segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 3


-    Se estivemos a treinar quem é que fez o almoço?- perguntou a Vânia.
-    Não faz mal, encomenda-se.
O tempo ia passando, eles treinavam, brincavam, divertiam-se, até o próprio Orroz já participava. Um dia ele foi passear a cavalo com ela e perguntou-lhe:
-    Queres casar comigo?
-    Eu...eu, é claro que quero.
A seguir a isto caRosem-se, uns meses depois. A festa foi maravilhosa, decorada com flores, mas só os Cavaleiros e Cavaleiras é que foram. A noite os dois recém-casados saíram da festa...na manhã seguinte.
-    Orroz, não estranhas que o Diablo não ande a fazer nada?
-    Anda mas é a tramar alguma.
-    Vamos nos levantar e aproveitar o lindo dia.
Uns minutos depois, arranjaram o pequeno-almoço para os outros e foram cá para fora treinar, mas antes foram passear e ela disse:
-    Tenho de te confessar uma coisa.
-    Diz.
-    Eu tive imensas saudades tuas.
-    Eu não queria dizer aquilo...eu não queria que te vocês embora...
-    Esquece Rose.
-    Não estamos novamente juntos?
-    Que barulho é este?- perguntou a Cristina.
-    Ainda é cedo.- respondeu a Vânia.
-    Eu vou espreitar.- respondeu  a Stephan.
-    É o Orroz e a Rose.
-    O Orroz e a Rose?


-    E até já fizeram-nos o pequeno-almoço.
-    Então bora levantar!- disse a Joana.
-    Não me apetece.- respondeu a Magda
-    Ai, não...
A Rose e o Orroz apanharam um bicho e mandaram-lhe pela janela, para ver o espalhafato que se ia suceder...
-    Magda, olha...- disse a Cristina.
-    Olha o quê?
-    No teu ombro.- respondeu a Nicole.
-    Um bicho!- Gritou a Vânia.
Com o grito todos os Cavaleiros saltaram das camas, atónitos...
-    Rose e Orroz quando vos apanhar.- disse ela saltando pela janela.
-    Deixa-me fugir.- disse eu.
Os Cavaleiros vestiram-se todos a pressa e vieram cá fora, e começaram a ver aquilo e disseram:
-    O que se passa? O que aconteceu?
-    Nada, só manda-mos para cima dela um...- dizia eu.
-    ...bicho.- terminou o Orroz.
-    E nós que saltamos das camas aflitos, por causa disto.
-    Há, é...
-    Então esperem que já vão ver!
Todos os Cavaleiros a fugirem na brincadeira das Cavaleiras, as Cavaleiras a fugirem dos Cavaleiros na brincadeira, até esbarrarem-se uns com os outros.
-    Já chega, não aguento mais- respondeu a Cristina.
-    Que tal irmos todos fazer um pic-nic?- perguntei eu.
-    Não me parece ser uma má ideia.- respondeu o Orroz.
Duas das Cavaleiras foram preparar o cesto com o pic-nic, enquanto os outros foram buscar os cavalos...
-    Nunca te vi assim.- respondeu a Stephan.
-    O amor muitas vezes munda as pessoas.- respondi.
-    Ei, vocês vão demorar assim tanto tempo?- gritavam os outros cá fora.
-    Já estamos indo.
Pouco menos de 5 minutos saíram, a Rose montou o Tornado cavalo em que sempre confiara e acompanhara em tudo, e em seguida a sua amiga, e saíram galopando por entre a floresta onde existia um riacho. Ao chegarem desmontaram e tiraram os freios dos cavalos. O Hollow e Orroz estavam de costas para mim e na brincadeira empurrei-os para dentro de água.
-    Quem foi que nos empurrou?- perguntaram os dois.
-    Foste tu, não foi Rose?
-    Eu, eu não.
-    Que ideia.- respondeu o Hollow.
-    Vamos apanha-la.
-    Não...isso não...
Os dois saíram trás dela, correram atrás dela uns segundos, mas apanharam-na e puseram-na dentro de água.
-    Olhem para isto parecem crianças.- respondeu a Vânia.
-    Há é...
-    Não estou gostando desse vosso olhar.- disse a Vânia.
-    Porquê?- perguntou o Odracir.
-    Vamos manda-la a água.
-    Não...
-    Vocês me pagam.- disse ela saindo de dentro de água.
