segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 9


A Rose estava com sorte a seu favor, por enquanto. Pois para azar do servo a árvore que ia cair, caiu-lhe em cima e transformou-se em pó. E os espiritos de Satan cada vez estavam mais proximos.
-    Oh, não os espiritos...- disse a Rose correndo.
-    O que é isto?!- perguntou a Vénus.
Os espiritos acompanhantes dele estavam cercando-os, ela tinha de se apressar. O Orroz deu o Felipe a Vénus e mandou que ela fugir.
  Nesse momento o João Pedro apareceu e deu um pontapé na cara do Rodrigo, e outro quando se levantou etc. O Rodrigo ao levantar-se, o João Pedro ia espetar-lhe uma faca, este deu-lhe uma joelhada no braço para ele soltar a faca. O João Pedro fingiu cair no chão, tirou uma navalha e feriu o Orroz na perna, caindo no chão. A seguir agarrou-a Vénus que tinha nos seus braços o Felipe, e apontou-lhe a navalha.
  O Rodrigo, muito rapido apanhou a faca que estava no chão, mas este disse:
-    Quieto, ou os dois morrem!- disse o João Pedro.
  A Vénus deixou cair o fio da Rose, pela mão. O fio ao escorregar-lhe pela mão ganhou vida e enrolou-se no pescoço do João Pedro. Fazendo com que "voa-se" por cima dela. Transformando-se numa cavaleira igual a mãe, e matou-o. 
  Quando isso aconteceu a Rose tinha chegado e visto, logo percebeu quem ela era...
-    Por quê não me disseram nada?
O Rodrigo ouvindo isto levantou-se lentamente pelo corte que tinha na perna e pelos pontapés que tinha levado. A Vénus olhou para ele, ele olhou para a Rose e a Rose olhou para ele.
  De repente o Satan apareceu e beijou-a, para ficar enfraquecida...


-    Mãe!!
-    Vénus, não!- gritou o Rodrigo agarrando-a.
-    Larga-me!- disse a Vénus.
  Quando, ela ia usar o fio da mãe para a ajudar, na sua frente apareceu o Diaboy que lhe agarrou o fio e disse:
-    És o pequeno tesouro, não és?- perguntou o Diaboy.
-    A guerra acabou.- disse o Diaboy olhando para o Rodrigo.
Do nada surgiram os Cavaleiros seus amigos e o seu antigo mestre, como me descobriram não sei, nem quero saber não me interessa...
-    A guerra ainda não acabou!- respondeu o Hollow.
-    Afaste-te Vénus.- disse o Hollow.
-    Ela está em segurança.- disse o mestre olhando para o Rodrigo.
-    Outro dia, velho.- falou o Diaboy desaparecendo...
-    Vais ficar bem.- disse o mestre aproximando-se dela.
-    Agora descansa.
Ela foi levada...o Orroz estava tomando conta dela e ao mesmo tempo do seu filho. A Vénus tinha ido treinar com os cavaleiros, e o mestre...
  O Orroz tinha saido para ir vê-los, entretanto uns minutos depois ela acordou um pouco assustada, levontou-se, abriu a porta, "virou" e foi andando. Entretanto a Vénus estava treinando e os cavaleiros também, e o mestre dando instruções.
-    Não procures o teu adversário.
-    Sente onde ele está.
-    Sou cego, e vejo mais que vocês porque não o procuro.
A Rose estava olhando a Vénus treinando, então o seu mestre foi ter com ela, mas nada disse.
-    Não tinhas o direito de me arrastar para isto.
-    Toda está guerra com o Diablo é por causa dela, não é?
-    Chamam-lhe o tesouro.- respondeu o mestre.
-    E um prodígio desde os cinco ou seis anos.
-    Soube-se depressa.- disse o Orroz.
-    O Diablo queria.
-    Tentaram rouba-lá.
-    Só que algo não previsto aconteceu e mataram-na, isso aconteceu porque tu não ficas-te com eles.
