domingo, 15 de julho de 2012

Doze “ alvuras ”


No começo não havia nada,
Um espaço no meio, e tão vazio…
Mas entraste, acendendo as luzes,
Criando o que veio a ser o último beijar,
De lábios…
Antes de eu poder agir…, por favor

Eu juro, se…antes de acordar,
Embora esteja caminhando pelas sombras,
Estás comigo e me confortas.
Deita-me agora, é hora de dormir,
Mas antes disso, restaura-me, abriga-me,
Por favor, juro, de joelhos,
Juro que será o último…
Se um dia embarcares,
Não, quero ir…,
Estamos sobrevivendo por um fio,
Na esperança de que não vais,
Abandonar-me.
Vou chegar…aqui, cara a cara,
Apenas dois fechados num abraço,
Entendi mal, estás pronto.
Posso sentir a tua paixão e o teu amor.
- Então, pelo que esperas?
- Eu sou o amor que procuras, desde o dia em que fui feito,
Fui feito de madeira e pedra, para quando a garra árdua da morte,
Vier aqui para te levar, ser sólido,
Veemente resistindo em permanência.
Mas nunca ninguém fez um esforço…,
Uma mágoa final.
Luzes ofuscantes guiam o meu caminho,
Liberta-me deste estado de mágoa…
- Nós seremos os únicos que permanecerão, quando tudo for debelado[1], meu amor. Nós somos invulgares. Dissemina-me.
Mas… Chiuu – silencia-me, propendo[2] beijo vivaz. – Não há “mas”,
Apenas agora, aqui e eu,
Amo-te, jamais olhes para trás, sê o meu rumo agora, meu amor.
Somente sê minha, minha vida e paixão.


[1] Expurgado, derrotado
[2] Intenção de dar, mostrar iniciativa, inclinando-se para…

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