quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Arriscar sem perdoar ou renunciar!


Hoje abro mais um pouco a porta…
Andava só meio a espreitar pela janela da harmonia,
Com medo do que resultaria…
Com receio do que pronuncio…
Do que penso, do que sou…
Com receio do que dizem de mim,
Do que pensam de mim
Do que não sou…
Do que não quero…
Do que sou demasiado,
Do que falo de menos,
Do que escrevo demais.
Andava só meia de mim, andava só meia-lua...
Nunca sei o que sai do tanto que não sei,
Do que demais descreio,
Do que excessivamente fantasio.
Aqui, neste meu mundo tão meu,
Tão sombrio e luminoso,
Tão escuro e misericordioso,
Tão cheio de mistérios e segredos que assolam os meus dias,
Meus desejos e deliberações,
Meus prazeres e sensualidades,
Observo-te e “consumo-te”…
Aqui, neste mundo tão meu,
Por todos desconhecido,
Retrato-me em ti…
Observo-te e “consumo-te” com toda a,
Sublime vontade que me invade,
Com toda a loucura que me imerge dos pensamentos,
Com toda a força que nasce do meu coração,
Tão desejoso de te ter aqui.
Neste mundo só meu,
Mas tão teu…
Porque estas tão perto, mas tão ilimitadamente longe…
Observo-te e “consumo-te” através desta transparente vidraça,
Que cobre toda a dimensão dos sabores nunca investigados.
Aqui, neste mundo tão meu,
Entretecido nestes trovões,
Nestes assombrosos raios que me afogam com gotículas tão profundas,
E enfurecidas.
Observo-te e “consumo-te” com o olhar….

Sem comentários:

Enviar um comentário