-    Isto foi tudo um teste?- perguntei.
-    E se eu tivesse falhado?
-    Certas lições não são ensinadas, Rose.- respondeu o mestre.
-    Têm de ser vividas para serem compreendidas.
-    Quando entras-te aqui estavas cheia de raiva.
-    Com a decência envenenada pela violência, tregédia e...
-    Não é esse o caminho.
-    Falas por enigmas.
-    Mantém os meus alunos atentos.
-    Sempre soube que tinhas um coração puro.
-    Só o precisavas descobrir.
-    E a Vénus?
-    Enquanto o Diablo estiver vivo, ela só está segura aqui.- disse o mestre.
-    Não tem alternativa.
A Vénus tinha ido ao quarto da Rose, onde ela tinha estado, e lá estava as suas armas. Ela quis esperimenta-lás...
  Só que a Rose vinha ai e vinha contando, ela escondeu-se atrás da porta e quando ela entrou:
-    Vejo que continuas a invadir casas?- disse.
-    Desculpe.
-    Vais precisar delas. Continua a praticar.
-    Desculpe ter-lhe mentido.
-    Não peças desculpa.- disse eu.
-    Fizeste o que achas-te correcto.
-    Não queria mentir-lhe, o Rodrigo também não.- disse a Vénus.
-    Agoniava-me, não lhe dizer.
-    Não tinha certezas de que devia faze-lo.
-    Toda a gente mente, Vénus.
-    Ninguém diz a verdade sobre si.
-    Incluindo você.- disse a Vénus.
-    Espicialmente eu.- respondi.
-    E a contagem?- perguntou a Vénus.
-    Desculpa?- disse eu.
-    Quando estava a andar devagar.
-    O que estás a fazer? Estás a contar?
-    Não faças troça de mim.
-    Ainda sou a tua superior.
-    Talvez.
-    Queres descobrir?
-    Vou ver o Felipe.- respondeu a Vénus.
A Rose virou-se de costas e a Vénus fez de conta que se ia embora, entretanto atacou. Só que a Rose defendeu-se de todos os seus ataques. Até que a agarrou e encostou-a a parede e sentou-a.
  Então começou a chorar, ela largou-a, abaixou e disse:
-    Muito em breve, serás melhor que eu.
-    Sou apenas uma rapariga.- respondeu a Vénus.
-    Não quero ficar aqui...
  Quando chegou a noite, e depois de toda a gente ter ido deitar-se. E em seguida o Orroz, o Felipe e a Vénus terem adormecido, ela saiu armada com os seus punhais e vestida com as sua roupas lendarias. A Vénus sentiu ela sair, mas voltou a dormir. Cá fora ela fechou os olhos e viu ela e o Diaboy:
-    O que queres?- perguntou ele.
-    Pôr fim a isto. Tu e eu.
-    Sem ajuda de ninguém, sem ajuda do teu pai.
-    O vencedor fica com tudo.
-    E, quando te matar, a rapariga é nossa.- disse o Diaboy.
-    E, se não me matares, ela fica livre, para sempre todos eles.- disse.
-    De acordo?- perguntei.
-    De acordo.- respondeu ele.
-    Encontramo-nos onde tudo começou.- disse.
-    E acabará onde começou.
-    Para ti pelo menos.- respondeu-me ele.
Ela abriu os olhos, assobiou e aparecido do nada saiu o Tornado e seguiu para o sítio destinado...e na sua cabeça começou a surgir o seguinte:
Faço para não me lembrar, tento acreditar que já é passado. Continuou a relembrar momentos passados...vejo a minha imagem nos teus olhos é o reflecço do amor.
  vejo a minha imagem nos teus olhos, é o que me faz querer lutar, por o "orgulho"  p´ra trás. Tudo o que eu quero é voltar e por de parte as coisas más...
  Entretanto o Rodrigo minutos depois foi atrás dela, mas alguém o agarrou e disse-lhe:
-    Ela tem de fazer isto sozinha.- respondeu o seu mestre.