Enquanto a Magda e a Cristina arrumavam as coisas para o pic-nic, os outros entretinha em jogar vários jogos etc. E o Ordep tinha-se afastado um pouco de nós, mas parece que ninguém tinha reparado.
-    Ordep!!
-    Sim, mestre.
-    Nunca mais voltes a fazer o que fixes-te!!
-    Nunca mais obedeças a uma ordem disparatada com á do Diaboy!!
-    Mas Diablo...- disseram os dois.
-    Calem-se!
-    Ordep volta p´ra lá faz-te de melhor amigo dela tenta conquistar a sua confiança, entendes-te?!
-    Sim, Diablo.
-    Aproveita pois irás ter óptimas oportunidades a contar de agora.
-    Ela é uma opróbrio...
O Ordep voltou para junto de nós, a desconfiança que tinha a cerca dele teimava em persistir. Sabia que não era de confiança.
-    Porque é que estás tão séria?
-    Por nada...
-    Então Ordep onde te escondes-te?- perguntou ela levantando-se.
-    Escondi-me? Eu não me escondi só andava dando uma volta.
-    Sim, tens razão.
O Diablo continuava sem deixar sinal, e 2 meses tinham passando. Os Cavaleiros como a Magda, Vânia,  João Ricardo,  João Pedro, Jonathan, Ricardo, Diego e o Odracir, voltaram as suas vidas normais com alguma sorte compravam casas junto da minha. O Hollow, o Ordep e o Julian ficaram na casa ao lado da minha, quer dizer era uma casa que existia pagada a minha. E eu e o Orroz ficamos na mesma casa, mas parcialmente sozinhos. Muitos anos se pasRosem, até aos dias em que eles estão hoje, sabem que ela foi a única que viveu...estavam casados recentemente. Ela desde que se isolou nunca mais se divertia, passeava...
Mas no meio da manhã ele fez algo, levou-a de carro a conhecer muitas coisas que nunca vira...a sentir uma sensação de alegria, de ser livre...
 (...)
Como todos os casais começaram a ter pequeninas descusões, zangas o que dizem que é perfeitamente comum. As desconfianças, os ciúmes tanta coisa. Entretanto o Rodrigo começava a chegar tarde a casa, e como desde adolescente ou até mesmo criança disse e dizia que não iria tolerar que o seu marido chega-se tarde a casa, sem uma única explicação. Não deixaria isso passar como a sua mãe tinha feito, fez-lhe as malinhas e pôs as a porta. Quando chegou bateu "com o nariz na porta", como ainda não tinha vendido o seu antigo apartamento voltou para ele.
  Mas como gostava dela, tentava por todos os meios desculpar-se. Ele ligou-lhe a convida-la para ir jantar com ele, mas ela não lhe respondia e então disse:
Solidão trancou o meu coração, fechando-o por dentro. Entrou e está morando cá dentro, roubou a minha alegria meu motivo de viver, meus sonhos fez desaparecer.
A felicidade foi um brilho de momento, de repente sem motivo algum fechou o tempo, apenas um minuto e desapareceste.
  Deixando a certeza de que o nosso amor morreu. Lembras-te quando caminhávamos apaixonados, me diz qual o erro que matou o nosso amor. Se foi eu que cometi, se mereço então ser escravo da dor, solidão.
-    Tens razão...- disse ele.
-    Espera, Rodrigo...
-    Sim, Rose?
-    Está bem.
Tudo bem ela aceitou, quando chegou ao sitio combinado não viu lá ninguém, então entrou no restaurante e esperou por ele lá, entretanto passado pouco tempo apareceu.
-    Olá.- disse ele beijando-a.
-    Olá.
-    Estava á tua espera lá fora.- disse.
-    Desculpa o atraso.
-    Não devia, mas estava com saudades.
-    Tenho de te perguntar uma coisa.- disse ela.
-    Andas a sair com a Magda?
-    Só quero saber.
-    Não porque perguntas?
-    Foi uma coisa que a Nicole disse.
-    Ela disse que me viu com a Magda?
-    Não disse que te viu com uma pessoa.
-    Não tens andado a sair...
-    Não, não tenho saido com ela.
-    Então com quem estavas nas noites que chegavas tarde a casa?
-    Com ninguém.
-    Espero que gostem...- disse o empregado trazendo o jantar.
Depois do empregado ter posto os pratos na mesa, ela começou a ver a comida, petiscava e depenicava e não comia.
