A Rose
estava com sorte a seu favor, por enquanto. Pois para azar do servo a árvore
que ia cair, caiu-lhe em cima e transformou-se em pó. E os espiritos de Satan
cada vez estavam mais proximos.
- Oh, não os espiritos...- disse a Rose
correndo.
- O que é isto?!- perguntou a Vénus.
Os
espiritos acompanhantes dele estavam cercando-os, ela tinha de se apressar. O
Orroz deu o Felipe a Vénus e mandou que ela fugir.
Nesse momento o João Pedro apareceu e deu um
pontapé na cara do Rodrigo, e outro quando se levantou etc. O Rodrigo ao
levantar-se, o João Pedro ia espetar-lhe uma faca, este deu-lhe uma joelhada no
braço para ele soltar a faca. O João Pedro fingiu cair no chão, tirou uma
navalha e feriu o Orroz na perna, caindo no chão. A seguir agarrou-a Vénus que
tinha nos seus braços o Felipe, e apontou-lhe a navalha.
O Rodrigo, muito rapido apanhou a faca que
estava no chão, mas este disse:
- Quieto, ou os dois morrem!- disse o João
Pedro.
A Vénus deixou cair o fio da Rose, pela mão.
O fio ao escorregar-lhe pela mão ganhou vida e enrolou-se no pescoço do João
Pedro. Fazendo com que "voa-se" por cima dela. Transformando-se numa
cavaleira igual a mãe, e matou-o.
Quando isso aconteceu a Rose tinha chegado e
visto, logo percebeu quem ela era...
- Por quê não me disseram nada?
O
Rodrigo ouvindo isto levantou-se lentamente pelo corte que tinha na perna e
pelos pontapés que tinha levado. A Vénus olhou para ele, ele olhou para a Rose
e a Rose olhou para ele.
De repente o Satan apareceu e beijou-a, para
ficar enfraquecida...
- Mãe!!
- Vénus, não!- gritou o Rodrigo agarrando-a.
- Larga-me!- disse a Vénus.
Quando, ela ia usar o fio da mãe para a
ajudar, na sua frente apareceu o Diaboy que lhe agarrou o fio e disse:
- És o pequeno tesouro, não és?- perguntou o
Diaboy.
- A guerra acabou.- disse o Diaboy olhando
para o Rodrigo.
Do nada
surgiram os Cavaleiros seus amigos e o seu antigo mestre, como me descobriram
não sei, nem quero saber não me interessa...
- A guerra ainda não acabou!- respondeu o
Hollow.
- Afaste-te Vénus.- disse o Hollow.
- Ela está em segurança.- disse o mestre
olhando para o Rodrigo.
- Outro dia, velho.- falou o Diaboy
desaparecendo...
- Vais ficar bem.- disse o mestre
aproximando-se dela.
- Agora descansa.
Ela foi
levada...o Orroz estava tomando conta dela e ao mesmo tempo do seu filho. A
Vénus tinha ido treinar com os cavaleiros, e o mestre...
O Orroz tinha saido para ir vê-los,
entretanto uns minutos depois ela acordou um pouco assustada, levontou-se,
abriu a porta, "virou" e foi andando. Entretanto a Vénus estava
treinando e os cavaleiros também, e o mestre dando instruções.
- Não procures o teu adversário.
- Sente onde ele está.
- Sou cego, e vejo mais que vocês porque não
o procuro.
A Rose
estava olhando a Vénus treinando, então o seu mestre foi ter com ela, mas nada
disse.
- Não tinhas o direito de me arrastar para
isto.
- Toda está guerra com o Diablo é por causa
dela, não é?
- Chamam-lhe o tesouro.- respondeu o mestre.
- E um prodígio desde os cinco ou seis anos.
- Soube-se depressa.- disse o Orroz.
- O Diablo queria.
- Tentaram rouba-lá.
- Só que algo não previsto aconteceu e
mataram-na, isso aconteceu porque tu não ficas-te com eles.