-    Isto tem a ver só com elas duas.
-    Não vou deixar. Não posso.- disse o Orroz.
-    Não te podes entrometer no destino.
-    Entrometer-me no destino?!
-    A que te estás referindo? Diz!!
-    A vossa missão já terminou, mas a delas não.
Quando chegou  abriu o portão, de seguida pôs a chave na porta da entrada e a porta abriu-se sozinha. Entrou, andou... chegou a sala e sentou-se. Um vento avisador bateu-lhe na cara, percebeu que tinham chegado, levantou-se tirou o casaco. Foi a cozinha abriu os bicos do fogão e quando os ninjas estavam entrando pela janela, mal estraram ela lançou a vela que tinha não mão. E a cozinha simplesmente explodiu com os ninjas todos. O Diaboy estava cá fora com alguma distancia da casa, e ao ver aquela exploção disse:
-    Rapariga esperta.
Ela voltou para a sala, e um vento assombroço passou por ela. Então olhou para o cimo das escadas e lá estava o Diaboy no varão das escadas, e um nevoeiro surgiu. Ele saltou cá para baixo, ela tirou rapidamente os seus punhais, e ouviu dizer:
-    Voltamos a encontrar-nos.
-    Agora vais lembrar.
Ela começou a ter recordações de quando se tornou má, ficou do lado da feitiçeira, quis matar os filhos pôs o reino dela num caos etc...
-    Nada podes fazer.
-    Por isso a balança inclina-se para o meu lado.- disse o Diaboy agarrando-a.
Dizendo isto apareceu por detrás dele a Vénus com o fio poderoso da mãe, que mudava tudo o que ela era, e disse:
-    Larga-a!
-    Rapariga coragosa. Ensinaste-a bem.- disse o Diaboy para a Rose jogando-a contra a parede.
A Vénus começou a fazer os gestos com o fio, acertando-lhe na cara, fazendo-lhe um pequeno aranhão na cara. Ele levou a mão a cara e viu o sangue, então sem ela conseguir anticipar-se ele agarrou-lhe o fio e disse:
-    Isto não é suficiente, mas aprenderas a anticipar-te ao adversário.
  A Rose ao ouvir e ver aquilo levatou-se um pouco ainda magoada, começou a correr e ao subir as escadas sugou a mão a Vénus. Ela desprendeu o fio e lançou a ela, que o agarrou puxando-a para as escadas. Quando chegaram ao topo das escadas saltaram pela janela. O Diaboy subiu também as escadas, mas já só viu os vidros caindo e nada delas.   
-    Satan, o tesouro está aqui.
Elas estavam fugindo, quando a Rose olhou para o lado e viu o sespiritos de Satan vindo atrás de nós. Corriam até se encontrarem dentro da floresta, mas a Vénus estava ficando cansada
-    Vem atrás de mim.
-    Fica perto de mim, Vénus.
Só que a Vénus acabou ficando para trás. Quando a Rose olhou para trás viu que a Vénus, não esta atrás de si. Tinha sido encoralada pelos espiritos do Satan, cobras.
  Estás começaram a restejar na direcção da Vénus...
-    Rose, mãe!
A Vénus voltou a usar o fio em sua defesa, mas havia cobras que vinham detrás que ela não tinha visto que lhe prenderam as pernas, caindo e ficando "enterrada" nelas. A Rose no meio da floresta, andava a sua procura, mas não a encontrava.
  Se a sua filha tinha sido apanhada pelos espiritos das cobras. Mesmo que quisese encontra-la poderia levar algum tempo, tempo era o que ela não tinha. Fechou os olhos, e viu o Satan controlando as cobras. Então foi ao seu encontro.
-    Belo truque. Mas já o vi antes.
Dizendo isto ela partiu o pescoço ao Satan, como estava em transe não teve tempo de se defender. As cobras que estavam prendendo a Vénus simplesmente desapareceram...
