo a sua espera.
-    Amanheceste?
-    Não, mas porquê?
-    Já estas cá primeiro que eu.
-    Deixemos de conversa temos trabalho.- disse o Ricardo subindo as escadas para entrar na impressa.
-    Ricardo, a vitima não tinha um computador?
-    Sim.
-    Então pode ser que ele tenha algo guardado no computador que nos de uma pista.- disse ela quando estavam a entrar para o levador.
-    Pronto chegamos.
-    Srs. Inspectores...
-    Podemos ver o computador dele?- perguntamos.
-    Sim.
-    Alguém sabe a password dele!
-    Eu sei.- disse uma das colegas.
Introduziram a palavra-chave dele no PC, viram os seus e-mail e encontraram varias mensagens ameaçadoras dizendo:
  Só tens uma vida protegia, Game over etc.
-    Era o que desconfiava.- disse ela.
-    Temos que ver a morada.
Passado algum tempo, a Rose recebeu um e-mail da mesma pessoa que mandou e-mail a vitima marcando um encontro. Ela armou-se e foi  ao encontro que essa pessoa marcou, mas deixou na secretaria do Ricardo um papel escrito dizendo onde ele devia ir.
Depois dela ter chegado ao local combinado, apareceu o dono da empresa, com uma arma apontada a cabeça daquele funcionário que era suspeita, aquele que tinha sido despedido...adiante o Ricardo tinha lido o papel com a mensagem, e foi para o sítio onde ela já se encontrava.
-   Senhora, inspectora...
O tempo passava o Ricardo seu amigo já estava no local, mas mais a frente deparou-se com dois caminhos. E não sabia qual havia de escolher, então lembrou-se de quando ele tinha jogado com ela o jogo que a vitima tinha feito.
  No jogo ele tinha escolhido o caminho direito, foi então o caminho que ele escolheu. Quando o Ricardo estava chegando ele apontou a arma, para a Rose está sabendo que era aquele o momento mandou o seu cão atacar. Mas ao derrobar-lo este apertou o gatilho ferindo-a de raspão no braço direito.
-    Game over.- disse eu ao dono da impressa.
-    Agora o dinheiro que ganhou não lhe servirá para nada.- disse o Ricardo prendendo-o, e levando-o.
Muitos casos resolveu, num deles até foi atingida nas costas, a 7mm do coração, durante a sua gravidez, também teve problemas na gravidez. Quando teve um aborto espontâneo, mas parecia que aquela criança tinha um anjo-da-guarda, pois nunca lhe acontecia nada, ficava fora de perigo. O seu marido acompanhava-a sempre, fosse no que fosse ia com ela as consultas, exames etc..
Alguns meses mais tarde, com 7 meses, ela não andava muito bem,..não dormia direito, anda sobre pressão. Andava a não se alimentar como deve, e era o mês do calor, começando a ficar um pouco em baixo até que...
-    Voltas-te a não dormir, nem alimentar-te de novo.- disse o Orroz.
-    Virem, mas não deve ser nada.
-    Estás pálida, suando frio.
-    Deixa para lá.- dizendo isto sentou-se.
-    O que estás sentido?- perguntou ele começando a ficar aflito.
-    Rose...Rose...
Ela tinha perco os sentidos, o Ordep como morava junto da sua casa, por coincidência ao passar por lá, ouviu a aflição do Orroz e entrou. Quando ia a entrar lembrou-se do que o Diablo lhe tinha dito.
  "Aproveita pois irás ter óptimas oportunidades a contar de agora."
-    Rose, acorda, fala comigo.
-    O que foi Orroz? O que se passa?
-    Ela desmaiou.
-    Rose...- disse o Ordep.
-    Então, Ordep?
-    Deve ser pressão baixa, ela está suando muito.
-    Não admira, não se alimenta adequadamente, não descansa.
Ela começou a acordar, mas ainda estava zonza. O Orroz ao vê-la acordada diminuiu-lhe a preocupação com que estava, pois ela está grávida. 
-    Não, não...já passou.
-    Meu Deus o meu...
-    Calma, calma.
-    Não estás em condições...o que quer que seja.
-    É melhor leva-la para a clínica.
-    Para fazer enxames, devido ao estado que está. É mais aconselhável.
O Orroz então pegou-a no colo...na clínica:
-    É claro, o seu corpo reagiu ao que estavas fazendo com ele.