- Isto foi tudo um teste?- perguntei.
- E se eu tivesse falhado?
- Certas lições não são ensinadas, Rose.-
respondeu o mestre.
- Têm de ser vividas para serem
compreendidas.
- Quando entras-te aqui estavas cheia de
raiva.
- Com a decência envenenada pela violência,
tregédia e...
- Não é esse o caminho.
- Falas por enigmas.
- Mantém os meus alunos atentos.
- Sempre soube que tinhas um coração puro.
- Só o precisavas descobrir.
- E a Vénus?
- Enquanto o Diablo estiver vivo, ela só está
segura aqui.- disse o mestre.
- Não tem alternativa.
A Vénus
tinha ido ao quarto da Rose, onde ela tinha estado, e lá estava as suas armas.
Ela quis esperimenta-lás...
Só que a Rose vinha ai e vinha contando, ela
escondeu-se atrás da porta e quando ela entrou:
- Vejo que continuas a invadir casas?- disse.
- Desculpe.
- Vais precisar delas. Continua a praticar.
- Desculpe ter-lhe mentido.
- Não peças desculpa.- disse eu.
- Fizeste o que achas-te correcto.
- Não queria mentir-lhe, o Rodrigo também
não.- disse a Vénus.
- Agoniava-me, não lhe dizer.
- Não tinha certezas de que devia faze-lo.
- Toda a gente mente, Vénus.
- Ninguém diz a verdade sobre si.
- Incluindo você.- disse a Vénus.
- Espicialmente eu.- respondi.
- E a contagem?- perguntou a Vénus.
- Desculpa?- disse eu.
- Quando estava a andar devagar.
- O que estás a fazer? Estás a contar?
- Não faças troça de mim.
- Ainda sou a tua superior.
- Talvez.
- Queres descobrir?
- Vou ver o Felipe.- respondeu a Vénus.
A Rose
virou-se de costas e a Vénus fez de conta que se ia embora, entretanto atacou.
Só que a Rose defendeu-se de todos os seus ataques. Até que a agarrou e
encostou-a a parede e sentou-a.
Então começou a chorar, ela largou-a, abaixou
e disse:
- Muito em breve, serás melhor que eu.
- Sou apenas uma rapariga.- respondeu a
Vénus.
- Não quero ficar aqui...
Quando chegou a noite, e depois de toda a
gente ter ido deitar-se. E em seguida o Orroz, o Felipe e a Vénus terem
adormecido, ela saiu armada com os seus punhais e vestida com as sua roupas
lendarias. A Vénus sentiu ela sair, mas voltou a dormir. Cá fora ela fechou os
olhos e viu ela e o Diaboy:
- O que queres?- perguntou ele.
- Pôr fim a isto. Tu e eu.
- Sem ajuda de ninguém, sem ajuda do teu pai.
- O vencedor fica com tudo.
- E, quando te matar, a rapariga é nossa.-
disse o Diaboy.
- E, se não me matares, ela fica livre, para
sempre todos eles.- disse.
- De acordo?- perguntei.
- De acordo.- respondeu ele.
- Encontramo-nos onde tudo começou.- disse.
- E acabará onde começou.
- Para ti pelo menos.- respondeu-me ele.
Ela
abriu os olhos, assobiou e aparecido do nada saiu o Tornado e seguiu para o
sítio destinado...e na sua cabeça começou a surgir o seguinte:
Faço
para não me lembrar, tento acreditar que já é passado. Continuou a relembrar
momentos passados...vejo a minha imagem nos teus olhos é o reflecço do amor.
vejo a minha imagem nos teus olhos, é o que
me faz querer lutar, por o "orgulho" p´ra trás. Tudo o que eu
quero é voltar e por de parte as coisas más...
Entretanto o Rodrigo minutos depois foi atrás
dela, mas alguém o agarrou e disse-lhe:
- Ela tem de fazer isto sozinha.- respondeu o
seu mestre.