-    Vénus, onde estás?- disse.
-    Mãe?- perguntou a Vénus.
A Vénus começou a recuar, quanto mais recuava mais a sua avó se aproximava. Ela era a mãe da Rose.
  Então a Vénus lançou lhe o fio, está agarrou-o "congelando-o", depois partiu-o.
-    Sabes, eu já fui o tesouro.
-    E não gosto de ser substituida, por isso, vamos manter a tua morte em segredo só entre nós.
Ela asoprou, algo para a sua neta, está perdeu os sentidos. Enquanto a sua mãe continuava a procura-la, olhando para um lado e para outro, e nada. Quando ouviu:
-    Basta. Termina agora!- disse o Diaboy.
O Diaboy tirou as sua duas espadas, ela saltou-lhe por cima e tirou os seus dois punhais. Começou o combata, ela defendia-se de todos o golpes...quando ela menos esperava, lançou-lhe uma das espadas, mas as aparencias enganão, ela desviou-se.
  Isto continuou, a seguir foi ela a lançar-lhe um dos seus punhais, mas falhou. A luta continuava, ela apenas se defendia com um punhal.
-    Eu disse, nada podes fazer.
Então deu-lhe um forte pontapé que a jogou contra uma árvore, ficando um pouco adormecida, e ele disse:
-    Estás te deixando ir abaixo, Namtab.
-    Vá, lá levanta-te...
-    Vá lá, força...
-    "Eu só apenas uma, rapariga."Não quero ficar aqui."- lembrava-se ela do que a flha lhe tinha dito.
-    Mãe.- disse a Vénus, quando estava a ser "morta" na floresta.
-    Não te preocupes, Rose.- disse o Diaboy.
-    Cuidarei bem dela.
Ao dizer isto ela pegou nos seus punhais que estavam caidos junto de si. O Diaboy vendo isso, atacou-a rapídamente fazendo isso não reparou que ia directo ao punhal dela. Quando ela o espetou, levantou-o e lançou-o falésia abaixo...só se viu ele desaparecendo. Fechou os olhos, localizou onde estava a sua filha Vénus.
  Ela não reparou ou pensou quem era que estava fazendo aqui apenas lançou o punhal. Que atravessou a floresta, e espetou-se na sua mãe, matando-a. Seguidamente correu para junto da sua filha Vénus, e ao chegar viu-a sem sentidos no chão
-    Vénus...
-    Raios, vá lá acorda.
  Nesse preciso instante uma espada atravessou-a de lado a lado, e disse:
-    Matas-te toda a minha dinastia!- disse o Diablo.
-    E tu destruiste-me a vida!- respondi eu virando-me e espetando-lhe o punhal no coração.
Tirou a espada que tinha espetada, pegou na sua filha e levou-a para dentro. Por onde passava deixava tudo cheio de sangue. 
  Mas a força de salvar a sua filha era tanta que mesmo perdendo imenso sangue não desistia. Colocou a sua capa para disfarçar a ferida...
-    Vá lá, acorda!- dizia.
-    Vénus, acorda!
Colocou-lhe a mão sobre a testa e outra na barriga, consentrou-se e um poder se formou nas suas mãos dando lhe a vida... 
-    Vénus...
-    Mãe...
Quando se apercebeu que alguém tinha chego. Sem ninguém perceber verificou se a ferida não se notava. Ouvia passos, até que na ombreira da porta apareceu o Rodrigo, ela virou-se lentamente e viu-o. Ao abraça-la, tocou na ferida sem querer, e claro como toda a gente doi...
-    Rose o que tens?
-    Na...
-    Passo horas ao luar, apensar que o encontro de nós dois foi um sonho que eu vi na noite ao ver-te chegar. E foi só por um momento que eu fiquei contigo, é dificil ver o fim deste filme que eu já vi.- disse.
-    Na noite, nos passos que eu sigo. Volta o sonho de te amar ao luar, tenho medo de te ver e então depois morrer, na noite que me vem guardar.- respondeu o Orroz.