-    Se alimentando mal, dormindo mal, não há organismo que aguente.
-    Agora, terás de ficar aqui em repouso.
-    Até os enxames chegarem, para confirmar se nada aconteceu ao bebé.
Mais tarde o Julian, que também era médico viu os enxames feitos por ela, viu que não tinha acontecido nada. Abriu a porta, com os enxames na mão e disse:
-    Afinal podes ir para casa, não aconteceu nada com o bebé.
Já em casa, para segurança, o Orroz não deixou a deixou fazer absolutamente nada, deitou-se a ver televisão, a descansar. 
  Enquanto ele ia fazer o jantar, quando bateram a porta e quem era: os seus amigos.
-    Pode-se entrar?
-    Claro.
-    A Rose?
-    Está descansando no quarto.
-    Podemos ir vê-la, não podemos?
-    Sim, podem
-    Só mais uma coisa, querem cá jantar?
-    Quer dizer, se não tiverem nada marcado.
-    Tudo bem, pode ser.
Os segundos, os minutos, as horas, os dias e as semanas iam passando, chegando finalmente o dia. Começou o pôr-do-sol e a noite caindo, uma noite embora bonita, mas muito escura, encobrindo alguma coisa. A seguir do jantar vieram cá para fora passear um pouco, até que:
-    Orroz, a noite só agora começou, mas eu estou um pouco cansada.
-    Sei que ainda é cedo...
-    Vou para dentro.
-    Está bem, eu já estou indo.
Ela foi para dentro, entrou no quarto e acendeu o candeeiro. Vestiu-se para ir dormir, quando sentiu uma aguadilha escorrendo-lhe pelas pernas. Num curto espaço de tempo deu-lhe uma contracção, ela ao sentir isso caiu e derrubou o candeeiro apagando a luz. Como estava sozinha em casa, porque o Orroz andava ainda lá fora, não viu outra forma a não ser gritar.
-    Orroz, Orroz!!!
-    Orroz...
-    Rodrigo!!!  
-    Ela esta gritando.- disse correndo.
-    Rose,...
-    Orroz, vai nascer...
Na outra vida ela tinha tido uma filha chamada Vénus, essa filha raramente esteve com a sua mãe, e por imprevistos da vida
não cumpriu a sua missão, pois foi morta. Já sabia que iria morrer por isso disse a sua mãe:
   "Mãe quero que saibas que gosto muito de ti..."
Essa filha tinha voltado, mas ninguém sabia. Ainda não chegara a hora de se mostrar, a hora de aparecer...
  Desde que voltou vigiava a sua mãe de longe, sem ser vista por ninguém. Não queria que a mãe voltasse a sofrer por causa dela, ou a ter de fazer sacrifícios. Queria manter a ideia de que os seus outros filhos estavam mortos. Entretanto o Orroz:
-    O que é que eu vou fazer?
-    Telefona ao Julian.- disse ela.
-    Claro, claro
Ele telefonou, mas quem havia de passar por ali naquele momento, o Ordep. Entou, e apercebeu-se que o bebé ia nascer, visto que não tinha ninguém que lhe pudesse fazer o parto...
-    Rodrigo o que se passa?
-    A Rose esta tendo o nosso filho.
-    Rodrigo trás água quente, panos e uma tesoura esterilizada.
-    E uma bacia!- disse o Julian entrando em casa.
(...)
Os outros já tinha chego, a Larissa estava lá dentro a auxiliar o Ordep no parto. Apesar de ser assistente do Julian. Enquanto os outos incluindo o Orroz esperavam cá fora, esperando por notícias. O tempo passava, e nada o tormento apoderava-se do Orroz. Até que por fim já se ouvia o choro da criança, por seguinte tinha nascido sem problemas. O Rodrigo logo que ouviu o choro, entrou no quarto e viu o seu filho. De seguida foi ver a sua esposa, mas ela estava desacordada...
-    Ordep o que é que ela tem?
-    Devido ao esforço, e a perda de sangue que teve...
-    Ela não esta...?!
-    Não, apenas esta sem sentidos, e deverá descansar bastante.
-    O parto foi muito complicado.- respondeu o Julian.
-    Nós agora vamos nós retirar.- disseram.
-    Então Ordep?- perguntaram os que estavam na sala a espera de noticias.

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