- Isto tem a ver só com elas duas.
- Não vou deixar. Não posso.- disse o Orroz.
- Não te podes entrometer no destino.
- Entrometer-me no destino?!
- A que te estás referindo? Diz!!
- A vossa missão já terminou, mas a delas
não.
Quando
chegou abriu o portão, de seguida pôs a
chave na porta da entrada e a porta abriu-se sozinha. Entrou, andou... chegou a
sala e sentou-se. Um vento avisador bateu-lhe na cara, percebeu que tinham
chegado, levantou-se tirou o casaco. Foi a cozinha abriu os bicos do fogão e
quando os ninjas estavam entrando pela janela, mal estraram ela lançou a vela
que tinha não mão. E a cozinha simplesmente explodiu com os ninjas todos. O
Diaboy estava cá fora com alguma distancia da casa, e ao ver aquela exploção
disse:
- Rapariga esperta.
Ela
voltou para a sala, e um vento assombroço passou por ela. Então olhou para o
cimo das escadas e lá estava o Diaboy no varão das escadas, e um nevoeiro
surgiu. Ele saltou cá para baixo, ela tirou rapidamente os seus punhais, e
ouviu dizer:
- Voltamos a encontrar-nos.
- Agora vais lembrar.
Ela
começou a ter recordações de quando se tornou má, ficou do lado da feitiçeira,
quis matar os filhos pôs o reino dela num caos etc...
- Nada podes fazer.
- Por isso a balança inclina-se para o meu
lado.- disse o Diaboy agarrando-a.
Dizendo isto
apareceu por detrás dele a Vénus com o fio poderoso da mãe, que mudava tudo o
que ela era, e disse:
- Larga-a!
- Rapariga coragosa. Ensinaste-a bem.- disse
o Diaboy para a Rose jogando-a contra a parede.
A Vénus
começou a fazer os gestos com o fio, acertando-lhe na cara, fazendo-lhe um
pequeno aranhão na cara. Ele levou a mão a cara e viu o sangue, então sem ela
conseguir anticipar-se ele agarrou-lhe o fio e disse:
- Isto não é suficiente, mas aprenderas a
anticipar-te ao adversário.
A Rose ao ouvir e ver aquilo levatou-se um
pouco ainda magoada, começou a correr e ao subir as escadas sugou a mão a
Vénus. Ela desprendeu o fio e lançou a ela, que o agarrou puxando-a para as
escadas. Quando chegaram ao topo das escadas saltaram pela janela. O Diaboy
subiu também as escadas, mas já só viu os vidros caindo e nada delas.
- Satan, o tesouro está aqui.
Elas
estavam fugindo, quando a Rose olhou para o lado e viu o sespiritos de Satan
vindo atrás de nós. Corriam até se encontrarem dentro da floresta, mas a Vénus
estava ficando cansada
- Vem atrás de mim.
- Fica perto de mim, Vénus.
Só que a
Vénus acabou ficando para trás. Quando a Rose olhou para trás viu que a Vénus,
não esta atrás de si. Tinha sido encoralada pelos espiritos do Satan, cobras.
Estás começaram a restejar na direcção da
Vénus...
- Rose, mãe!
A Vénus
voltou a usar o fio em sua defesa, mas havia cobras que vinham detrás que ela
não tinha visto que lhe prenderam as pernas, caindo e ficando
"enterrada" nelas. A Rose no meio da floresta, andava a sua procura,
mas não a encontrava.
Se a sua filha tinha sido apanhada pelos
espiritos das cobras. Mesmo que quisese encontra-la poderia levar algum tempo,
tempo era o que ela não tinha. Fechou os olhos, e viu o Satan controlando as
cobras. Então foi ao seu encontro.
- Belo truque. Mas já o vi antes.
Dizendo
isto ela partiu o pescoço ao Satan, como estava em transe não teve tempo de se
defender. As cobras que estavam prendendo a Vénus simplesmente desapareceram...