Ficou tipo desmaiada, mas com sentidos, ele pegou-lhe e deitou-a na cama, foi quando viu a ferida que tinha. Não queria acreditar que ela tinha sido atravessada de lado a lado.
Mesmo que morresse não importava, já tinha vivido o suficiente, para entender a vida. Amar é um sacrifício puro mas cruel. Sei que o meu destino já esta traçado, e já não posso fugir mais a morte. Vou magoar algumas pessoas, mas a morte é só o começo...
-    Rose, fala comigo...- disse o Orroz.
-    Mãe, não me deixes!
-    Rose, porquê...
-    Rose, Rose não me deixes!
-    Mãe...- dizia a Vénus.
A sua alma voava levemente para o céu...para a porta dele, puxada por alguém que ela conhecia e gostava. Alguém que a criou, mas quando ela ia agarrar a mão dessa pessoa o Orroz gritou pelo seu nome. Esse grito foi tão profundo e sincero que o fio que a estava unido quebrou-se, fazendo a sua alma ficar perdida entre os dois mundos...
  O Orroz ligou depois de bastante tempo para o Odarcir que a Rose tinha morrido, e pedindo que conta-se ao Hollow da sua morte. Este ao saber quis ir ve-lá, mas o Odarcir não o permitiu...Mas tarde foram todos ao seu feneral e estava dizendo para si:
Entro na memoria, que nunca mais acaba e ao te encontrar vou sossegar. Parece que foi ontêm que tudo começou.
  Pergunto-me porquê, e não vejo explicação. Se queremos, e gostamos porque juntos não podemos ficar?
Por coisas "sem sentidos" tivemos de separados ficar. Eu minto se dizer que já não penso em ti, pois sinto a falta desse olhar.
E por mais que o tempo tente nunca te vou esquecer, no fundo cá dentro irás sempre estar. É tudo diferente, e diferente será viver sem te ter ao meu lado. Fogo incadescente era a nossa paixão, estou triste com o presente...
  A Vénus não se conformava, nem o Orroz. Os outros sentiam bastante a sua falta, a maneira de ser... Lá em cima algo se passava.
-    Senhor, deixe ela voltar.
-    Sabes perfeitamente, que os mortos não podem voltar a viver no mundo dos humanos.
-    Quando morrem é aqui que começa uma nova vida.
-    Deixe-a ser feliz pela ultima e única vez.
-    Só desta vez.
-    Não posso quebrar as regras, se não teria de fazer a todos.
-    Desculpe-me Senhor, mas as regras também serviram para ser quebradas.
-    Por que estais tão perturbada com o caso dela?
-    Por que também sofro o mesmo que ela, e será ela que me irá dar paz.
-    Deixe-a voltar, e voltar a trás no passado.
-    Por favor, eu imploro-lhe.
O céu na terra começou a ficar negro ameaçando trevoada, surgindo nevoeiro. O seu feneral tinha acabado, muitos foram-se embora, menos o Orroz. Ficou lá chorando ajoelhado na sua campa, os trovões já se ouviam, e a chuva caía. Toda a gente começava a ter medo porque nunca tinha contecido algo desta maneira, e por entre o nevoeiro uma imagem surgia, o Orroz percentiu erguendo a cabeça e a sua frente uma imagem se formava. Quando finalmente a imagem se formou, ele não queria acreditar, o vento assoprava-lhe os cabelos...era ela em carne e osso. Correram uma para o outro, e quando se abraçaram o tempo voltou para trás, fazendo eles esquecerem-se do que aconteceu desde o dia em que ela foi operada e ele quando a conheceu temporariamente, mudando lhes também o nome.
O relogio dizia que era seis da manhã, ela acordou desligou-o e levantou-se. Sua avó rezava pois hoje seria a operação da sua neta a vista. Depois de já estar vestida, sentou-se no sofá da sala, em seguida pôs os óculos escuros.
