Hoje
abro mais um pouco a porta…
Andava
só meio a espreitar pela janela da harmonia,
Com
medo do que resultaria…
Com
receio do que pronuncio…
Do
que penso, do que sou…
Com
receio do que dizem de mim,
Do
que pensam de mim
Do
que não sou…
Do
que não quero…
Do
que sou demasiado,
Do
que falo de menos,
Do
que escrevo demais.
Do
que demais descreio,
Do
que excessivamente fantasio.
Aqui,
neste meu mundo tão meu,
Tão
sombrio e luminoso,
Tão
escuro e misericordioso,
Tão
cheio de mistérios e segredos que assolam os meus dias,
Meus
desejos e deliberações,
Meus
prazeres e sensualidades,
Observo-te
e “consumo-te”…
Aqui,
neste mundo tão meu,
Por
todos desconhecido,
Retrato-me
em ti…
Observo-te
e “consumo-te” com toda a,
Sublime vontade que me invade,
Com toda a loucura que me imerge dos
pensamentos,
Com toda a força que nasce do meu
coração,
Tão desejoso de te ter aqui.
Neste mundo só meu,
Mas
tão teu…
Porque
estas tão perto, mas tão ilimitadamente longe…
Observo-te
e “consumo-te” através desta transparente vidraça,
Que
cobre toda a dimensão dos sabores nunca investigados.
Aqui,
neste mundo tão meu,
Entretecido
nestes trovões,
Nestes
assombrosos raios que me afogam com gotículas tão profundas,
E
enfurecidas.
Observo-te
e “consumo-te” com o olhar….
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