- Vénus, onde estás?- disse.
- Mãe?- perguntou a Vénus.
A Vénus
começou a recuar, quanto mais recuava mais a sua avó se aproximava. Ela era a
mãe da Rose.
Então a Vénus lançou lhe o fio, está
agarrou-o "congelando-o", depois partiu-o.
- Sabes, eu já fui o tesouro.
- E não gosto de ser substituida, por isso,
vamos manter a tua morte em segredo só entre nós.
Ela
asoprou, algo para a sua neta, está perdeu os sentidos. Enquanto a sua mãe
continuava a procura-la, olhando para um lado e para outro, e nada. Quando
ouviu:
- Basta. Termina agora!- disse o Diaboy.
O Diaboy
tirou as sua duas espadas, ela saltou-lhe por cima e tirou os seus dois
punhais. Começou o combata, ela defendia-se de todos o golpes...quando ela
menos esperava, lançou-lhe uma das espadas, mas as aparencias enganão, ela
desviou-se.
Isto continuou, a seguir foi ela a lançar-lhe
um dos seus punhais, mas falhou. A luta continuava, ela apenas se defendia com
um punhal.
- Eu disse, nada podes fazer.
Então
deu-lhe um forte pontapé que a jogou contra uma árvore, ficando um pouco
adormecida, e ele disse:
- Estás te deixando ir abaixo, Namtab.
- Vá, lá levanta-te...
- Vá lá, força...
- "Eu só apenas uma, rapariga."Não
quero ficar aqui."- lembrava-se ela do que a flha lhe tinha dito.
- Mãe.- disse a Vénus, quando estava a ser
"morta" na floresta.
- Não te preocupes, Rose.- disse o Diaboy.
- Cuidarei bem dela.
Ao dizer
isto ela pegou nos seus punhais que estavam caidos junto de si. O Diaboy vendo
isso, atacou-a rapídamente fazendo isso não reparou que ia directo ao punhal
dela. Quando ela o espetou, levantou-o e lançou-o falésia abaixo...só se viu
ele desaparecendo. Fechou os olhos, localizou onde estava a sua filha Vénus.
Ela não reparou ou pensou quem era que estava
fazendo aqui apenas lançou o punhal. Que atravessou a floresta, e espetou-se na
sua mãe, matando-a. Seguidamente correu para junto da sua filha Vénus, e ao
chegar viu-a sem sentidos no chão
- Vénus...
- Raios, vá lá acorda.
Nesse preciso instante uma espada
atravessou-a de lado a lado, e disse:
- Matas-te toda a minha dinastia!- disse o
Diablo.
- E tu destruiste-me a vida!- respondi eu
virando-me e espetando-lhe o punhal no coração.
Tirou a
espada que tinha espetada, pegou na sua filha e levou-a para dentro. Por onde
passava deixava tudo cheio de sangue.
Mas a força de salvar a sua filha era tanta
que mesmo perdendo imenso sangue não desistia. Colocou a sua capa para
disfarçar a ferida...
- Vá lá, acorda!- dizia.
- Vénus, acorda!
Colocou-lhe
a mão sobre a testa e outra na barriga, consentrou-se e um poder se formou nas
suas mãos dando lhe a vida...
- Vénus...
- Mãe...
Quando
se apercebeu que alguém tinha chego. Sem ninguém perceber verificou se a ferida
não se notava. Ouvia passos, até que na ombreira da porta apareceu o Rodrigo,
ela virou-se lentamente e viu-o. Ao abraça-la, tocou na ferida sem querer, e
claro como toda a gente doi...
- Rose o que tens?
- Na...
- Passo horas ao luar, apensar que o encontro
de nós dois foi um sonho que eu vi na noite ao ver-te chegar. E foi só por um
momento que eu fiquei contigo, é dificil ver o fim deste filme que eu já vi.-
disse.
- Na noite, nos passos que eu sigo. Volta o
sonho de te amar ao luar, tenho medo de te ver e então depois morrer, na noite
que me vem guardar.- respondeu o Orroz.