-    Avó?- chamou ela.
-    Estou aqui, querida.- respondeu sua avó sentando-se a seu lado.
-    Estás pronta?- perguntou a avó.
-    Vamos tomar o pequeno-almoço.
-    Avó estou muito assustada.
-    Não quero fazer a operação.
-    Tenho muito medo.
-    Mas, filha esperamos muito tempo por está operação, consegui o melhor médico do melhor hospital para ti.
-    Espera e verás.
-    Hoje será um grande dia para ti.
Apanharam um taxi e foram para o hospital...depois da operação acordou e ouvia diversos barulhos...
  Passando algum tempo, chegara a hora de tirar a venda da vista...
-    Abre os olhos lentamente.- disse o médico.
-    Lentamente.
Ela abriu os olhos, mas quando o fez fechou-os de imendiato, com lágrimas a escorendo do seu rosto.
-    Cuidado...volta a tentar.
-    Dói-me.
-    Muito bem, tentamos amanhã.
-    Vamos pôr-te novamente a venda ou preferes os óculos escuros?
-    Os óculos.
-    Enfermeira?
-    Sim, doutor.
A avó cá de fora viu aquilo, e quando o médico que lhe fez a operação saiu veio falar com ele.
-    Porque lhe dói tanto?
-    Porque não consegue ver?
-    A operação foi um êxito, não?
-    Os olhos têm dificuldade em adptar-se a um orgão novo.
Passado algum tempo, não muito saiu do hospital, em casa quando entrou ficou maravilhada...
-    Vá, agora vai descansar.- disse a avó.
Ela entretanto fechou os olhos e andou caminhado com eles fechados, e barro-se com a avó, a avó vendo isso disse:
-    Nunca mais voltarás a andar de olhos fechados!
-    Os teus dias de escuridão acabaram-se para sempre.
-    Entendes?
  Na consulta do psiquiatra:
-    Não quero casar-me avó.
-    Bom dia.- disse o psiqiatra que as ia atender.
-    Quem é a senhora Naina?
-    Sou eu.- respondeu ela.
-    É a minha neta.- disse a sua avó.
-    Acompanham-me até ao meu consultorio.
-    Vamos?- perguntou ela.
-    Então e este?- disse a sua avó.
-    Avó!
-    Tira os óculos.
-    Calma. Eu sou psiquiatra, mas não vieste aqui devido a problemas mentais.- disse ela já dentro do consultorio.
-    A visão é um dom precioso.
-    Mas se há coisas que vês e que não acontecem, apenas estão armazenadas na tua memória.
-    Por exemplo...- disse ele mostrando-lhe um agrafador.
-    Olha para isto.
-    O que é?
Ela olhou para a avó e fechou os olhos e jogou a mão para poder ver o que era, mas este disse:
-    Sem tocar, diz-me o que vês.
-    É um agrafador.- disse ele com um sorriso delicado para ela.
-    Vais levar algum tempo até identificar as coisas com os olhos.
-    Pode até ser difícil.
-    Mas não é preciso preocupares-te.
-    Estou aqui para te ajudar, sim?
-    Muito bem.
-    Tens que entender que, para a medicina moderna, ver é uma experiencia emocionante.
-    Ao vermos as coias, não só sabes o que são.
-    Como também sentimos emoções em relação a eles.
-    Agora fecha os olhos durante alguns segundos.
-    Naina, és uma mulher muito bonita.
Ela abriu os olhos, e a avó ficou como se diz espantada não é bem esse o termo algo, assim do género...
-    Pareceu que quis elogiar-te?
-    Agora olha-me nos olhos atentamente.
-    Naina, és uma mulher bonita.
Ela sorriu "baixou" a cabeça, a avó sorriu e apercebeu-se de algo...
-    Quando disse a pouco que eras bonita, dizia a verdade.
-    Mas só acreditas-te em mim quando olhaste-me nos olhos.
-    Verdade?
-    Isso é informação emocional.

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