-    O que foi?- perguntou ele.
-    Nada.
Ela continuava a fazer o mesmo e a sentir-se mal, enjoada. Até que de repente levantou-se da mesa a correr para a casa-de-banho. O Orroz vendo isso ficou preocupado, pois não tinha tocado na comida e por ela se ter levantado da mesa, foi a casa-de-banho ver o que se passava.
-    Rose? Estás bem?
-    Eu sei que é estranho, mas havia algo de errado com o meu peixe.
-    Nem sequer provaste.
-    Senti-me enjoada.
-    Queres ir sentar-te?
-    Quero ir a casa.
Voltar, pagaram a conta e foram se embora, ela quando saíram no caminho perguntou-lhe:
-    Podemos sair noutro dia?
-    Sim.
-    Olá Orroz! Como estás?- perguntou um amigo dele, com quem ele andava a sair.
-    Bem.
-    Olá, Rose.
Apresentou-nos uma amiga nova que eu não conhecia, e a...então o tal amigo dele perguntou-lhe:
-    Queres vir connosco?
-    Onde vão?
-    Queríamos ir...
-    Queres vir?
-    Não, nem por isso. A Rose não se sente bem, vou leva-la a casa.
-    Adeus.
-    Adeus.- dizeram eles.
-    Não vais com eles?- perguntei.
-    Claro que não.
Entraram no carro...chegando ela saiu do carro e foi caminhando até a porta, ele então perguntou:
-    Queres que espere-te aqui?
-    Levarás muito tempo?
E nada não dizia nada, então ele resolveu sair do carro e ir atrás dela, e perguntou:
-    Não vamos sair?
-    Acho que vou ficar em casa.
Entrou, para dentro depois de ter olhado de forma estranha para ele. Entretanto ele continuava atrás dela, e disse:
-    Rose, espera um momento.
-    O que foi? Não queres sair?
Ela olhou para ele novamente com aquele olhar, pôs a chave a porta e olhando para ele entrou dentro de casa. Ele apercebeu-se que ela não estava bem, era melhor deixa-la, e conversarem amanhã.
  No dia seguinte quando acordou pôs-se a pensar:
-    Será que fui muito irritante?
-    Se calhar vou falar com ele.
-    Sim, é isso.
-    Mas antes disso vou fazer um teste de farmácia, para ter a certeza de uma coisa.
Vestiu-se, aprumou-se e foi até ao apartamento dele, mas antes foi a farmácia. Chegando ao apartamento dele tocou a campainha cá de baixo, e esperou...
-    Sim?
-    Sou eu.
-    Rose?
-    Sim, posso entrar?
Abriu-lhe a porta cá de baixo, de seguida abriu a porta do seu apartamento e encostou-se a ombreira da porta do seu apartamento a sua espera.
-    Olá, Rodrigo.
-    Vieste em má altura.
-    Pensei que podíamos falar.- disse.
-    Sim, é melhor falarmos.
-    Desculpa ter sido tão irritante, ontem.
-    Sim, mas não é isso.
-    Deve de ser porque eu estou...
-    Rose...
-    Se não for conveniente agora...- disse ela.
-    É melhor ir-me embora.
Foi se embora, quando lhe virou as costas os seus olhos verteram lágrimas. Quando já estava cá fora olhou para a janela do apartamento dele. Chegando ao portão de casa, no caminho sentiu uma pontada na barriga...apoiou-se então no portão da sua casa com uma das mãos na barriga, começou a sentir dores e a ver tudo andando a roda. Essas dores eram tantas que não tinham explicação...ia escorregando até desmaiar em frente de sua casa.
  Por sorte o Hollow estava passando naquelas redondezas e viu-a desmaiada, correu para junto dela, pegou nela e levou-a para dentro. Em seguida ligou para o Julian a dizer o sucedido com a Rose, e logo depois ao Orroz. Depois de acordar quem estava junto dela era só o Hollow e o Julian pois o Rodrigo ainda não tinha chegado.
-    Então como te sentes?- perguntou o Hollow.
-    Bem...
-    Tens de descansar agora.- disse o Julian.
-    Mas o que me aconteceu?
-    Por que me aconteceu isto?
-    Devido ao stress em que andas, e tensão baixa.
-    Isso provoca reacções durante a gravidez.
-    Mas...não interessa- disse.
-    Tens certeza que nada aconteceu comigo e com o bebé?

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