Ficou
tipo desmaiada, mas com sentidos, ele pegou-lhe e deitou-a na cama, foi quando
viu a ferida que tinha. Não queria acreditar que ela tinha sido atravessada de
lado a lado.
Mesmo
que morresse não importava, já tinha vivido o suficiente, para entender a vida.
Amar é um sacrifício puro mas cruel. Sei que o meu destino já esta traçado, e
já não posso fugir mais a morte. Vou magoar algumas pessoas, mas a morte é só o
começo...
- Rose, fala comigo...- disse o Orroz.
- Mãe, não me deixes!
- Rose, porquê...
- Rose, Rose não me deixes!
- Mãe...- dizia a Vénus.
A sua
alma voava levemente para o céu...para a porta dele, puxada por alguém que ela
conhecia e gostava. Alguém que a criou, mas quando ela ia agarrar a mão dessa
pessoa o Orroz gritou pelo seu nome. Esse grito foi tão profundo e sincero que
o fio que a estava unido quebrou-se, fazendo a sua alma ficar perdida entre os
dois mundos...
O Orroz ligou depois de bastante tempo para o
Odarcir que a Rose tinha morrido, e pedindo que conta-se ao Hollow da sua
morte. Este ao saber quis ir ve-lá, mas o Odarcir não o permitiu...Mas tarde
foram todos ao seu feneral e estava dizendo para si:
Entro
na memoria, que nunca mais acaba e ao te encontrar vou sossegar. Parece que foi
ontêm que tudo começou.
Pergunto-me porquê, e não vejo explicação. Se
queremos, e gostamos porque juntos não podemos ficar?
Por
coisas "sem sentidos" tivemos de separados ficar. Eu minto se dizer
que já não penso em ti, pois sinto a falta desse olhar.
E
por mais que o tempo tente nunca te vou esquecer, no fundo cá dentro irás
sempre estar. É tudo diferente, e diferente será viver sem te ter ao meu lado.
Fogo incadescente era a nossa paixão, estou triste com o presente...
A Vénus não se conformava, nem o Orroz. Os
outros sentiam bastante a sua falta, a maneira de ser... Lá em cima algo se
passava.
- Senhor, deixe ela voltar.
- Sabes perfeitamente, que os mortos não
podem voltar a viver no mundo dos humanos.
- Quando morrem é aqui que começa uma nova
vida.
- Deixe-a ser feliz pela ultima e única vez.
- Só desta vez.
- Não posso quebrar as regras, se não teria
de fazer a todos.
- Desculpe-me Senhor, mas as regras também
serviram para ser quebradas.
- Por que estais tão perturbada com o caso
dela?
- Por que também sofro o mesmo que ela, e
será ela que me irá dar paz.
- Deixe-a voltar, e voltar a trás no passado.
- Por favor, eu imploro-lhe.
O céu na
terra começou a ficar negro ameaçando trevoada, surgindo nevoeiro. O seu
feneral tinha acabado, muitos foram-se embora, menos o Orroz. Ficou lá chorando
ajoelhado na sua campa, os trovões já se ouviam, e a chuva caía. Toda a gente
começava a ter medo porque nunca tinha contecido algo desta maneira, e por
entre o nevoeiro uma imagem surgia, o Orroz percentiu erguendo a cabeça e a sua
frente uma imagem se formava. Quando finalmente a imagem se formou, ele não
queria acreditar, o vento assoprava-lhe os cabelos...era ela em carne e osso. Correram
uma para o outro, e quando se abraçaram o tempo voltou para trás, fazendo eles
esquecerem-se do que aconteceu desde o dia em que ela foi operada e ele quando
a conheceu temporariamente, mudando lhes também o nome.
O
relogio dizia que era seis da manhã, ela acordou desligou-o e levantou-se. Sua
avó rezava pois hoje seria a operação da sua neta a vista. Depois de já estar
vestida, sentou-se no sofá da sala, em seguida pôs os óculos escuros.
