sexta-feira, 15 de junho de 2012

O grito ignorado de cardina

A pessoa tem chorado por muito tempo.
Uma dor que é forte demais para se censurar.
Esta dor que é só minha. É condoída sim...
Mas chorar, agora é a melhor saída.
Porém, a vida está se intitulando lá fora.
E temos de dar respostas…
Sem exigir obrigar a nenhum sorriso,
nem deplorar nenhum tempo passado.
Um novo dia chega apinhado de luz,
e revela a valentia que há nos corações...
Um dia inteiro de pranto é demais para ti?
Então veja porque é poético chorar…
Nossas lágrimas misturadas com às do mar,
elevam aos céus, tornando-se em nuvens,
Logo, se abatem como lágrimas de chuva,
e lavam o mesmo olhar de quem as chorou...
Bonito, isto não é?
E real também...
Depois de um dia de choro,
inseparável ablução de chuvada e diferentes sorrir...
... Ainda que se a chuva passar, eu volto aqui pra te abraçar...
Mas a mim apressa o espírito,
Que essa dor tão descomunal não quer sarar…
Os olhos doem-me de tanto gotejar,
Também já não concluem empenho medíocre em as lágrimas embargar...
Elas escorrem sozinhas e descem a face...
Nos lábios humedecidos pelo carpido,

Faltam palavras, falta o som...
Sai somente um grunhido,
melífluo, lamento, dolorido...
E isso me causa tanto desgosto,
Me traz tanta tristeza,
Já não sei o que é, de onde vem, e para quem…
Mas dói e é só isso o que sei expressar…
As gotas de chuva caem congeladas,
Uma a uma, solitárias...
Elas caem e escorrem nas paredes, pela janela...
Vem chuva, me fazer consórcio esta noite,
Vem chuva, e chora comigo esta noite.
Que os céus hão-de atender as minhas preces,
Hão de me acolher…
Vem e fica,
Chora tuas lágrimas salgadas,
Pois esta noite a dor aqui dentro não há-de parar tão cedo.

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