- Avó?- chamou ela.
- Estou aqui, querida.- respondeu sua avó
sentando-se a seu lado.
- Estás pronta?- perguntou a avó.
- Vamos tomar o pequeno-almoço.
- Avó estou muito assustada.
- Não quero fazer a operação.
- Tenho muito medo.
- Mas, filha esperamos muito tempo por está
operação, consegui o melhor médico do melhor hospital para ti.
- Espera e verás.
- Hoje será um grande dia para ti.
Apanharam
um taxi e foram para o hospital...depois da operação acordou e ouvia diversos
barulhos...
Passando algum tempo, chegara a hora de tirar
a venda da vista...
- Abre os olhos lentamente.- disse o médico.
- Lentamente.
Ela
abriu os olhos, mas quando o fez fechou-os de imendiato, com lágrimas a
escorendo do seu rosto.
- Cuidado...volta a tentar.
- Dói-me.
- Muito bem, tentamos amanhã.
- Vamos pôr-te novamente a venda ou preferes
os óculos escuros?
- Os óculos.
- Enfermeira?
- Sim, doutor.
A avó cá
de fora viu aquilo, e quando o médico que lhe fez a operação saiu veio falar
com ele.
- Porque lhe dói tanto?
- Porque não consegue ver?
- A operação foi um êxito, não?
- Os olhos têm dificuldade em adptar-se a um
orgão novo.
Passado
algum tempo, não muito saiu do hospital, em casa quando entrou ficou
maravilhada...
- Vá, agora vai descansar.- disse a avó.
Ela entretanto
fechou os olhos e andou caminhado com eles fechados, e barro-se com a avó, a
avó vendo isso disse:
- Nunca mais voltarás a andar de olhos
fechados!
- Os teus dias de escuridão acabaram-se para
sempre.
- Entendes?
Na consulta do psiquiatra:
- Não quero casar-me avó.
- Bom dia.- disse o psiqiatra que as ia
atender.
- Quem é a senhora Naina?
- Sou eu.- respondeu ela.
- É a minha neta.- disse a sua avó.
- Acompanham-me até ao meu consultorio.
- Vamos?- perguntou ela.
- Então e este?- disse a sua avó.
- Avó!
- Tira os óculos.
- Calma. Eu sou psiquiatra, mas não vieste
aqui devido a problemas mentais.- disse ela já dentro do consultorio.
- A visão é um dom precioso.
- Mas se há coisas que vês e que não
acontecem, apenas estão armazenadas na tua memória.
- Por exemplo...- disse ele mostrando-lhe um
agrafador.
- Olha para isto.
- O que é?
Ela
olhou para a avó e fechou os olhos e jogou a mão para poder ver o que era, mas
este disse:
- Sem tocar, diz-me o que vês.
- É um agrafador.- disse ele com um sorriso
delicado para ela.
- Vais levar algum tempo até identificar as
coisas com os olhos.
- Pode até ser difícil.
- Mas não é preciso preocupares-te.
- Estou aqui para te ajudar, sim?
- Muito bem.
- Tens que entender que, para a medicina
moderna, ver é uma experiencia emocionante.
- Ao vermos as coias, não só sabes o que são.
- Como também sentimos emoções em relação a
eles.
- Agora fecha os olhos durante alguns
segundos.
- Naina, és uma mulher muito bonita.
Ela
abriu os olhos, e a avó ficou como se diz espantada não é bem esse o termo
algo, assim do género...
- Pareceu que quis elogiar-te?
- Agora olha-me nos olhos atentamente.
- Naina, és uma mulher bonita.
Ela
sorriu "baixou" a cabeça, a avó sorriu e apercebeu-se de algo...
- Quando disse a pouco que eras bonita, dizia
a verdade.
- Mas só acreditas-te em mim quando
olhaste-me nos olhos.
- Verdade?
- Isso
é informação emocional.
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